Abrindo o Coração

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Acordei sentindo braços quentes me envolver. Estava tão bom que não quis me mover para não precisar acordar do sonho de vez. Me ajeitei, me aproximando do calor e um cheiro amadeirado que eu já conhecia muito bem ficou mais forte.

Hum... estava tão bom.

Escutei uma risadinha grossa e abri meus olhos, dando de cara com dois olhos, um verde e outro mel. As duas cores que estavam se tornando minhas favoritas.

- Você é muito fofa acordando. Estava me cheirando?

Falou e riu mais um pouco, me fazendo sorrir de volta.

- Eu não tenho culpa que seu cheiro é muito bom pela manhã.

Ele me segurou mais apertado e me dando seu sorriso de galã perguntou.

- Só pela manhã? 

Eu nem tive tempo de responder, pois ele me apertou, colocando seu nariz em meu pescoço para me cheirar.

- Você cheira muito bem também.

Voltando seu olhar para meu rosto, completou.

- Você cheira bem o dia todo. Adoro seu cheiro e adoro chegar a noite e sentir que ele ficou grudado na minha roupa, na minha pele.

Suas palavras me faziam derreter por dentro. Segurei em seu rosto, sentindo a aspereza da sua barba que já tinha crescido um pouco. Nossos olhos se encontraram e ele aproximou o rosto. Tocando seu nariz no meu. Com o coração acelerado, ansiosa para que ele me beijasse, me estiquei, fazendo nossos lábios se encontrarem. Senti ele respirar mais forte um pouco antes de morder meu lábio, me fazendo sentir um frio na barriga.

Depois de morder, passou a língua, lambendo meus lábios. Abri a boca, para sentir melhor seu gosto e ele aproveitou para me invadir.  Seu beijo estava me deixando quente. Ele se ajeitou, vindo para cima de mim, intensificando o beijo. Eu conseguia sentir suas mãos pelo meu corpo, subindo até chegar ao meu seio e depois descendo, alisando minha bunda. Parecia que sua mão estava por todo parte. E eu queria sentir ele também.

Coloquei minha mão por debaixo  da sua blusa, sentindo outra vez seu abdômen definido. Senti ele prendendo a respiração sob meu toque e saber que também podia deixar ele assim mexeu ainda mais comigo.

Tomás passou a dar beijos pelo meu pescoço, mordendo minha orelha e me arrepiando toda. Ele me olhou nos olhos, colocando sua mão na barra da minha camisa, como se pedindo para tirá-la. Fiz um movimento leve com a cabeça, indicando que sim, mas quando ele ia tirar, meu despertador tocou, nos assustando.

Ele se esticou, pegando meu celular. Me entregou e saiu de cima de mim, deitando ao meu lado.

Desliguei o despertador e me virei para ele. Ficamos nos olhando por um tempo até que ambos começamos a rir. Ele me abraçou, me dando um beijo.

- Bom dia!

- Bom dia!!! Falei dando outro beijo nele. 

- Você está bem?

Me perguntou sério, querendo saber como estava depois do que conversamos ontem. Respirei fundo antes de responder.

- Estou bem!

E realmente estava. Quero dizer, ainda estava triste com tudo o que aconteceu, mas ter contato toda a história para o Tomás me deixou mais leve, fez o aperto que carreguei no peito desde que tudo aconteceu, diminuir um pouco.  Olhei para ele e vi a preocupação no seu rosto. Gostei de saber que se preocupava comigo, mas preferia o sorriso lindo que me deu quando acordei.

Tentando colocar ele de volta, me aproximei, indo para cima dele e beijando todo seu rosto e seu pescoço. Só parei quando percebi que ele estava rindo.

De volta para casaOnde histórias criam vida. Descubra agora