Surpresas na Praia

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Os dias pareceram voar. No dia que combinamos de ir a praia os meninos estavam ansiosos.

Tomás nos encontraria lá pois teve a gravação de um comercial agendada para aquele dia. Eu o incentivei a ir pois era um bom contrato e além disso, queria ver como meu pai agiria sem ele por perto, só comigo e os meninos. Combinamos às 8h da manhã. Tomás nos deixou lá e prometeu voltar no máximo até às 10h. Meu pai já nos esperava.

- Tinha vaga para estacionar aqui, para onde ele foi?

- O papai vai gava um anúncio de pasta do dente.  Falou o Bernardo para o avô.

- É, o papai vai sorrir brilhando.

Tomás havia mostrado para ele um comercial de pasta de dente em que o dente do homem brilhava no final e eles quiseram saber se o do pai também faria isso e depois que o Tomás disse que sim eles não pararam de falar isso.

- Ele vem nos encontrar mais tarde, pai, quando terminar. Para almoçarmos juntos. 

- Então vamos?  Eu já aluguei dois guarda-sol para a gente.

Fomos até onde eles estavam e depois de ter arrumado as coisas e passado protetor solar nos dois, meu pai que estava mexendo no telefone enquanto esperava, os chamou para a água. Fiquei sentada de longe olhando os três brincando na água. Sorria com as graças dos meninos. Depois de quase 10 minutos na água, os três voltaram. Meu pai disse que ia jogar bola com eles e tirou de um saco que eu nem tinha visto uma bola de vôlei.

Continuei sentada e deixei eles juntos. Queria que meus filhos gostassem do avô apesar de tudo. Enquanto estava distraída olhando para eles, senti alguém me chamando atrás de mim. Me virei assustada e dei de cara com o Breno me olhando e segurando na sua mão uma menininha. A Ana.

- Oi!

- O que você está fazendo aqui? Falei séria para ele.

Soltando um suspiro cansado, ele se virou para a menina.

- Vai lá com o Vovô brincar.

Ela sorriu para o pai e foi correndo até o avô que quando a viu abriu os braços. Me levantei querendo ir atrás dela. Como meu pai apresentaria ela para os meninos? Eu ainda não tinha conversado com eles sobre isso.

Mas antes que eu desse um passo, Breno me segurou.

- Espera por favor! O Gabriel não vai falar nada para eles.

- O que você está fazendo aqui? Não pode ter sido coincidência. Foi meu pai, não foi? Ele que disse que estaríamos aqui.

- Será que você pode me escutar?

Eu fiquei quieta esperando-o falar, mas tirei meu braço da mão dele.

- Seu pai me disse sim que vocês viriam aqui. Eu estava ansioso para ver eles, poder conhecê-los, para a Ana conhecê-los.  Então eu disse para o seu pai que passaria por aqui, mas ficaria de longe para não brigar com o Tomás. Só que quando seu pai me falou que ele não estava aqui com vocês eu não me aguentei e resolvi me aproximar.

- Meu pai não deveria ter dito nada e muito menos te avisar que o Tomás não estava aqui. Eu vou embora!

- Não, você não pode fazer isso. Sabe que pode prejudicar a relação deles com o avô. Eu prometo que não vou falar nada. Só me deixa conhecê-los.

Eu não sabia o que fazer. Levá-los embora poderia realmente prejudicar mesmo a relação deles com meu pai, mas ficar ali com o Breno junto não fazia sentido. Concordei com a cabeça e ele me sorriu agradecido.

- Mas você não pode falar nada para eles. Eu que vou contar a verdade. Se você falar qualquer coisa eu pego os dois e vou embora.

- Tudo bem! Eu prometo não falar nada.

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