Pesquisando

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Beijos pelo meu pescoço me despertaram no outro dia. Ainda um pouco sonolenta, senti o Tomás deslizar sua mão pelo meu corpo e dar mordidinhas seguidas de beijos pelas minhas costas. Me virei para ele que me beijou vindo para cima de mim. Quando o beijo ficou mais intenso me deixando quente seu telefone tocou.

- Não atende! Pedi a ele.

- Não mesmo!

E continuou a sua exploração pelo meu pescoço, descendo em direção ao meu seio. Suas carícias estavam me deixando louca. Ao chegar ao meu seio, uma de suas mãos foram em direção a minha perna, tocando na minha intimidade ainda por cima da roupa me fazendo soltar um gemido.

Quando estava tentando abaixar meu short seu telefone tocou novamente e dessa vez voltando a tocar depois que parou. Tomás apoiou a cabeça no meu peito, reclamando e xingando e se afastou para atender. Enquanto falava eu fui ao banheiro. Eu precisava jogar uma água no rosto para me acalmar do que quase tinha acontecido agora a pouco e ir acordar as crianças.

Quando voltei, encontrei o Tomás sentando-se na beira da cama vendo algo no celular. Ele me olhou, mas diferente de antes, estava sério.

- A festa ontem estava boa?

Não entendi seu tom de voz então apenas respondi que estava normal.

- Normal? Não parece isso. Na verdade, pelo que diz aqui, você aproveitou bastante.

Ele virou o celular para mim e vi uma foto minha e do Marcos quando ele me levou ao carro. Da posição que a foto foi tirada parecia que estávamos nos beijando.

- Não acredito que fizeram isso.

Falei pegando o celular da mão dele e a manchete era "O novo casal do momento? A festa de ontem parece que formou um novo casal, o jogador em ascensão Marcos Vieira e a protagonista da série do momento Bianca Valverde..." a notícia continuava falando sobre como não nos desgrudamos durante a festa e outras coisas, além da foto que tiramos juntos lá dentro. No final li o nome do jornalista e vi que tinha sido o mesmo para quem perguntei o nome do Marcos.

Me peguei bufando para a tela do celular e o joguei na cama.

- Jornalistas idiotas!

- Era o Rodrigo ao telefone. Ele viu a reportagem e acabou reconhecendo o meu carro.

Olhei para ele. Seu olhar para mim era uma mistura de mágoa e incredulidade.
Me sentei novamente, segurando seu rosto para que ele me olhasse nos olhos enquanto eu falava.

- Não aconteceu nada. Eu juro para você. O Marcos me levou sim até o seu carro e me deu um beijo na bochecha se despedindo, mas foi só isso. Eu nunca faria isso com você. Por favor, acredita em mim. Eu estou apaixonada por você, nunca faria nada pa...

Não consegui terminar a frase. O Tomás me beijou tão docemente. Ele me beijou como se quisesse me mostrar que sentia o mesmo. Com um puxão que me fez soltar um gritinho de susto, ele me levou para o seu colo, nos beijando até eu ficar sem ar. Meu coração batia forte no peito enquanto olhava para ele. Eu não queria sair do seu colo e muito menos me afastar dele, mas eu precisava contar tudo sobre a festa de ontem.

Quando ia me levantar, ele me segurou.

- Não sai.

- Eu não fiz nada daquilo que está falando ali, mas eu preciso te contar uma coisa.

- Então conta aqui, bem perto de mim!

Levei minha mão até seu rosto, fazendo carinho nele. Me aproximei dando um beijo leve na sua boca e comecei a contar tudo.

Ele me escutava com muita atenção e quando terminei me beijou e me pediu para não esconder mais nada dele e que queria saber quando fosse fazer alguma coisa sobre isso pois queria estar perto caso eu precisasse. 


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Três dias depois da festa eu ainda não tinha tirado da cabeça o que o Marcos me contou. Uma coisa estava me incomodando nessa história toda. Se o Breno estava tão cheio de dívidas assim por causa da Geovana, como será que estava o meu pai?

Gisele não era melhor que a filha. Ao contrário, ela era mais ardilosa. Meu pai, desde que tudo aconteceu, estava fazendo de tudo pela Geovana. Será que ele estava com problemas financeiros também?  Essa pergunta martelava na minha cabeça até que não aguentei e comentei com o Tomás. Ele me deu a ideia de contratar um detetive particular, assim eu poderia ficar mais calma.

O Fernando me ajudou com isso. Ele tinha o contato de um detetive que trabalhou com ele em alguns casos e marcamos no escritório do Fernando mesmo.  Passei toda as informações que ele precisava e ele me deu o prazo de duas semanas para já me dá algumas respostas.

Depois do encontro, eu e o Fernando fomos direto para o estúdio onde a Luna faria as fotos da propaganda. Ela já tinha filmado o comercial, mas as fotos só seriam hoje. Ela estava linda e seu rostinho demonstrava o quanto ela estava gostando de fazer aquilo.

- Parece que puxou a tia! Falou o Fernando perto de mim sorrindo.

Eu estava toda orgulhosa da minha menina. O diretor era só elogios e a Carla parecia que ia chorar outra vez. Tirei algumas fotos e mandei para o Tomás. Ele estava gravando e por isso não podia estar ali, mas me pediu para mandar fotos e avisar como foi.  Ele estava se tornando parte da nossa família, era como um pai para os meninos e um tio babão com a Luna.

Bernardo e o Théo se apegaram tanto a ele que em uma festinha que teve na escola onde cada criança faria uma homenagem aos pais, eles fizeram questão de chamar o Tomás. No final, na hora de entregar o presente para os pais, os dois chamaram o Tomás e entregaram a ele. Eu chorei rios aquele dia e mais ainda quando vi o Tomás com os olhos cheio d'água ao abraçar meus meninos.

Os dias foram passando e cada dia mais parecíamos uma família. Eu estava muito feliz assim como meus filhos. A parte ruim é que com o sucesso da série veio a fama e a perseguição da imprensa. Eu não sabia mais por quanto tempo conseguiria manter meus filhos longe deles. 

Minha agente conseguia segurar todas as notícias sobre eles mais ainda assim, com a nossa proximidade com o Tomás, estava tornando mais difícil. Passamos a evitar os passeios para o shopping ou praia. Íamos apenas para a casa de praia dele, que era um lugar mais reservado ou então viajávamos para hotéis fazendas, junto com a Carla e sua família. 

Meu medo era que descobrissem alguma coisa antes que eu pudesse provar minha inocência para o meu pai. 

Tive um dia tenso de gravação. Gravamos uma cena realmente desgastante onde descobrimos que o Rodrigo, meu par romântico, na verdade acabou entregando uma informação da minha personagem para o vilão, querendo proteger uma ex-namorada que estava sendo ameaçada. Minha personagem ficou devastada e ficamos horas gravando as cenas. Eu estava muito cansada, ansiosa para chegar em casa, tomar um banho e me deitar na sala com meus bebês, assistindo algum dos desenhos estranhos que eles gostavam e não querendo me enganar, queria o Tomás ali junto. 

Quando estava entrando na rua do prédio meu telefone tocou. Era o detetive particular que havia contratado. 

- Sra. Valverde. Tenho notícias para a senhora, podemos nos encontrar em algum lugar hoje ou prefere amanhã?

- Pode ser hoje mesmo. Vi uma cafeteria perto do seu prédio naquele dia que fui aí, podemos nos encontrar lá? Saí da filmagem quase agora e ainda não comi nada, assim posso comer enquanto o senhor fala. 

- Tudo bem. Meia hora? 

- Sim. 

Desligamos e apesar de ter dito que estava com fome, acho que não conseguiria comer nada quando chegasse lá, já que me sentia enjoada depois da ligação. 

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