O início do futuro

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Acordei cheia de braços me envolvendo e um sorriso se abriu no meu rosto. Tomás ainda estava atras de mim e seus braços me seguravam perto. Na minha frente, estavam meus dois filhotes. Bernardo estava mais perto de mim e tinha enfiado seu rostinho no meu peito e seu bracinho circulava meu pescoço. Théo estava perto do irmão, agarrado na minha mão. 

Eu queria muito continuar ali no meio dos meus meninos, mas toda a programação do dia não podia esperar. Tentei me levantar sem acordá-los, mas acabei acordando o Tomás que apertou seu abraço. 

- Ei... querendo fugir? 

Consegui chegar os meninos para o lado e me virei de frente para ele. 

- Fugir dos meus meninos? Nunca! 

- Seus meninos?  

Tomás tinha um sorriso bobo no rosto que acordou as borboletas na minha barriga. 

- Sou seu menino? 

- Não, você não é um menino. Você é um homem, Tomás. Um homem de verdade que eu posso confiar. E se você quiser, eu gostaria que fosse o meu homem. 

Ele me olhou sério, me puxando ainda mais para perto dele.

- Eu te amo, Bianca. Não precisa nem me perguntar se eu quero ser seu homem, para mim, você já é a minha mulher.  

Eu aproximei meu rosto do dele, dando um beijo leve para não acordar os meninos. 

- Eu te amo, Tomás! 

Ele colocou meu cabelo para trás e fez carinho no meu rosto, abrindo um sorriso lindo.

- Que bom, seria uma droga estar nessa sozinho! 

Eu ri do comentário e ele se aproximou me dando mais um beijo. Nosso movimento fez o Bernardo acordar e pular para o nosso meio.  

- Mamãe!  

- Bom dia, meu amor!  Falei o abraçando. 

- Bom dia, mamãe. 

- Bom dia, amigão! 

E surpreendendo tanto a mim quanto ao Tomás, ele disse sorrindo.

- Bom dia, papai! 

Meus olhos se encheram d'água. Olhei para o Tomás e ele estava emocionado também. Quando abriu a boca para responder ao Bernardo, sua voz saiu falhada. 

- Bernardo, você quer que eu seja seu pai? 

Meu filho fez que sim com a cabeça.

- Meu e do Théo. Ele pode, mamãe? 

- O Théo quer também?

- Ele quer também, mamãe. Ele disse ontem. 

Olhei para o Tomás que tentava se controlar, mas seus olhos estavam brilhando com as lágrimas não derramadas. Seus olhos me perguntavam se eu estava bem com aquilo então eu sorri para ele, mostrando que eu gostava da ideia. 

- É uma honra ser seu pai, amigão! Eu te amo, Bernardo! 

- E o Théo? 

Tomás se levantou da cama e pegando o Bernardo no colo o levou para o outro lado, onde o Théo ainda dormia e se abaixou ali. 

- Eu amo vocês dois. E eu não sei se serei o melhor pai do mundo, mas eu prometo estar sempre com vocês mesmo quando vocês estiverem adolescentes e não me quiserem por perto. Vocês podem sempre contar comigo. 

Eu não conseguia segurar mais as lágrimas. Meu rosto estava molhado e provavelmente o travesseiro também.  Bernardo saiu do colo do pai, pulando sobre a cama para acordar o irmão. 

De volta para casaOnde histórias criam vida. Descubra agora