Capítulo 68

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Era sábado de manhã, a neve tinha abaixado e o dia estava menos frio do que os dias normais. Sam estava parada dentro do carro, olhando dentro do café para Logan. Ele tinha mandado mensagem e pediu para que eles se encontrassem. Ela queria negar, mas uma parte dela queria ouvir o que ele tinha a dizer.

Sam sabia que Logan era o seu primeiro amor. Sim, ela teve um namorado e ela gostou muito dele, mas ambos sabiam que eles apenas se gostavam e sentiam atração pelo outro, mas não era realmente amor. Com Logan era diferente, a maneira como eles foram amigos, como tinham algumas coisas em comum e como se deram bem desde o primeiro dia.

Sam pode dizer que ela se sentia naqueles filmes de romance jovem com ele, aquele relacionamento que você se dá bem, é feliz e pensa que nunca vão se separar. Mesmo que ela se sentisse assim as vezes, na outra ela sabia que não era verdade. Ela e Logan brigavam com frequência até demais para quem estava a pouco tempo junto. Além do fato de que Logan era arrogante e grosseiro muitas das vezes que recebia um não como resposta.

A jovem sentiu aquele amor, queria acreditar nos amores dos filmes, mas Logan estragou tudo. O comportamento dele poderia até ser considerado normal para alguns ou apenas estresse normal do dia a dia, mas Sam não queria se sentir ameaçada ou infeliz no relacionamento. Ela sabia que se continuasse com ele, ela se desgastaria, ela se perderia e ela jamais iria deixar que o amor por Logan fosse maior que o amor próprio.

O fato de ela saber que merecia mais, muito mais e que entendia que seu amor por si mesma vinha em primeiro lugar, não anulava o amor que ela sentia por ele. A vontade é o desejo que ele pudesse mudar e ser aquele cara maravilhoso que pediu ela em namoro meses atrás. Não era só estralar os dedos que ela simplesmente desligava seus sentimentos por ele ou esquecia e era por isso que ela estava ali. Tentando descobrir o que ele tanto queria falar com ela depois do término desastroso que tiveram.

Depois de um tempo que ela não sabe quanto, ela finalmente se sente pronta para entrar. Ela respira fundo, desliga o carro, tira a chave da ignição e pega sua bolsa. Ela espera que hoje a conversa seja mais tranquila. Então ela finalmente sai do carro. Quando ela entra no café, ela observa ele e ele parecia mais tranquilo do que ela, até que ele a avista e agora ele parecia igualmente nervoso.

- Oi... - ela diz um pouco sem jeito e se aproxima dele.

- Oi. - ele sorri sem jeito para ela e a observa se sentar.

Ele parecia ainda mais nervoso e Sam ficou chateada por ser assim que o relacionamento deles se transformou. Não se sentir tão confortável ao lado dele e sentir como se fossem dois estranhos.

- Me perdoa. - isso a pega desprevenida. Ela estava colocando a bolsa de lado quando ele começou a falar, ela esperava que ele dissesse tudo, menos isso. - Eu sou e fui um pessimo namorado para você. Você não merecia a maneira que eu falava com você ou como eu não respeitava sua relação com Erin e Jay. - ele diz e Sam o observa calada. - Eu não queria terminar Sam, eu te amo e sei que muitas vezes não sou bom com as palavras, mas você precisa entender que eu não entendo direito essas coisas. Depois dos 18 eu saí de casa, não tenho uma relação com meus pais igual você tem com sua irmã e Jay. E acho que isso acabou me fazendo dizer coisas grosseiras. - ele diz e espera que ela diga algo, mas ela não diz nada. - Eu te amo Sam. - ele diz e segura na mão dela, mas são interrompidos pela garçonete.

Sam afasta a mão da dele, não era porque ela não o amava também, mas era difícil confiar nas palavras dele. Só isso não era o suficiente, ela sentia que precisava de mais. Ela estava com medo de estar tomando uma decisão errada, mas também não queria cair em nenhuma armadilha.

- Olá bom dia... - a garçonete começa. - Vocês vão fazer algum pedido? - ela pergunta e Sam pensa em recusar, mas estava frio e um café não faria mal.

Linstead - Corações QuebradosWhere stories live. Discover now