As semanas se passaram, eles voltaram para a rotina normal, ou quase normal, era o que você poderia chamar de Lindsay e Sam morando temporariamente na casa de Jay, o quarto do casal sendo no escritório dele e não no segundo andar como de costume.
Eles se ajeitaram. Erin finalmente, para a felicidade dela, estava com as costelas recuperadas e em breve o braço também sairia do gesso, agora ela conseguia se locomover melhor pela casa e até conseguia preparar o café da manhã, mesmo que demorasse mais porque ela tinha apenas um braço bom e era com ele que ela usava as muletas, ela também ajudava as crianças com o dever. E ela estava mais contente, sentindo que podia fazer mais em casa.
Todas as manhãs, às 6h30, Erin e Jay acordavam. Jay sempre falava para ela não se preocupar em acordar tão cedo, mas ela não queria ficar mal acostumada e queria aproveitar o café da manhã em família. Então ela se levantava ia para a cozinha e Jay para o banheiro tomar banho e se preparar.
Ela começava a preparar a mesa para o café da manhã. Café preto para todos os maiores de idade. Então, ela deixava a mesa posta, pois assim que Jay estivesse pronto ele subia e acordava todos os três, incluindo Sam. Nessas semanas ele descobriu que Samantha era realmente irmã de Erin, elas não gostavam de acordar cedo, mas Lindsay não tinha muita opção e então ela era sempre a primeira a acordar e ela ia no quarto da irmã acorda-la, no entanto, agora tendo que subir as escadas, seria impossível. Então Jay começou a fazer isso. Era uma boa rotina.
Primeiro ele ia no quarto de Samantha, batia duas vezes na porta antes de entrar e tirar os fones dela, cutucando os ombros dela duas vezes.
- Bom dia dorminhoca. Já são 6h30. - ele avisa e sai do quarto.
Erin pedia para ele chamar Sam porque Samantha deixava o despertador ligado, mas sempre acordava no último momento possível e se arrependia porque ela acordaria atrasada e mal conseguiria se arrumar.
Depois do quarto de Samantha ele ia para o de Maya que já sabia se arrumar sozinha. Sim, suas três garotas primeiro. Isso porque elas sabiam se arrumar sozinhas e rápido para o curto horário que tinham.
No quarto de Maya ele primeiro abria as janelas e então tirava os cabelos do rosto dela.
- Bom dia, fadinha. - Jay sussurra para a filha, sua mão no ombro dela ou as vezes nas costas a balançando até que ela abrisse os olhos.
- Bom dia, papai. - Deus, esse sorriso, ele nunca queria perder esse "bom dia, papai", acompanhado do sorriso dela. Maya era uma garota matinal e produtiva, então ele esperava que ela não ficasse como Sam, que não era a maior fã do dia, então, ele só receberia um bom dia dela na saída, apesar que até isso ele amava em Sam, era o jeitinho dela. Mas Maya com aquele sorriso de sempre ao acordar e dando bom dia para ele, era uma de suas coisas favoritas.
- Bom dia... - ele diz mais uma vez e se inclina o suficiente para que ele possa dar um beijo na testa dela. - Pronta para o dia? - ele pergunta e ela assente, logo se levanta.
Ele sai do quarto da filha e caminha até o quarto do filho, o sortudo. Agora que todos estavam de pé, ele ainda era o que estava dormindo.
Depois de abrir a janela, ele se senta na cama de Jesse e o acorda o balançando pela barriga. O garoto se vira e resmunga um pouco, Jay balançou mais uma vez até ele abrir os olhos.
- Bom dia, amigão... - ele diz para o filho.
- Bom dia, papai. - Jesse diz coçando os olhos e logo sorrindo ainda sonolento para o pai. Jay sorri de volta. Ele sempre soube que desde que Maya nasceu, o fato de não querer ser pai sumiu. Receber um bom dia sonolento de seus filhos seguido de um sorriso estava no top 3 das suas coisas favoritas da vida dele.
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Linstead - Corações Quebrados
RomanceAU LINSTEAD A magia da infância não esteve presente em suas vidas. Quando tudo o que se vive enquanto cresce são abusos físicos, mentais, psicológicos e sexuais, você se torna um adulto que não tem mais esperanças, não tem mais sonhos e muito menos...