Birmingham. Cinco dias atrás — A primeira noite.
Taberna Hanói.
Raquel entrou pelos fundos do local como sempre fazia. A música animada e o barulho de conversa deixavam aquele ambiente agradável. Mesas cheias, bebidas e risadas a alegraram e no pequeno palco improvisado da taberna tocava uma banda já conhecida por ela.
— Ei loira! — Aníbal ergueu a mão, atraindo o olhar da amiga, que se sentou na mesa junto a eles.
— Demorou hoje. — Disse silene, que estava ao lado do namorado, e entregou uma caneca com cerveja para Raquel.
— Obrigada. — agradeceu virando de uma só vez o líquido do copo. Os amigos a olharam surpresa e deram risada.
Ela ergueu a mão para um dos funcionários e pediu que ele trouxesse mais uma rodada. Percebendo os olhares sobre si ela apenas riu: — Dia estressante.
— Ôh! imagino. — Ricardo ergueu as sobrancelhas. — Qual foi, o marquês não deu conta do serviço?
Os cinco gargalharam e o comentário fez Raquel revirar os olhos.
— Eu já disse que não tenho nada com ele.
— Não é isso que ele acha. — Ágata rodeou os dedos no copo de bebida.
— Podemos mudar de assunto? — pediu, já impaciente.
— Certo. — Mônica percebeu o desconforto da amiga. — E então, vamos ao clube hoje?
Ela olhou para os amigos e os viu sorrir. Ergueu seu copo com bebida e eles brindaram em risos: claro que iriam. O clube de qual falavam nada mais era do que o estabelecimento de fachada em cima do bar Hanói, um clube onde somente membros específicos da realeza poderiam ir para realizem seus mais diversos fetiches sexuais. Haviam homens e mulheres naquele clube totalmente dispostos para realizar qualquer tipo de necessidade que os clientes poderiam ter, mas claro, o preço de noites de prazer não era nenhum pouco barato. Porém, para eles, dinheiro não era o problema.
O grupo ficou boa parte da noite enchendo a cara com bebidas e conversando aleatoriamente. Com roupas nada habituais e nomes falsos, eles tinham suas identidades em segurança, ainda mais que não era permitido a entrada de qualquer pessoa no recinto. Quando o clima já estava favorável para os casais, eles decidiram subir para o andar de cima.
— Não vem hoje, Quel? — Silene percebeu que ela continuava sentada na cadeira.
— Vou beber mais um pouco. — piscou para a morena de cabelos curtos. — Quem sabe encontro algo interessante por aqui.
— Certo, vou indo então porque meu garoto me espera. — se despediu com um sorriso travesso no rosto.
Ágata, que estava sentada em frente a Raquel, ergueu seu copo com bebida e brindou com a loira.
— Um brinde as solteiras!
A morena virou sua bebida de uma só vez e percorreu o olhar pelo bar a procura de alguém específica, e quando encontrou a mesma em frente ao balcão, ela se levantou se despedindo:
— Opa, essa é minha deixa, Raquel. — saiu apressada em direção a ruiva cacheada sentada no bar, a qual ela tinha interesse a alguns meses.
— Um brinde a mim, então. — Raquel bufou em tédio e levou o copo a boca.
Enquanto bebia sozinha e observava a taberna cada vez mais se encher de gente devido ao horário, um certo par de olhos castanhos lhe chamou a atenção ao entrar no bar: um homem de vestes bonitas e cabelos grandes, certamente alguém de título já que falava com tanta intimidade com o dono da taberna, Marselha.
Ao lado dele havia outro rapaz, da mesma altura, porém sem barba e cabelos menores, trajava roupas no mesmo estilo do acompanhante. Raquel observava tudo com uma certa curiosidade, ela viu o mais velho sair em direção ao segundo andar do lugar e supôs que provavelmente era um membro do clube.
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Sociedade Secreta: A filha do rei
Fanfiction• Um clube, nove pessoas e um segredo. • A jovem princesa Raquel Murillo está prestes a assumir o trono que antes era do sei pai, o grande Rei Alexandre. Mas para assumir seu lugar por direito, estará fadada a um casamento arranjado pelo próprio rei...