Capítulo 04

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Quarto da princesa. Manhã do dia seguinte — A primeira aproximação.

— Raquel, pelo amor de Deus, para quieta! — Martín pediu pela quarta vez, segurando a barra do vestido de Raquel com a agulha em mãos.

— Já está acabando? — a loira se olhava impaciente no espelho.

— Se você continuar se mexendo eu só acabo ano que vêm. — bufou irritado.

O Martín era responsável pelo repertório de vestuário da princesa, além de ser ótimo no trabalho, era seu melhor amigo quase como um irmão. No quarto também estavam Silene, Mônica e Ágata. As três conversavam sobre o baile da noite anterior e provavam os vestidos já prontos pelo amigo.

— Ficou perfeito, Má! — Mônica esbanjou o sorriso gracioso na direção dele e se olhou no espelho ao seu lado. Ela usava um belo vestido vermelho que combinava com os cachos loiros.

— Gente, será que eu posso usar calças? — Ágata saiu do banheiro usando um vestido de tom amarelo. — Olha isso, eu tô parecendo um saco de batatas!

Os quatro riram e continuaram a conversar. Em dado momento, Silene trouxe de volta um assunto que estava martelando em sua mente desde o baile, onde seu namorado comentou conhecer o duque que Raquel estava dançando:

— Mônica, você sabe da relação do tal duque com o Ricardo? — olhou para a cacheada.

— Ele apenas me disse que o conhecia e que Sérgio havia ajudado tanto ele quanto o irmão. — a loira explicou e retornou para o banheiro.

O assunto chamou a atenção de Raquel, mas ela manteve seus pensamentos em silêncio. Olhou mais uma vez para Martín, que estava concentrado na costura, e suspirou cansada. O vestido era extremamente quente. Raquel odiava aquelas roupas, o que tinham de lindas tinham de desconfortáveis, ela daria de tudo para se livrar da peça agora.

Foi então que uma ideia surgiu em mente.

— Pessoal, que tal a gente fazer algo divertido hoje? — atraiu o olhar curioso das amigas.

— Tipo o quê? — Silene praticamente aceitou a ideia.

— Poderíamos ir à cachoeira. — se animou e desceu do pequeno banco que estava, deixando Martín irritado e desistindo da costura.

— Raquel, você sabe que seu pai odeia quando vai lá. — lembrou Mônica.

— E quem disse que ele precisa saber? — a loira sorriu travessa e praticamente correu para fora do quarto.

Raquel andou apressada pelo extenso corredor, na procura por Ricardo, se tinha alguém naquele castelo que aceitaria todas as ideias da amiga, com certeza essa pessoa era ele.

Ela desceu as escadas com tanta rapidez que esbarrou em uma das empregadas que subia com uma pilha de toalhas em mãos, a loira apenas pediu desculpas e continuou seu caminho. Raquel avistou sala de reuniões onde o amigo costuma ficar antes de ir para o seu posto de trabalho e praticamente entrou sem bater:

— Ricardo, eu preciso... — a loira parou a fala quando percebeu que não era ele e sim seu pai, acompanhado do marquês Midas e seus filhos.

— Posso ajudar, querida? — o rei abaixou os óculos de leitura que usava.

Raquel olhou rapidamente para Sérgio e notou que ele usava roupas mais informais, tanto o rei quando todos na sala esperaram a resposta da loira.

— Eu pensei que o Ricardo estivesse por aqui. Me desculpem por entrar sem bater.

Andrés olhou para Sérgio, que segurava o riso. A loira ficou constrangida de interromper a conversa dos homens.

— Está no refeitório. — Sérgio respondeu. — Estávamos conversando pouco antes de você chegar, ele disse que estaria lá caso precisasse.

Sociedade Secreta: A filha do reiOnde histórias criam vida. Descubra agora