Sociedade Secreta: A filha do rei

Capítulo 16

Manhã seguinte. No quarto do duque - A Proposta.

- E então, o que você acha?

Andrés parou de andar de um lado para o outro e se virou para Sérgio.

- Eu acho uma loucura, mas pode dar certo.

Abriu o melhor sorriso que poderia dar e acompanhado de sua típica risada, abraçou Sérgio. O mais velho entendia perfeitamente os motivos do irmão e ficou feliz por ele.

Se afastou do abraço apenas para segurar no rosto de Sérgio com as duas mãos, um gesto já típico dele.

- Vamos, Sérgio, confessa, você está fazendo isso porque está apaixonado pela Raquel, não é?

O rosto de Sérgio corou. Um meio sorriso escapou dos lábios seguido de um riso. Não tinha como negar.

- Sim, Andrés! Estou apaixonado por ela! Satisfeito?

Falar em voz alta deixou tudo mais real para Sérgio. Seu Irmão então, não conseguia se conter.

- Hermanito, eu estou muito orgulhoso de você! Graças a Deus você esqueceu aquela enviada de satanás.

Sérgio revirou os olhos. Era incrível a capacidade de Andrés de mudar de assunto.

- Você precisa sempre me lembrar disso?

- Não está mais aqui quem falou. - ergueu as mãos se rendendo e Sérgio cerrou os olhos.

- Vamos tomar café. Eu preciso falar com a Raquel. - abriu a porta e quando viu o irmão levantar o dedo para questionar, ele se adiantou: - Sim, Andrés! é sobre o que você está pensando.

Saiu do quarto, ouvindo os pulinhos de alegria do irmão e acabou rindo. Na noite anterior, Sérgio encontrou Marselha ao sair pela porta do clube, o homem não teve sequer tempo de agradecer o favor de Sérgio já que o duque saiu apressado. Sua mente borbulhava de ideias e ele ansiava por ver Raquel. Ao chegar no castelo, constatou o que imaginava: todos já estavam dormindo. Ou era o que pensava. Aceitando que só veria Raquel pela manhã, Sérgio decidiu ir dormir.

Enquanto no castelo todos dormiam, a noite no clube rendeu boas risadas ao grupo de amigos. Dentre conversas, ficaram sabendo da briga de Sérgio com Alberto e apostaram que o motivo sem dúvidas era Raquel. Conforme as horas passaram, Alicia e Andrés foram aos primeiros a escolherem um quarto no Butterfly e aproveitaram a noite da melhor forma: com sexo. Os dois só retornaram ao castelo pela manhã.

Descendo as escadas ao lado de Sérgio, a curiosidade do dia anterior despertou em Andrés:

- Eu fiquei sabendo de uma briga no clube. Você bateu mesmo no Alberto?

Sérgio assentiu e Andrés ficou boquiaberto. Aquela não era uma atitude comum de Sérgio.

- Quantos socos? - Andrés tinha os olhos brilhando em expectativa. - Por favor, me diz que foram pelo menos cinco! Você aplicou algum golpe nele ou fez ele desmaiar?

Falava, animado, enquanto Sérgio só sabia rir.

- Só foram dois socos, Andrés. Nada mais.

- Mas que merda. - ficou visivelmente desapontado. - Ao menos saiu sangue?

- Andrés, pelo amor de Deus, fica quieto! - deu um tapa no ombro dele, rindo.

Eles se sentaram à mesa, onde todos já se reuniam para o café da manhã. Midas conversava animado com Alexandre, Alícia com suas amigas, Aníbal e Ricardo riam de algo que Nicolas - o filho caçula da família Jones - contava. Era um típico café da manhã no castelo.