Capítulo 03

278 16 80
                                    

Birmingham. Noite do baile — A dança.

— Aceita dançar comigo princesa?

Raquel olhou para a mão estendida dele e exitou por alguns segundos, mas tratou logo de se lembrar que ele era um duque e no mais agora ele sabia seu segredo. Um frio na espinha a atingiu com aquele pensamento: e se ele contar?

— Aceito. — fingiu seu melhor sorriso e colocou a mão sobre a dele.

Ouçam: Nylo — Sirens

Os músicos ao notarem a presença da princesa, iniciaram a melodia. Sérgio e Raquel estavam ao centro rodeados de outros pares, eles trocaram olhares antes de começarem a dançar, Sérgio passou a mão direita na cintura de Raquel e a esquerda se juntou com a dela.

— Eu já dancei com diversos pares nesse salão. — Raquel inciou a conversa enquanto dançava, a música alta fazia com que apenas Sérgio escutasse o que ela falava. — Mas nunca com um duque.

— Para tudo existe uma primeira vez. Não acha, princesa? — foi sarcástico e Raquel entendeu a referência. Ela pensou se deveria ou não fazer a pergunta que estava em mente.

— Então. — limpou a garganta. — Sobre o clube... — Não conseguiu terminar a frase. Simplesmente não saia.

— Não se preocupe, princesa. — percebeu o desconforto dela. — O que aconteceu no clube, fica no clube.

Raquel suspirou aliviada e acabou sorrindo. Mesmo não conhecendo o homem a sua frente, ela se sentiu confortável para confiar nele. Aquilo de certa maneira a assustava, se sentia extremamente bem com a presença do duque. Algo que estava totalmente fora do costume para ela.

— Posso fazer uma pergunta?

— Pode.

— Você já sabia sobre mim, por que fingiu surpresa?

— Pensei que gostasse de joguinhos, duque. — olhou rapidamente para os lábios dele. — Ou melhor, Sérgio.

Ouvir a loira o chamando pelo nome soava muito bem para os ouvidos do duque, ele pensou momentaneamente que gostaria de ouvir ela lhe chamando assim mais vezes e acabou sorrindo.

— Realmente, eu gosto de jogos. — ele desceu a mão que estava na cintura dela para o quadril e o apertou. — Principalmente os que eu ganho, Raquel.

A princesa estremeceu com o toque. Ele era louco ou algo do tipo? — pensou. Estavam em um baile onde todos, principalmente seu pai, tinham os olhos sobre eles. A loira subiu a mão dele de volta para a cintura num movimento discreto e continuou a dançar.

— Você deveria manter o respeito. — o olhou sério, ambos conversavam sem ao menos perder o ritmo.

— Eu deveria? — soou em provocação. — Por quê?

— Você está no meu reino duque, eu quem dou as ordens por aqui. — olhou mais uma vez para os lábios deles. Estavam tão convidativos para que ela não pode evitar o olhar.

— Ordens iguais aquelas que você não deu enquanto estávamos no quarto? —  sutilmente, ele se aproximou do ouvido dela. — Porque convenhamos, você ficou quietinha me obedecendo.

Raquel sentiu seu corpo esquentar e um arrepio percorrer seu ventre, as memórias da noite a invadiram. O duque se afastou com um pequeno sorriso satisfeito nos lábios, ele conseguiu o que queria percebendo o silêncio da princesa.

— Realmente, duque, eu te obedeci no início e você tem um ponto nisso. — a música estava começando a diminuir o ritmo. — Mas eu quem ganhei a partida do nosso jogo.

Sociedade Secreta: A filha do reiOnde histórias criam vida. Descubra agora