Capítulo 17

223 12 54
                                    

Ouçam: Ho Hey — The Lumineers

Amor. Como compreender o amor? Você nunca sabe a hora, muito menos o dia que ele vai bater na sua porta. Como uma brisa de verão pela manhã ou uma visita surpresa, ele chega. De início calmo, depois enlouquecedor. É impossível explicar com exatidão como é amar uma pessoa, desejar ela ao ponto que todos os seus pensamentos do dia sejam ela, ao acordar e ela seja o seu primeiro lembrete. Por mais que os livros contassem com detalhes em versos o que era o amor, nunca se compararia ao sentir ele na pele, com todo seu ardor e força. Descobrir que está apaixonado por alguém e ver surgir uma força sem igual, a qual você nunca experimentou.

Amar vai muito além de palavras e talvez nenhuma força do universo consiga se igualar ao sentimento que é o amor. É único.

Amor é ardência. Fogo. Paixão. Entrega. Troca. Desejo. Ternura. Gratidão. Amor é tudo. Tudo de mais belo criado.

E lá estava ela: Raquel Murillo.

Deitada sobre Sérgio, com os cabelos espalhados pelo rosto, bochechas coradas e um sorriso de girassol nos lábios, demostrando toda a emoção que estava. O rosto de Raquel pareceu ganhar um novo brilho, talvez porque sentia por ele a mesma coisa.

Os lábios tentaram diversas vezes proferir alguma palavra a mais, mas ela simplesmente não conseguia.

— Sérgio... — soltou, num suspiro, segurando o rosto dele com as mãos. — O que eu digo agora?

Ele se perdeu mais uma vez entre o sorriso e olhar dela. Poderia fazer aquilo milhões de outras vezes, mas elas sempre teriam a mesma sensação: amor. Ele amava se perder em cada detalhe dela, desde o castanho-claro dos olhos até os finos e bem marcados lábios. Raquel era única. Ela exalava uma beleza sem igual que tornava tudo ao seu redor minúsculo comparado a ela. Para Sérgio, estava diante do ser mais belo de todos.

— Não precisa dizer mais nada, Raquel.

Levou a mão direita até uma mecha de cabelo dela, que descia o rosto, e a colocou atrás da orelha, com carinho. Olhou o rosto dela mais uma vez e suspirou apaixonado. Valia a pena, não seria esforço algum. Aquele não era um favor que ele estava fazendo, era por amor. Sérgio estava completamente apaixonado por Raquel.

— Tia?

Uma voz doce e calma surgiu e fez os dois olharem para o lado. Uma pequena ruivinha de olhos verdes estava parada olhando para eles com expectativa. Era luna, uma das alunas de Raquel.

— Você disse que ia brincar comigo. — a garota tinha os olhos pidões e um pequeno biquinho nos lábios.

Raquel olhou para Sérgio e viu ele sorrir mostrando as covinhas que ela tanto gostava. Sérgio sussurrou um "pode ir" e Raquel se levantou com a ajuda dele.

— Do que você gostaria de brincar, Luna? — Raquel se agachou ficando na altura da garota.

— Algo novo!

— Novo? Deixe-me pensar. — mordeu o lábio inferior, olhando para Sérgio, que se levantou e se aproximou das duas. — Por que você não pergunta ao tio Sérgio?

A garota olhou timidamente para ele.

— Ele é muito bom com brincadeiras, sabia?

— Sério?

— Sim.

Sérgio se agachou, ficando ao lado de Raquel, e pegou nas pequenas mãozinhas da garota.

— Você já brincou de esconde-esconde? — ela negou e ficou curiosa. — Então hoje você vai brincar.

Sociedade Secreta: A filha do reiOnde histórias criam vida. Descubra agora