No dia seguinte — A apresentação.
Raquel estava no quarto, acompanhada de Martín e Alícia. Enquanto o amigo terminava de ajustar o vestido em seu corpo, Alícia estava deitada na cama de Raquel e também se encontrava perdida em pensamentos.
Longe dos dois estava Raquel. A loira se olhava no espelho, tentando reconhecer a si própria no reflexo. Quando Raquel era pequena, ela imaginava que no dia que tivesse que escolher com quem se casaria, ela estaria radiante. Mas a realidade agora era outra. A princesa estava tão inerte que respondia as perguntas dos amigos apenas com murmurinhos e acenos, sem se importar sobre o que eles estavam conversando.
Ela deixou que sua mente vagasse pelo dia anterior onde estava realmente feliz aos braços de Sérgio. Ela não sabia ao certo o que sentia pelo duque, mas tinha certeza que gostava da companhia dele e que ele fazia um bem enorme a ela.
— Meu Deus! isso aqui tá parecendo um velório. — Alícia se levantou da cama, se juntando aos dois no meio do quarto. O jeito engraçado que a prima falou fez Raquel sair dos devaneios.
— Talvez seja o meu próprio. — Raquel zombou da própria desgraça, mas nenhum dos dois riram.
— O humor dela está assim o dia todo. — Martín olhou para Alícia pelo espelho, e viu a ruiva manear a cabeça em negação.
— Qual é, Raquel! Melhora essa carinha.
Alícia abraçou a prima por trás.
— Se você quiser eu faço o seu duque participar também, eu sei que você adoraria se casar com ele. — sorriu travessa e finalmente viu Raquel rir pela primeira vez naquela manhã.
— Prontinho. — Martín abotoou o último botão do vestido de Raquel. — Está pronta para arrasar os corações daqueles homens.
Os três riram e ela se olhou mais uma vez no espelho. Raquel sorriu com o pensamento que se passou brevemente:
"Nenhum deles é quem eu gostaria"
Enquanto de um lado do castelo, Raquel se arrumava, do outro, Andrés tentava convencer Sérgio:
— Andrés pode, por favor, me deixar em paz? — pediu impaciente, fechando a porta atrás de si e sendo acompanhado pelo irmão.
— Sérgio, eu estou falando sério! Você vai mesmo entregar a sua loira de bandeja para outro?
Sérgio freou seus passos, encarando o irmão.
— Eu e Raquel somos apenas amigos. Quantas vezes vou ter que te explicar isso?
Andrés revirou os olhos, entediado.
— Até quando você vai negar que está apaixonado pela Raquel? — ele viu o irmão desviar o olhar. Mais uma prova de que estava certo no que afirmava. — Viu só? seu silêncio te entrega!
— Andrés, eu tenho trabalho para fazer agora, e se não me engano você também tem! — Sérgio tentou mudar o rumo do assunto. — Então pode, por favor, me deixar em paz e me deixar começar meus afazeres?
O mais velho passou as mãos no cabelo, começando a ficar sem paciência. Sérgio era irredutível quando queria.
— Ela não é a Tatiana, Sérgio! Até quando você vai remoer essa história?
Soltou sem perceber e ao notar o silêncio de Sérgio, ele se arrependeu.
— Me desculpe, eu sei que você não gosta de falar desse assunto.
— Andrés, eu tenho muito o que fazer. — ele abaixou o olhar, preferindo não continuar a conversa. — Com licença.
Seguiu pelo corredor, deixando Andrés sem resposta e se sentindo péssimo pelo o que disse. Sérgio preferiu esquecer a conversa com o irmão e continuou o caminho até o salão principal, notando o quanto o palácio estava movimentado naquela manhã. Não era para pouco já que um evento importante estava prestes a acontecer.
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Sociedade Secreta: A filha do rei
Fiksi Penggemar• Um clube, nove pessoas e um segredo. • A jovem princesa Raquel Murillo está prestes a assumir o trono que antes era do sei pai, o grande Rei Alexandre. Mas para assumir seu lugar por direito, estará fadada a um casamento arranjado pelo próprio rei...