Capítulo 4

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A águia voava alto no céu, segurando sua pequena presa nas garras, pousou no seu ninho para destrinchar para seus filhotes comerem, um casal de viados pastavam com seu filhote, a primavera era a época da chegada de novas vidas, a Guardiã da flores...

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A águia voava alto no céu, segurando sua pequena presa nas garras, pousou no seu ninho para destrinchar para seus filhotes comerem, um casal de viados pastavam com seu filhote, a primavera era a época da chegada de novas vidas, a Guardiã da floresta Jisso olhava maravilhada, não importava quantas vezes visse a primavera chegar.

Caminhou para dentro de seu Chalé no coração da floresta das lágrimas, seu refúgio, seu lar, nunca foi sociável  e nem fazia questão de ser, nasceu no clã das bruxas, mas era órfã, sua mãe morreu no parto e seu pai era desconhecido, sou fruto de uma festa de solstício de verão, onde bruxos de varios lugares vem ao CLÃ festejar a data, mas assim que completei treze anos pedi para a anciã deixar construir o chalé, ela quem me criou até então, explicou para mim a importância de ter uma clã e que ia ser difícil para mim fazer magia, sem ao menos ter um parceiro mágico ao meu lado, pensava em nunca me casar, então isso irá ser difícil de acontecer.

Lembro com nitidez o dia que ela pediu a permissão da floresta, se a mãe natureza me deixaria morar em seu coração, o sol aquecendo meu corpo nu, o vento subindo folhas e terra, acariciando meu corpo e por último a chuva de verão que começará a cair, eu sorri já sabendo a resposta da mãe natureza, Hecaté estava me dando sua bênção, todo o clã ajudou em algo para o meu Chalé e fiquei muito grata por isso, mas não via a hora de sair do Clã, uma semana depois, que para mim me parecia um eternidade, me mudei, isso já fazia dez anos.

Estava perdida em pensamentos, tomando meu chá de hortelã e separando as ervas medicinais que tinha acabado de colher, secava todas e fornecia ao clã e cidades próximas em troca de algum mantimento que deixava estocado para o inverno.

Só se ouvia o farfalhar das ervas, o instalido do fogo em minha frente, mas comecei a ouvir outro som, um choramingo que parecia de cachorro, levantei e abri uma fresta da janela, é um lobo...Não, um enorme Lobo negro e pela sua constituição grande, é um Alfa, caiu inconsciente perto de meu galinheiro.

Sai com cuidado, me aproximando divagar, animais feridos tende a atacar para se defender se sentirem que estão ameaçados, vi que estava apagado realmente, respirava fracamente, uma poça se formando em baixo de sua barriga, não conseguia ver exatamente onde era, seus pelos eram muito negros dificultando o exame.

___ Tenho que levá-lo para dentro ___ Assobiei para Estrela que estava pastando em algum lugar na Floresta, a égua veio trotando, quando viu o enorme Lobo se agitou ___ Calma Estrela, vê? Ele está sangrando ___ Ela se acalmou mais, permitindo que amarradasse a corda em sua cela e no dorso do lobo, coloquei um lençol em baixo conforme ela ia puxando, agora podia amarrar o lençol e o puxar o restante do caminho com Estrela sem o machucar mais.

Foi muito difícil passar pela porta e o acomodar perto da lareira, já estava exalta, soltei novamente Estrela que foi pastar novamente.

___ Ok vamos lá grandão ___ Peguei um balde de água no poço, começando a limpar o local que estava ensanguentado, achei a ferida de flexa, estava bem fundo e a laceração grande, acho que foi quando a arrancou de seu corpo.

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