Dever cumprido

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Deus, dai-me a serenidade para aceitar as coisas que eu não posso mudar, coragem para mudar as coisas que eu posso e sabedoria para que eu saiba a diferença: vivendo um dia a cada vez, aproveitando um momento de cada vez; aceitando as dificuldades como um caminho para a paz.

[🐈]

Narradora-Pov

Os pés descalços tocam o chão e o cheiro de terra molhada ocupa suas narinas, seus cabelos ruivos estavam soltos, já tinham crescido bastante desde do dia em que chegou.

Agora eles estavam com pequenas ondulações, ela sorria, sorria por estar progredindo e ainda melhor, por estar ciente de que quando saísse daquele lugar iria realizar dois sonhos, dar orgulho para suas mães e terminar sua faculdade. Ela estava feliz com isso.

Passou um bom tempo ali mexendo no jardim, podava algumas plantas ou regava outras, às vezes se pegava até sorrindo pensando no momento em que encontrasse sua família de novo.

O período de desintoxicação de Amanda foi os piores dias da sua vida, ela tinha ficado agressiva, agia por impulso, às vezes chegava até partir para a agressão contra os médicos e enfermeiras.

Ela precisou fazer acompanhamento psiquiátrico para entender mais profundamente o que a levou ao uso de drogas e o que ela irá fazer após a desintoxicação.

Amor

Foi a única resposta que ela obteve naquele período, foi por amor, ela amava Andrew, mas aos poucos ela está deixando ele ir, foi uma fase da sua vida que serviu para seu amadurecimento.

Ela o amou de uma forma tão intensa que no seu ápice de inconsciência, quis tirar a própria vida para se juntar ao namorado.

Amanda agora está em um período de conscientização, é a fase que a ajuda identificar e evitar as situações que podem causar a recaída.

Ela terminou de regar suas plantas e limpou as mãos na sua calça jeans rasgada.

Calçou suas sandálias e subiu para o seu quarto. Hoje seria o dia de ir na psicóloga.

Amanda entrou em seu quarto, tirou suas roupas e entrou debaixo do chuveiro, fechou os olhos pensando em como sua vida mudara de forma drástica, seu vício, o tumor da sua mãe, as brigas do casal por sua causa, o olhar de decepção de Ellis. Tudo, simplesmente tudo.

A menina ruiva suspirou saindo do banheiro, abriu a gaveta da sua cômoda de madeira e pegou um conjunto de moletom branco. Hoje ela queria estar apresentável, ela passou dias sem ligar para sua imagem, cabelos desgrenhados, olheiras profundas, mas hoje não, hoje ela falaria com sua família.

Ela saiu do quarto fechando a porta e caminhou para a sala da psicóloga.

Se sentou em um sofá e a mulher loira a sua frente, lhe estudava por cima do óculos.

Depois de muito tempo em silêncio a mais velha resolve quebrá-lo:

- Como se sente hoje, Amanda? - perguntou analisando todas as ações da menina, inclusive sua mania de morder as pontas dos dedos ou roer as unhas.

Ela tinha adquirido isso nos seus dias de abstinência.

- Sozinha.- suspirou.

- Mas ontem você disse que estava se sentindo mais feliz aqui, o que mudou? - perguntou Alba, sua psicóloga.

- O que mudou? - perguntou forçando uma risada - Acordei sentindo falta do cheiro das minhas mães, que só hoje notei ser o meu maior vício. Sentindo falta dos beijos que Meredith me dava no topo da minha cabeça e dos abraços apertados da Addison. - Amanda falou olhando seus dedos - Elas são meu maior combustível para viver. Sinto falta até da implicância de Ellis.

Minha querida babá - MeddisonOnde histórias criam vida. Descubra agora