Espelho quebrado.

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Meredith Grey-Pov

Uma semana se passou e nada do Karev me ligar, eu já estava anciosa sem saber de nenhuma notícia.

Acordo com uma vontade enorme de ir ao banheiro, me levanto com calma para não acordar Addison, olho no relógio digital ao lado da cama e vejo ser 4:00 horas da manhã.

Vou ao banheiro e faço xixi, me enxugo, lavo minhas mãos e saio do quarto indo em direção a cozinha, as luzes estavam apagadas, mas ouço sons de risadas vindo da edícula da casa, área da piscina.

Ainda com as luzes apagadas ando até onde estava vindo as risadas e não acredito no que vejo.

- Que porra é essa Amanda? - falo em um tom de voz mais alto e ela se assusta - Me responde Amanda!

Minha filha estava com um cigarro de maconha nas mãos enquanto ria de algo com o namorado.

- Aí mommy, não corta minha onda não vai - disse isso e os dois começaram a rir

Fui até eles peguei o cigarro de pisei nele apagando o fogo, peguei no braço do Andrew e puxei ele até a porta principal.

- Ei sogrinha, você está muito putassa - Andrew falou rindo

- Seu filho da mãe! - falei - Eu quero você longe da minha filha ouviu bem? - gritei

- Para com isso mãe, pelo amor de Deus - minha filha gritava e eu não dava ouvidos, empurrei o Andrew para o lado de fora e tranquei a porta.

- Me explica que merda é essa Nanda? Filha o que está acontecendo com você?

Ela não conseguiu responder, por na hora as luzes se acenderam e uma Addison usando um robe preto apareceu franzindo o cenho.

- Céus.. que barulheira toda é essa? - perguntou.

Minha dor de cabeça me atingiu em cheio, minha visão ficou turva e depois voltou ao normal.

- Imagina qual é a minha reação, acordar no meio da noite e ver nossa filha fumando maconha no nosso jardim? - falo

- Mommy a senhora está exagerando, não precisava fazer aquilo com o Andrew. Eu amo ele e não vai ser você que vai me impedir de continuar namorando com ele. - disse gritando

- Amanda - Addison gritou!

Sem pensar muito deferi um tapa no rosto da minha filha

- Meredith- Addison gritou comigo agora.

Amanda levou a mão no local onde bati e meus olhos estavam marejados, me arrempedi no primeiro instante.

- Me perdoa fi..- não consegui terminar porque ela me interrompeu.

- Não me chama de filha, você não é minha mãe - gritou com os olhos inundados de lágrimas

- Amanda Montgomery, pro seu quarto agora- Addison falou e ela subiu para seu quarto.

Aquelas palavras foram como um punhado de faca, cravado em meu coração.

- Minha vida...O que está havendo com você? - falou com os olhos marejados, e com o tom de voz baixo, tocou meu rosto e continuou - Eu não te reconheço mais. Essa não é a Meredith com quem me casei. Você nunca perdeu a cabeça tão facilmente assim, sempre foi a mais calma, e compreensível meu amor.

Empurrei ela bruscamente, meu choro me consumiu e eu procurei a parede mais próxima para me apoiar.

Engoli o choro de uma forma inexplicável e falei:

- Se tá demais para você Addison, pede a porra do divórcio. Mas eu não vou admitir ver minha filha fumando maconha e não fazer nada. - falei rude.

- Divórcio? Nunca meu bem. A questão não é essa, vamos resolver isso jun...- antes dela terminar eu me retirei, andei até a edícula e peguei a ponta de maconha que ainda estava no chão.

Entrei em casa e ela me olhava estática, como se não acreditasse no que estava acontecendo.

- Acha que eu estou exagerando? - perguntei- Resolve isso com a Amanda então. - peguei a ponta do cigarro e deixei na suas mãos.

Subi as escadas com dificuldade me apoiando nas paredes, minha enxaqueca atacou forte, entrei no nosso quarto e corri para o banheiro para vomitar.

Tomei dois comprimidos e apoei minhas mãos na pia com a cabeça baixa, ouvi passos vindo em minha direção, mas não me dei o trabalho de olhar.

- Amor não faz assim, eu não consigo sem você. Só estamos passando por uma crise, e vamos enfrentar isso lado a lado.

Addison falava mas sua voz estava distante, parecia que eu estava em uma bolha, minha audição estava abafada, olhei fixamente para o espelho vendo minha imagem totalmente acabada, olhos inchados e cabelos bagunçados, meus olhos marejaram e meus punhos estavam cerrados, num verdadeiro impulso soco o espelho na medida em que Addison falava.

O espelho se quebrou junto com meu coração.

Senti duas mãos me puxarem com força e me sentar na cama, eu ainda estava em transe.

- Meredith! Amor! - ouvia ela me chamar, e com um ruído alto dentro dos meus ouvidos, minha audição voltou ao normal.

Olhei em seus olhos que estavam cheios de lágrimas

- Querida, não faça mais isso! - disse me abraçando forte.

Mais uma vez me entreguei ao choro, chorei pela minha família e chorei por mim, por tudo o que segurei esse tempo inteiro, eu desabei agora.

Acho que vou acabar enlouquecendo.

Addison me abraçava e dizia que tudo ia ficar bem, e me pedia desculpas.

- Vou fazer um curativo na sua mão- falou e se levantou.

Ela levantou e foi buscar o kit de primeiros socorros, eu ainda sentada na cama, comecei a pensar.

Onde foi que erramos?

Eu não me vejo sem a Addison, é óbvio que falei aquelas palavras da boca pra fora, eu sou completamente dependente dela, ela já faz parte de mim.

Senti a cama abaixar do meu lado, era ela.

- Vou limpar sua mão e fazer um curativo, vai arder um pouco amor, mas eu preciso limpar, tem cacos de vidros da sua mão. - falou

Olhei para ela e assenti.

Ela começou a limpar minha mão, aquela dor não era nada comparada a dor que se instalava em meu peito.

- Me perdoa Addison - minha voz saiu rouca e baixa - Eu venho sendo uma péssima pessoa e com certeza sendo uma péssima esposa. - falei, ela me olhou com aqueles olhos que me tiravam da órbita.

- Tudo bem amor, você só está preocupada, amanhã conversarei com a Amanda, ela não pode falar dessa maneira com você, e vou pedir para ela se afastar do Andrew, nunca pensei que nossa filha poderia usar algum tipo de droga, e eu tenho medo, apesar de não demonstrar - falou enfaixando minha mão - Apesar de não demonstrar eu tenho medo, medo de que essa não possa ser a única droga que ela está consumindo.

Quando ela finalizou meu curativo, sem responder mais nada eu a beijei.

Beijei tentando demonstrar tudo que ainda sinto por ela, e demonstrar que eu também estou com medo, medo de estar sendo uma péssima mãe e de estar me precipitando.

Medo por minha filha e o que pode acontecer daqui em diante. Mas de uma coisa eu tenho certeza.

Eu não vou deixar minha família desmoronar.

[🐈]

Eu quero proteger as quatro de todo mal!🥲

Minha querida babá - MeddisonOnde histórias criam vida. Descubra agora