Just come home

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Você nunca acha que a última vez é a última vez. Acha que sempre vai ter mais. Você acha que tem o "para sempre", mas na verdade não tem.

[🐈]

Addison Montgomery-Pov

Nós fazemos o nosso melhor, mas às vezes não é bom o suficiente.

Colocamos o cinto de segurança, usamos capacete, trilhamos caminhos iluminados, tentamos estar seguros.

Nós nos esforçamos tanto para nos proteger, mas isso não faz muita diferença, porque, quando as coisas ruins vêm, elas surgem do nada, as coisas ruins vêm de repente, sem aviso.

Estávamos no Seattle Grace Hospital, eu Amélia, Cristina e Izzie.

Amélia levou a Nanda para a casa do Mark e eu estou aqui sem conseguir proferir uma palavra, nem chorar mais eu consigo, estou sentada olhando para um ponto específico na minha frente

E se aquela foi nossa última ligação, e se ela fosse embora brigada comigo? Não não não, isso não, ela não pode me deixar, não pode deixar sua filha, eu não sobreviveria.. céus eu me tornei tão dependente dela, do seu cheiro, seu sorriso

Eu amo aquele sorriso, amo sua voz, amo até seu ronco que já não durmo mais sem ouvi-lo, eu não não me vejo mais sem ela em nenhum aspecto da minha vida

- Addison você precisa comer alguma coisa - a voz da Amélia soava longe, bem distante, eu olhava para a parede perdida em pensamentos

Como? Se eu tivesse chegado um pouco mais cedo, se eu tivesse ido antes isso não teria acontecido, nada disso, porque logo ela?

Meus olhos ardiam de tanto que eu estava segurando as lágrimas

Já se passaram 5 horas e ela ainda estava em cirurgia por causa dos danos neurológicos, um baço perfurado e teve duas paradas cardíacas na mesa

Me levantei e os olhares pousaram sobre mim, fui até a recepcionista e perguntei

- T-tem alguma capela por aqui?- perguntei baixo e rouca, minha voz estava embargada

Ela me explicou o caminho e eu fui até lá, me sentei em um dos bancos suspirando, não sei nem como vou fazer isso

- E-eu - abaixei a cabeça- Eu nem sei por onde começo, céus..- olhei para cima e as lágrimas deciam sem que eu pudesse controlar - Eu sei que estou distante de Você e que faz tempo que não conversamos mais...mas Deus por favor - falei chorando alto e me colocando de joelhos - por favor por favor - pedi entre soluços- Não tira ela de mim - eu espero que Ele entenda minhas lágrimas, eu não sou capaz de pedir nada, eu não consigo, minha dor está me consumindo

Depois de algum tempo, senti dois braços ao meu redor e me entreguei ao choro compulsivo e alto

- Shii- uma voz baixa e serena se fez presente, era a Amélia, ela segurou meu queixo e limpou minhas lágrimas- Ele te ouviu sabia? - disse com os olhos marejados - Ela saiu da cirurgia, ela está estável Addie, sua Meredith sobreviveu - me entreguei novamente ao choro, mas dessa vez de alívio

Depois de algum tempo fomos para o quarto da Meredith e ver ela naquela situação me dilacerava, ela estava pálida com cortes suturados pelos braços e rosto e com uma faixa branca na sua cabeça

- Vamos deixar elas sozinhas- ouvi uma das amigas da Meredith dizendo

Sentei em uma poltrona ao lado da sua maca e coloquei minha cabeça apoiada em sua cama, segurei sua mão e me entreguei aos choro

- Tá doendo tanto amor- falei aos prantos - tanto tanto tanto - beijei sua mão e tentei me recompor, fiquei um tempo ali velando seu sono, ela estava sob efeito de anestesia e iria demorar para acordar

Minha querida babá - MeddisonOnde histórias criam vida. Descubra agora