Os cavaleiros do zodíaco. Hades, a saga de uma última guerra santa.

Capítulo 9 "Além do orgulho"

No coliseu do santuário, Shiryu, Hyoga, Shun e June acabavam de chegar, entendendo que estavam todos ali devido a um mau pressentimento. A amazona de camaleão chama a atenção dos rapazes, mostrando um corpo jogado ao chão ali perto. Logo todos notam se tratar de Seiya e logo tentam despertar o cavaleiro de Pégaso desacordado. Após se recompor, Seiya lhes explica a situação sobre a guerra santa contra Hades que Mu havia lhe falado.

- Mas o Mu também me disse que Athena não nos quer aqui. - Disse Seiya tristonho. - Segundo ele, a Saori ordenou que nossa entrada no santuário não fosse mais permitida porque já havíamos lutado demais.

- Eu recebi a informação sobre essa ordem. - Afirmou June. - Até estava encarregada de não permitir que Shun viesse até aqui, mas ao enfrentar Reda e Spica, que deveriam estar mortos, acreditei que a situação estivesse muito perigosa e sabia que não conseguiria impedir o Shun.

- Vocês também lutaram contra cavaleiros que deveriam estar mortos a tempos? - Questionou Shiryu. - Antes de vir pra cá eu estava combatendo Algol e outros dois cavaleiros de prata.

- Sim eu também, eles trajavam armaduras parecidas com as que usavam em vida, mas elas eram obscuras. - Respondeu Hyoga. - Depois de um tempo, eles pararam de me atacar e recuaram rapidamente.

- Afrodite e Máscara da morte também estavam atacando Mu quando eu cheguei ao santuário. - Disse Seiya.

- Será possível que vieram também ao santuário por algum motivo? - Questionou Shun.

- Eu não sei, mas não quero ficar parado enquanto o santuário é transformado em um caos. - Falava Seiya convicto e determinado. - Eu irei agir e lutar não importa contra quem esteja tentando causar algum mal a Athena.

Os demais guerreiros concordaram com o cavaleiro de Pégaso, que se reerguera e seguia junto dos amigos santuário a dentro.

Sem muita demora após deixarem a casa de leão, Saga, Camus e Shura finalmente chegavam à casa de virgem. Ao adentrarem o local, todos eles sentiram imediatamente o cosmo de Shaka, o cavaleiro de ouro de virgem, sendo concentrado pelo mesmo assim como ele sempre o fizera.

- Este lugar ainda cheira a incenso. - Afirmou Shura de maneira irônica.

- Espero que não se incomode tanto com os agradáveis incensos que uso para auxiliar minha meditação, mas se preferir posso fazer o favor de retirar o seu sentido olfativo. - A voz do virginiano ecoou pela casa zodiacal.

Ao mesmo tempo os três renegados se puseram em alerta, preparados para qualquer ação do cavaleiro de ouro. Certamente não poderiam e muito provavelmente nem mesmo conseguiriam contar com a ajuda dos cavaleiros de prata e demais ressuscitados como fizeram contra Aldebaram e Aiolia. Ainda assim, os três continuaram avançando até encontrarem Shaka, que estava sentado em seu pedestal em forma de lotus dourada. O cavaleiro de virgem, como na maioria das vezes, encontrava-se em posição de meditação e com seus olhos fechados.

- De certa forma, me impressiona que vocês tenham conseguido chegar até aqui. Mas acredito que não há porque se alardear, pois tudo o que acontece está escrito em um destino que dificilmente é entendido por uma mera mente mortal. - Falou Shaka calmamente.

- Acredito que não nos deixará seguir caminho em paz não é mesmo, Shaka? - questionou Camus.

- De todo modo, prometemos ao imperador Hades que iriamos conseguir tirar a vida de Athena e vamos cumprir essa promessa. Ficou bem claro? - Afirmou Saga convicto.

- Saga, o que está falando é a mais pura verdade? Vocês realmente vieram até aqui para matar Athena? - Shaka agora demonstrava uma inquietação um tanto anormal em seu cosmo.