Os cavaleiros do zodíaco. Hades, a saga de uma última guerra santa.

Capítulo 11 "Verdadeiros sentimentos"

Alguns certos momentos antes de Pandora receber a notícia sobre a morte de Athena, alguém se erguia dentre os escombros da casa de virgem. Era Saga de gêmeos, que mesmo cansado, fraco e com sua sapuri quase toda destruída por conta do impacto das exclamações de Athena, partiu santuário a cima correndo a toda velocidade que podia. Camus e Shura também logo se ergueram e fizeram o mesmo. Um certo tempo depois, Mu, Aiolia e Milo também se levantaram, logo seguindo os rastros do pouco cosmo que ainda restava para os renegados. Porém, talvez aquele esforço fosse em vão, pois estavam muito atrás de seus oponentes.

Em uma parte próxima do local de onde se levantaram os dourados, Seiya encontrava-se desacordado, mas logo esboçou reação. O cavaleiro de Pégaso ainda estava muito atordoado, por isso delirava e via imagens passando em sua mente. O Pégaso, em seu pensamento, se encontrava num local alto, tendo a sensação de que leves brisas tocavam seu rosto. Enquanto isso sentia muita dor por todo o corpo que estava ensanguentado, coberto por uma armadura deveras diferente da qual estava acostumado.

- S-saori. - Dizia Seiya tentando tocar o rosto da jovem que via em seus delírios. - Não chore, este ferimento não é nada. O dever de um cavaleiro é protege-la custe o que custar. Não entendo. - Falou ao ser chamado por um outro nome. - Adam? Por que me chama assim? Estar em seus braços é tão reconfortante, mas por que me sinto tão mal?

De maneira súbita, Seiya recobra a consciência gritando pelo nome de Saori, o que assustou Shiryu, Hyoga e Shun, que haviam despertado poucos segundos antes.

- Amigos. - Chamou Seiya. - O que aconteceu com Mu e todos os outros?

- Não temos certeza, mas é provável que estejam avançando ainda mais no santuário. - Respondeu o cavaleiro de cisne.

- Precisamos nos apressar também, nossa luta ainda não acabou. - Disse Shiryu.

- Isso mesmo. Ainda que nossas armaduras agora estejam em pedaços, ainda iremos persistir. - Seiya afirma convicto e chama os amigos para seguirem os dourados.

Os quatro cavaleiros de bronze, mesmo preocupados com a situação de seus aliados que lutaram na casa de leão, continuaram subindo as escadarias, pedindo aos deuses pela segurança de Athena. Todos estavam no mesmo ritmo, assim como estavam quando enfrentaram as duras batalhas naquelas mesmas doze casas no passado.

Porém, em um determinado momento, Shun começou a se sentir estranho, sua cabeça começou a doer quando a imagem de uma estátua com enormes asas negras surgia em sua mente. Os passos do cavaleiro de Andrômeda tornavam-se cada vez mais lentos ao essas imagens incomodavam todo o seu ser. Shun via a estátua puxar uma espada obscura de uma bainha e anjos com asas também negras pairavam a cima do objeto. Eram muitos deles e cada vez que Shun os notava mais sua cabeça doía e seu coração apertava. O Andrômeda acabou tropeçando em seus próprios pés, cedendo entre os degraus. Seus amigos ficaram preocupados ao ver Shun naquela situação, ao que a cosmo energia do mesmo oscilava bastante.

- Shun, o que está havendo? - Questionou Hyoga preocupado.

- Seu cosmo está estranho, nunca vi nada assim antes. - Afirmou Shiryu.

- Não se preocupem comigo, acho que por não ter mantido um treinamento para o meu cosmo ao iniciar meu trabalho no orfanato acabei me desacostumando a usar grandes quantidades de poder. Sigam em frente sem mim, a deusa Athena pode estar em extremo perigo.

- Fique bem Shun, por favor. - Pediu Seiya, que voltava a subir as escadarias junto de Hyoga e Shiryu.

- O que terá sido isso? - Questionava-se Shun. - Foi a mesma sensação ruim de quando eu estava lá em Paris.

Finalmente Saga chegava ao templo de Athena seguido por Camus e Shura. O renegado de gêmeos logo sentiu o cosmo de Athena e sua vontade de matá-la só aumentou com aquilo. Saga passou a caminhar em direção a grande estatua, quando seu irmão gêmeo, Kanon, surgiu em sua frente segurando uma pequena urna vermelha.