capítulo 19

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A protagonista não estava admirada com a beleza da casa dos burgueses, ela já havia lá entrado quando foi o último baile. A beleza daquele local era inegável era sem dúvida um lugar maravilhoso.

-Timotheé...-ela o chamou e de imediato os olhos esverdeados a observam- desculpe, eu sei que fui....

-Já disse que isso não importa mais, agora preciso que pense e que não seja imprudente!- ela jamais admitiria mas sentiu-se intimidada por aquele olhos que transbordavam de raiva.

-Pensei que bastava ser eu mesma?- por mais que ela se achasse uma durona ela muitas vezes era "inocente".

-Você pode ser você mesma mas deixe suas atitudes grotescas e seu palavreado informal fora desta reunião!

O choque que invadira o coração da jovem era demasiado, ela não sabia se a garoto estava ofensivo ou se ele estava apenas a ser sincero com ela.

-Entendeu?- ele questionou num tom mais dócil.

-Com certeza!- ela permaneceu o olhar nele.

Por mais que uma vontade de chorar a invadisse ela prometeu a Timotheé que cumpriria com o "trato" e ela o cumpriria.

Depois de ele sair do automóvel ela o seguiu com um fraco sorriso preso em seus lábios.

-Miss Lencastre.- Louis deu um sorriso esperando que a formalidade dele provocasse um sorriso nela.

-Mr.Lencastre.- a jovem curvou a cabeça em forma de cumprimento.

Ao olhar para o fundo da sala a qual que ela foi conduzida conseguiu ver os pais dos irmãos.

-Miss e Mr.Chalamet é um enorme prazer os conhecer!- a jovem os cumprimentou, Louis ainda estava surpreendido pela formalidade da amiga ele sabia que algo não estava bem.

-Miss Lencastre, meus filhos tem falado muito bem de você - admirada pelo carinho da mulher a garota manteve seu sorriso falso- será um gosto mostrar-lhe todos os cantos da casa para que sinta à vontade.

-Miss Lencastre- o patriarca que lia o seu jornal pousou o seu cachimbo pra poder observar a jovem- então você é a prometida de meu filho?

-Sim senhor!

O ar carrancudo conseguia facilmente fazer com que todos os músculos da jovem ficassem tensos mas a garota continuo ali especada na frente da jovem.

-Porque você é o partido ideal para meu filho?

-Pai!- Louis repreendeu o pai.

-Acredito que essa pergunta não deveria ser propriamente dirigida à minha pessoa, afinal quem se propôs a casar comigo foi seu filho, eu não hesitei em aceitar, tenho um amor e respeito enorme por seu filho não havia nenhum obstáculo que me fazia o negar!- com sinceridade aquilo escapuliu pela boca fora da garota.

-Muito bem- o homem acenou- o que me garante que não quer o dinheiro de meu filho?

-Já chega!- desta vez Timotheé se intrometeu.

-Eu não preciso dinheiro de ninguém, não de seu filho, nem da minha familia, se eu precisar de me sustentar o farei não dependerei de um homem!- ela foi impulsiva e se repreendeu por isso.

Sem coragem de desviar o olhar do Mr. Chalamet, Amelia permaneceu à espera de uma resposta, ela havia sido impulsiva e se arrependia profundamente por isso.

-Bom- o homem voltou a pegar no seu cachimbo- já obtive as respostas que queria.

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-Foi um prazer enorme te conhecer Amelia, sua presença é uma honra.- Miss Chalamet acariciava o ombro da jovem que mesmo já ter passado várias horas continuava desconfortável.

-Obrigada Miss Chalamet.- Amelia se despediu da família Chalamet e dirigiu-se até ao automóvel.

-Quer que a acompanhe?- Timotheé questionou.

-Não obrigada.- ela ignorou seu olhar.

-Volte sempre Amelia, sua visita é um raio de sol nesta casa sombria.- pela primeira vez naquela noite o sorriso inocente da garota se abriu.

-Obrigada Louis, com certeza voltarei- negando a ajuda de Timotheé ela entrou no automóvel- tenham uma boa noite.

E sem mais delongas o automóvel partiu.

"SERÁ QUE COMETI UM ERRO?" , foram incontáveis as vezes que ela se questionava mas foram nenhumas as respostas que ela obteve.

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