-Dia maravilhoso o de hoje!- Mary descalçou suas sabrinas.
-Perfeito!- Emily disse rancorosa.
O dia todo Emily não proferiu uma única palavra, algo andava a incomodar e ninguém sabia.
-Ei Emily?- Amelia puxava os lençóis de sua cama enquanto a mais nova descalça o calçado- o que você tem?
A jovem queria dizer mas parecia que sua boca não conseguia proferir o que ela queria dizer.
-Pode confiar em mim, sou sua.....-no mesmo momento Jane entrou no quarto- amanhã conversamos melhor.
Sem esperar Mary correu até Amelia e a abraçou. De acordo com os pensamentos de Amelia algo estava por acontecer e ninguém sabia.
-Boa noite!- Mary correu descalça para sua cama.
-Boa noite!- as irmãs retribuíram.
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-Menina Amelia acorde!- Winnie sacualhou a jovem.
-Winnie- ainda a despertar Amelia se assustou com a voz trémula da empregada- sua mãe quer falar com você.
Lentamente a protagonista se levantou olhando para a janela vendo que ainda era de noite. Ela sentia o receio a consumir-la, para a madre lhe acordar de madrugada era porque seria algo grave.
-Mãe?- a garota chamou pela mãe ao ver o candeeiro acesso.
-Se sente!- a madre olhava cada passo da filha, o olhar dela não estremecia nem transmitia nada.
-Porque mandou Winnie me acordar tão cedo!- já sentada numa poltrona a jovem cossaca os olhos freneticamente.
-São seis da manhã, tempo perfeito pra fazer suas malas- o coração da garota falhou as batidas ao ouvir a mãe dizer tal coisa.
-Como?- perguntou com a voz trémula.
-Eu avisei você ,se você voltasse...-mesmo a interrompendo a matriarca a repreendeu com o olhar.
-EU DEVOLVI!- a garota elevou a voz.
-Hoje um automóvel vem a buscar para a levar para Paris!- as lágrimas já escorriam.
-Por favor madre! Não faça isto!- a matriarca se levantou e caminhou a caminho de seus aposentos.
-Se despeça de suas irmãs e faça suas malas, sua tia a espera em Paris!
Na sala vazia Amelia chorava compulsivamente, ela não queria se despedir de suas irmãs desta forma, a mãe criou-lhe um ultimato no qual ela não poderia sair.
-O que eu vou fazer?- os dedos penteavam desconsoladamente os fios de cabelos da morena.
Ela pensou, ela ficou minutos pensando em o que poderia fazer para resolver o problema que não teria solução. A única opção que ela tinha era a única que ela iria recorrer.
Rapidamente ela se levantou e correu porta fora, não importava se ainda estava escuro ela ia recorrer à única solução que tinha.
Com o vestido já enlameado ela corria sobre as pedras da calçada até à casa dos burgueses. Já na frente da porta gigante daquela mansão a garota bateu compassivamente na porta.
-Miss Lencastre?- a governanta da casa olhou para as finas vestes da moça mas rapidamente fixou os olhos castanhos na protagonista- é melhor você entrar.
-Não obrigada, por favor chame Timotheé!- a governanta não se moveu.
-Senhorita são seis da manhã, ainda é....-a mulher foi interrompida.
-É URGENTE!- a mais velha acentiu e logo foi chamar o rapaz.
As lágrimas ainda escorriam de seus olhos, com as costas das mãos ela tentava as secar mas o desespero ainda permanecia.
-Olhe você não sabe ver as horas? Mandou-me acordar a estas horas porque?- ao ver o jovem se aproximar ela limpou as lágrimas.
Ela já tinha percebido que a solução seria difícil de conquistar mas não custava tentar.
-Você está horrível!- Chalamet avaliou as vestes da moça- você está bem?
Aquela pergunta fez ela desmoronar, como ela poderia estar bem, a mãe acabou de a mandar para Paris fazendo a vida da jovem ter de mudar obrigatoriamente.
-Tome!- ele cobriu os ombros da moça com um casaco.
-Se case comigo, por favor- os olhos brilhantes do jovem perderam o brilho num piscar de olhos.
"PRECIPITADO? COM CERTEZA"
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i нσρє yσυ кทσω
Fanfiction"𝘃𝗼𝗰𝗲̂ 𝗲́ 𝗶𝗴𝘂𝗮𝗹 𝗮𝗼𝘀 𝗼𝘂𝘁𝗿𝗼𝘀" Amelia Lencastre sempre foi uma jovem inconformada com a sua realidade, tudo à sua volta não lhe parecia fazer sentido. A desigualdade racial e social era algo que lhe intrigava e infelizmente esta jove...