capítulo 31

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-Isto parece um pesadelo!- Amy tentava acalmar as próprias pernas que tremiam junto com o seu nervosismo- eu só cometo loucuras.

-Não diga isso menina Lencastre!- algumas mulheres desconhecidas penteavam o cabelo da jovem- amar não é nenhuma insanidade, por mais que pareça uma loucura a possibilidade de alguém nos amar , essa sensação é prazerosa.

Elas proferiam aquelas palavras floreadas com olhares encantados, a Lencastre não se conseguia sentir encantada nem relaxada, aquele vestido branco que ela entrajava era desconfortável por mais que fosse um longo e belo vestido ela não o achava minimamente confortável. Aquela cor não lhe era correspondente, branco era de pureza e coisa que a sua alma não era, era pura, Amelia tinha uma aura livre e um espírito aventureiro aquele casamento parecia-lhe um cativeiro.

-Pronta?-Mary espreitou pela porta vendo a irmã com um ar cabisbaixo- é o seu dia se sinta feliz.

A mente da prometida vagueava por aquele quarto procurando uma luz que a ajudasse naquele momento de desespero, os ruídos de suas irmãs de escutavam por toda a casa, a madre estava feliz.

-Eu...acho que isto não é correto.- com o olhar desamparado a jovem proferiu com a intenção de que a ouvissem.

-Não diga bobagem.- a madre invadiu o quarto e com seu olhar horripilante conseguiu fazer com que as mulheres que lá estavam evacuassem o cómodo- você vai se casar com Timotheé e fazer toda a nossa família feliz.

-Mas se eu não for feliz?- Amelia questionou esbravejou as suas mãos.

-Eu não quero saber.- com suas rudes palavras a mãe da jovem se aproximou de sua filha.- eu nem sei como convenceste um Chalamet a se casar com você, sou graças ao pobre do Timotheé por livrar você deste seu mau caminho agora deixe desse teatro e me siga.

Os saltos da jovem batiam contra o chão, seus pensamentos estavam vazios mas sua mente estava cheia de murmúrios que a currompia por dentro.

-Você está belíssima!- seu tio mantinha em seu rosto um sorriso tão rico, suas expressões faciais transbordavam de alegria e suas palavras transmitiam o conforto que a moça precisava- hoje é seu dia e não o estragará.

Com um beijo depositado na testa, a garota deixou-se ser guiada pelas irmãs que articulavam várias palavras sem nem se preocuparem de a jovem a escutava.

Na carruagem flutuava todos os tipos de sentimentos e pensamentos que alguém podia sentir e pensar num dia tão sublime.

-Chegamos senhoritas.- a madre foi a primeira a sair.

A Lencastre do meio nunca se tinha sentido tão perturbada, as palavras de consolo dos familiares não lhe ajudaram em nada ela naquele momento estava a ser muito plenamente guiada por quem a rodeava.

-Pronta?- com dificuldade ela escutou o que o rio lhe disse mas mesmo assim ela não tinha forças para afirmar ou negar.

A música começou a tocar, os convidados fingiam com seus falsos sorrisos estarem felizes pelo casal, seu olhar embaçado não conseguia distinguir nenhum parente, todos para ela era pontos de cores menos um sorriso que se destacava no meio de toda aquela confusão. Era ele, Timotheé estava ali com seu mais esbelto falso sorriso, a jovem se questionava como naquele dia particular ele conseguia esconder seus sentimentos. A música ainda soava mas o braço que antes a guiava deslizou pra longe da moça, seu olhar permanecia sobre os presentes que sorriam pra garota, ela não se conseguia mover todo aquela situação era tão desconhecida e assustadora.

Naquele específico dia ela podia derramar suas lágrimas que ninguém iria pensar que seriam de pura tristeza e desespero, as gotas escorriam por suas bochechas é um sorriso furçado escapou, agora tornava-se difícil manter o personagem.
Uma mão soava deslizou pela da morena e com isso ela se aproximou do ser.

Não era difícil identificar quem era o indivíduo, o perfume intenção que ele imanava era reconhecível, aquela mão já não lhe era desconhecida mas aquele carinho que Tim tentava lhe passar era diferente.

-Podem se sentar!- o padre ordenou aos presentes.

As horas passavam e a cerimónia decorria, o olhar da garota já não estava embaçado e seu nervosismo conseguiu se controlar, Chalamet durante toda a cerimónia não havia desviado por o olhar da prometida e ela evitava não fazer o mesmo.

-Neste momento de consentimento peço-vos que unem vossas mãos.- Chalamet pegou mas mãos da noiva- Senhor Timotheé Chalamet repita comigo estas palavras, Amelia Lencastre prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida.

-Amelia Lencastre prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida.- Timotheé proferia com seus olhos mantidos na jovem.

-Senhorita Amelia Lencastre peço-lhe que profira estas palavras comigo.- suas mãos estavam trémulas e sua voz falha- Timotheé Chalamet prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida.

O consentimento para ela era uma tortura, quando ela proferisse aquilo sua vida não seria a mesma, para além de passar a ser uma mulher comprometida a um homem ela passaria a ser comprometida com a sociedade. Quando uma mulher se casa ela passa a ser mais observada pela sociedade que irá procurar seus erros, seus defeitos e seus pecados.

-Timotheé Chalamet prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida.






Não revisado.
Peço perdão por não revisar um capítulo importante quanto este mas já foi um milagre eu ter conseguido postar este capítulo.
Comentem, gostaria de saber da vossa opinião.
Beijinhos!

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