capítulo 26

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O sol raiava pela janela adentrando a casa iluminando diretamente a casa, o silêncio reinava. A família estava junta, cada um fazendo uma coisa mas sem prenunciar uma única palavra.

-Vou retirar-me para a casa dos Chalamet, o vosso casamento está se aproximando e quero garantir que tudo corra como planeado- Amelia levantou levemente o olhar de seu livro para a madre entender que a cria escutava as palavras proferidas- por favor não estragues nada.

A confiança que a matriarca depositava na protagonista era nenhuma, ela previa sempre que Amy faria algo de errado mesmo sem o querer.

A porta de entrada bateu e as irmãs já poderiam descontrair de tanta pressão.

-Que vão fazer hoje?- Mary que estava sentada no tapete bege do salão olhou principalmente para Emily.

-Eu não sei mas aposto que você não vai sair!- falou dirigindo a palavra à irmã do meio- mamãe quer preservar sua saúde, a doença que lhe pegou no dia passado ainda não passou.

Entre risadas a menina se levantou pronta para pegar em sua gabardine.

-Eu preciso de tratar coisas pro casamento também!- a moça inventou uma desculpa para poder escapar do interrogatório.

-Nunca imaginei a menina se casando!- Winnie apareceu vestida de seus trapos- me perdoe se meu comentário foi oportuno.

-Com certeza que seu comentário foi desnecessário Winnie!- a seguir de resmungar com a empregada Janete dobrou o jornal e deitou em seu colo.

-Nem eu Winnie, você está convidada para meu leito.- o sorriso amarelo da conhecido alegrou a protagonista.

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-Agradeço-vos este afável convite para seu casório- Emma servia-se de seu chá- nunca pensei que escolhesse o Chalamet mais velho, achei que Louis combinava mais com seu espírito livre, Timotheé aparenta ser alguém frio.

Timotheé era um homem frio, amoroso não seria o primeiro elogio que a noiva lhe daria, pelo contrário.

-Os opostos se atraem...

-Só nos seus livros minha amiga.

Emma era a primeira amiga verdadeira de Amelia, ela estava ali por se interessar pela personalidade da garota e não pelo estatuto social que está teria.

-Tenho um convite pra você!- Emma sussurrou à amiga- me encontro na entrada deste local hoje de noite, sem atrasos e seja discreta, ninguém pode seguir você.

A moça de forma discreta pousou um pequeno envelope em cima da mesa, quando Watson largou a mão do pequeno pedaço de papel Amelia o pegou calmamente.

-Não o abra....não aqui...- a mais velha se levantou logo depois de despedir-se da Lencastre- me encontro nesse lugar às 20horas.

No regresso pra casa Amelia mantinha a mão em cima do envelope desejando poder chegar mais cedo a casa para poder desvendar tal mistério.

No tempo que ela chegou no seu domicílio ela correu para seu quarto procurando um espaço privado para poder ler aquele bilhete.

A jovem chegou no seu quarto e confirmou se suas irmãs la estavam.

-Ninguém!- suspirou.

Com rapidez ela rasgou o envelope logo desvendado uma letra delicada escrita por uma pluma que soltava uma tinta escura.

"ME ENCONTRE NA RUA BRICK LANE"

Brick lane? Brick Lane era conhecida por ser a rua dos imigrantes, daqueles que fugiam de seus países e procuravam em Londres um conforto que somente nos seus sonhos existia. Os habitantes de Londres, principalmente os de classes altas faziam de tudo pra menosprezar estes pobres injustifiçados.

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Aquele relógio enorme que havia sido construído poucos anos antes, estava preste a marcar as 20horas. O big bem era uma obra de arte para a moça, algo tão perfeccionista e detalhado era deslumbrante.

Amelia, ainda não sabia como iria escapar das garras de sua mãe para ir a um encontro com a amiga.

-Madre!- a mais velha nem levantou o olhar.

-Combinei me encontrar com Timotheé, a senhora concede a minha saída?- o olhar aberto da mulher denunciava logo a resposta.

-Como os Chalamet não me contaram que você iria sair com Timotheé hoje? Logo hoje, que estive com eles!- a mulher olhou para seus pés de forma pensadora.

-Foi algo muito espontâneo madre.

Felizmente a mulher deliberou sua filha do meio, seria difícil tentar persuadir-la mas ela auto compreendeu que a jovem teria de aproveitar o suposto tempo com o amado.

Ninguém passeava naquela rua sombria e escura, os únicos passados que se ouviam eram de crianças correndo.

A protagonista temia pelo pior, já havia chegado à hora marcada e não se avistava ninguém.

-Amelia!- era escutada uma voz na sombra.

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