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Nicolas era um lindo menino de cabelos enrolados loiros e olhos azuis que gostava de brincar. Ele tinha cinco anos quando foi atropelado por um carro e não sobreviveu.

Seus pais guardaram todas as suas fotos em molduras para recordarem a criança alegre que ele fora.

Eles iam ao cemitério para ver o túmulo do filho e sempre choravam.

Ainda era difícil para eles aceitarem a perda do filho que era tão inocente mas que por causa de um acidente, tudo mudou.

- Sinto tanto a fala dele... - Sua mãe chorava e o marido dela o abraçava.

- Eu também. - A beija.

No túmulo estava escrito: " Fui uma criança alegre e amava meus pais."

- Ele é o nosso Anjinho agora.

- Sim, querida.

Eles sempre iam visitar o túmulo da criança e levavam flores ou brinquedos.

(...)

Carlos tinha um amigo imaginário, chamado Lúcio. Mas ele só aparecia para ele quando queria e agia de forma muito atrapalhada, tanto que às vezes deixava Carlos irritado.

Ninguém mais podia ver Lúcio além de Carlos. Apesar de todas as trapalhadas do amigo, eles se divertiam muito.

Lucio começou a aparecer, antes de Carlos ter sua irmãzinha Mariângela. Isso porquê ele costumava brincar sozinho em casa, com seus brinquedos e queria muito ter a companhia de alguém.

No começo foi estranho para ele, mas depois ele acostumou-se. Seus pais o viam falando sozinho e lhe perguntavam com quem ele estava falando, mas ao ouvirem ele dizer que brincava com Lúcio, ficaram preocupados e não muito tempo depois, veio a Mariângela para fazer companhia real à Carlos.

Com o tempo, Lúcio deixou de aparecer para Carlos, pois ele já estava crescendo e não precisava mais de um amigo imaginário. Mas até lá, eles ainda viveriam muitas aventuras imaginárias.

4 anos depois... 🍃

Era aula de artes e todos deviam pintar um quadro com tinta.

- A arte é realista ou abstrata! É algo que você olha e fica admirando a obra e imaginando várias coisas a respeito dela: suposições, críticas, admiração! - A professora dizia com emoção - A arte está em tudo ao nosso redor, é só observar o formato das coisas, as cores, a textura...

- Gostei do seu desenho, Mônica! - Maggie diz.

- Obrigada! Também gostei do seu.

Maggie desenhou várias frutas.

- Muito bem... - A professora dizia ao olhar os desenhos dos alunos. - Ela passa por Marina e pára - Uau, Marina... Que pintura linda! Você tem jeito pra arte.

- Obrigada, professora. Eu amo pintar e desenhar.

- Continue assim.

Ao chegar em Carlos, ela expressa:

- Que obra magnífica! Essas formas, essa expressão, esses detalhes!

A pintura era a mistura de uma baleia e um coelho dentuço com cabelo curto, o que lembrava a Mônica.

- Eu gosto do surrealismo, expressa a ilusão do consciente, revela aquilo que não existe, mas que está em nosso coração.

- Não!

- Não o que?

- Ah!... nada não. É só uma pintura que eu criei, não tem nada a ver com meu coração.

Para sempre juntos (TMJ)Onde histórias criam vida. Descubra agora