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Carlos está em seu quarto, a pensar no que aconteceu. Penélope tem demonstrado ser bastante ciumenta de uns tempos então e às vezes,  esse ciúme é obsessivo. Mas Carlos a suportava, pois se comprometeu com ela e seus pais, a pedindo em casamento.

No começo, os pais de Penélope não gostavam muito que a filha estivesse se envolvendo com Carlos, mas eles viram que o mesmo era um rapaz de família e que estava disposto a encará-los para pedir a permissão deles para namorarem.

Agora, estando noivos, já estão nos preparativos para a festa de casamento, mas a chegada de Mônica causou alguma reação em Carlos, coisa que ele já havia superado, ou pensava que sim.

Sua irmã, Mariângela passa pelo corredor, com uma mochila nas costas e Carlos, levanta-se da cama e desce as escadas para alcançá-la.

- Ei! Pra onde está indo tão apressada?

Mariângela já estava girando a maçaneta, mas ao ouvir a voz de seu irmão, vira-se para trás e lhe diz:

- Não te devo explicações, mas eu estou indo fazer um trabalho na casa de uma amiga.

- Ah, é? Que amiga? - Cruza os braços.

- Pra quê quer saber?! Você não conhece ela. - Revira os olhos.

- E pra ir para a casa dela, precisa usar essas roupas... chamativas? - Olha para a calça rasgada da irmã e sua blusa estilo cropped - A mamãe ao menos sabe que você está saindo?

- Se toca! Você não é meu pai! Afs! - Se irrita.

- Eu sou seu irmão mais velho e por isso mesmo, tenho o direito de... - Carlos pára de falar, ao ouvir o barulho da porta se fechando com força.

Mariângela havia saído e deixado o irmão falando ao vento.

Carlos suspira.

- Vou ficar de olho nela.

Carlos sai de casa e começa a seguir a irmã, que caminhava pela rua, segurando as alças da mochila. Ele não acredita que ela estava indo para a casa de uma colega, pois era a segunda vez que ela saía de casa, dizendo isso.

Ela parece estar mandando mensagem para alguém de seu celular e Carlos não a perde de vista.

Mariângela segue caminho e depois de dez minutos, chega a uma casa. Ela toca a campainha e quem atende é um rapaz, aparentemente quase da mesma idade dela, que tinha quase desessete anos. Cabelos pretos e mais alto que ela.

Ele beija seu rosto e a convida para entrar e ela, assim faz.

- Eu sabia! A Mariângela está namorando escondida!

(...)

Mais tarde, Mariângela chega em casa toda feliz, que nem vê seu irmão sentado no sofá.

- Como foi na casa da sua amiga? - Ele diz, assustando-a.

- Ah! Tá maluco! Nem tinha te visto aí! - Ela diz, pondo a mão no peito.

Carlos levanta-se.

- Distraída? Ou é outra coisa? - A encara.

- Do que "cê" tá falando?!

- Eu? Nada... Só que ... eu sei que você está namorando escondida!

- De onde "cê" tirou isso? Eu fui na casa da...

- Eu te segui.

- O quê?!

- Isso mesmo, mocinha. O pai e a mãe não iriam gostar muito de saber disso. A não ser que eu não conte pra eles.

Para sempre juntos (TMJ)Onde histórias criam vida. Descubra agora