Capítulo 2

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Sheilla Castro On

Gabriela balançava a perna o tempo inteiro.  Parecia nervosa e um tanto agitada, o joguinho que ela jogava no tablet fornecido pela aeromoça parecia não prender mais atenção dela.

Continuei focada em meu notebook, sorri animada com a notícia que tive. Depois de anos de administração do meu dinheiro, tive bons rendimentos, o necessário para fazer o maior investimento da minha vida até então.

- Algum problema? - Ela perguntou

- Nada demais. - Respondo feliz - Boas notícias.

Ela sorri nervosa e estala os dedos, aquele barulho me irritava profundamente.

- Você está bem?

- Não. - Ela responde rápido - Não tenho nada na cabeça

- Como assim?

- Eu transei com a amiga da minha mãe, que estava noiva da Mari, a jogadora de vôlei adorada por todos ...

- Mari não é adorada. - Interrompi o surto de Gabriela - Esqueceu que o povo tem raiva dela, pela bola fora em 2004?

Mari sempre sentiu essa erro. Após virar mais de 30 bolas naquele jogo mas olimpíadas em Atenas em 2004, ela isolou a bola decisiva. Até hoje, era muito julgada.

- Enfim, também não gosto muito dela. - Gabriela é sincera - Mas, entrei em um avião com você e agora estou para o Havaí.

Não segurei o riso diante do surto dela. Ela pareceu ficar com raiva e cruzou os braços.

- Gabriela, pare com isso. Vamos viver o momento. - Passo a minha mão por sua perna - Enquanto a Mari, não quero nem olhar para ela.

- Como você descobriu que ela estava te traindo? - Gabriela me questiona

Só então, lembro que não cheguei a comentar com ela. Início a história desde o início, desde o momento em que atendi a ligação do " professor de violão" de Mari até o momento em que descobri tudo.

- Nossa! - Gabriela parecia um tanto chocada - Você ainda gosta dela?

- Gosto. - Dou de ombros - Não iria conseguir parar de gostar da noite pro dia

- E eu?

- Você o que?

- Sou um caso?

- Não. - Respondo rápido - Você é uma menina maravilhosa e, te quero ao meu lado.

Me aproximo dela, vejo sua pintinha na bochecha direita dela. Gostava do formato do rosto dela, seu maxilar sempre bem marcado combinava com o seu sorriso.

- O que foi?

- Oi.

- Do nada, você começou a me olhar fixamente. - Ela sorri sem graça

- É porque você é bonita. - Respondo mordendo o lábio - Não vejo a hora de chegarmos.

- E o que fará? - Ela pergunta

- O que você quiser. - Respondo me remexendo na poltrona

Ela fecha os olhos se entregando as minhas carícias em sua bochecha. A viagem é longa, ela apenas se encostou no meu ombro e ficou ali o um longo tempo.

Sua respiração ficou tão tranquila e serena, deduzi que ela estava dormindo. Volto a minha leitura dos emails que recebi em meu notebook.

Não percebi, mas já estava dormindo. Estávamos cansadas por causa das escalas que fizemos até finalmente chegar no Havaí. Do aeroporto, pegamos um táxi qualquer que nos levaria para o hotel que Mari fez a reserva e pagou.

A Filha Da Minha AmigaOnde histórias criam vida. Descubra agora