Capítulo 3

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Sheilla Castro On

- Essa pele está tudo hein. - Brena comenta com um sorriso malicioso

- Também estou chocada. - Digo passando a mão na minha bochecha

- Cadê a sua novinha? - Ela pergunta tirando a blusa social que usava

- Dormindo. - Comento sorrindo lembrando do nosso jantar e do pós jantar

- Está acabando com a menina. - Ela diz bocejando - Coitada!

- Ela gosta. - Mordi o lábio

- Você tá gostando dela?

Era uma pergunta que eu estava me fazendo há algumas horas. Gabriela passou o jantar inteiro me enchendo de perguntas e, ela ouvia atentamente cada resposta.

Ela estava interessada!

Em comparações com Mari: Gabriela era um pouco mais atenciosa; mais animada; não parava de falar um momento; me perguntava sobre tudo; e o sexo era revigorante.

Gabriela parecia ser tão madura para a sua idade, mas ao mesmo tempo uma verdadeira criança. Ela tinha bom papo e sabia como prender a minha atenção.

Como fazia um certo tempo que eu não falava com a minha irmã, resolvi ligar para ela.

- Gosto. - Respondo a sua pergunta - Ela é legal

- E a Mari? -   Brena tira a roupa íntima ficando nua na minha frente - Ela está me cercando de todas as formas.

Bufei com raiva. Sabia que Mari iria atrás de Brena. Não estava nem entrando em qualquer rede social minha, para evitar que as paranóias de Mari a levassem até aqui. Pedi o mesmo a Gabriela, sabia que Mari não iria medir esforços para vir atrás de mim.

- Você não falou nada, não é? - Perguntei receosa

- Claro que não. Você acha mesmo que eu quero aquela despacho de encruzilhada atrás de você.  - Minha irmã se joga no sofá pegando uma latinha de energético

- Você está cuidando dos meus cactos? - Pergunto

Vejo Brena olhar de canto de olho para o local, onde eu colocava meus cactos. Ela retorna a me olhar nervosa, da um sorriso amarelo.

- Claro. - Ela responde - Preciso ir.

Ela desligou sem nem mesmo me esperar para me despedir. Sabia que meus cactos deveriam estar sem o menor cuidado.

Sinto os primeiros raios de sol entrarem na sala, que tinha uma sacada grande de vidro, permitindo uma vista para a praia. Olho novamente para Gabriela, ainda estava dormindo. Os cabelos um tanto cacheados estavam jogados no travesseiro, ela dormia de bruços.

Sua mão estava direita estava próxima ao seu rosto, em seus lábios tinha um biquinho fofo. Se ela não estivesse tão serena dormindo, levei um pouco mais o lençol até o meio de suas costas. Ela se acomodou mais na cama.

Sentia uma aflição em relação a ela. Tentei me imaginar sem ela, era difícil. Era estranho como uma pessoa poderia me fazer sentir como se estivesse viva novamente.

Gabriela comia bastante, talvez pelo fato de estar em desenvolvimento. Não queria descer para ir tomar café no hotel, também não queria pedir nada.

- Bom dia. - Gabriela entra na cozinha coçando os olhos

Seu rosto um tanto amassado era tão fofo.

- Bom dia, adolescente. - Dou um beijo em sua testa - Dormiu bem?

- Muito bem.- Ela me dá um sorriso malicioso

A Filha Da Minha AmigaOnde histórias criam vida. Descubra agora