Sherlock acordou lentamente, e ao abrir os olhos, encontrou John sentado ao seu lado, mexendo no celular. Porém, o loiro não estava mais com seu pijama, e sim já estava com sua roupa do trabalho.
-John? - chamou o moreno, ainda com uma voz de sono.
Watson tirou os olhos do celular e se voltou para o outro, sorrindo.
-Bom dia, querido.
-Por que você já está vestido? - perguntou, confuso.
-Eu trabalho hoje, lembra? Aí levantei para me arrumar.
-E depois você só voltou para cama? Por que não foi trabalhar?
-Bom, eu não queria que você acordasse e eu não estivesse ao seu lado. -admitiu.
-Então por que você não me acordou? Você poderia se atrasar para o trabalho!
-Eu pensei nisso, mas você fica muito angelical dormindo. Simplesmente não tive coragem. E eu realmente não queria que você acordasse sozinho. A melhor parte de dormir ao lado de uma pessoa é acordar ao lado dessa mesma pessoa na manhã seguinte.
-Você iria se atrasar para o trabalho por minha causa. - repetiu, incrédulo.
John apenas deu de ombros.
-Você é muito irresponsável. - disse o moreno, sorrindo.
-Ei, a culpa não é minha! Você que é irresistível. - argumentou.
Sherlock corou e John se inclinou para beijá-lo. O médico aproveitou que o moreno ainda estava deitado e deitou ao seu lado, intensificando o beijo ao puxar sua cintura, o trazendo para mais perto. Holmes retribuiu o beijo na mesma intensidade, abraçando o pescoço do mais velho.
-Você vai se atrasar para o trabalho. - sussurrou Sherlock.
-Só mais 5 minutos. - respondeu, o beijando mais uma vez.
O mais jovem sentia todo o seu corpo florescer com aqueles beijos e com a mão do médico em sua cintura.
-John. - insistiu, se afastando um pouco.
-Ok, ok! Estou indo! - disse o loiro, se levantando da cama.
Sherlock riu e continuou deitado, observando o outro ajeitar sua roupa. Apesar de estar um ano mais velho de quando haviam se conhecido, o loiro parecia estar com muito mais vida.
-Estou indo. - anunciou o médico.
O moreno assentiu, mas John continuou parado.
-John!
-É muito difícil sair de casa vendo você deitado na minha cama. - disse, com um sorriso malicioso.
Sherlock riu e jogou um travesseiro no outro, o acertando no rosto.
-Ai! - reclamou.
-Vai trabalhar! - disse, o ameaçando com mais um travesseiro.
John ergueu as mãos, como se rendesse. Finalmente, saiu do quarto, mas não sem antes dar um último sorriso para Sherlock.
Assim que fechou a porta, o moreno suspirou. Ficou deitado por um tempo, encarando o teto e com um sorriso bobo no rosto ao pensar no tempo que passava ao lado de John. De repente, sentou-se num pulo. Lembrou que os pais ainda estavam em casa, e se ele não saísse logo, eles o veriam saindo do quarto de Watson.
Levantou da cama e abriu a porta, tentando não fazer barulho. Na ponta dos pés, foi silenciosamente até seu quarto. Quando estava com a mão na maçaneta, prestes a abrir a porta, ouviu uma voz atrás de si:
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O Hóspede
Fiksi PenggemarSherlock Holmes, jovem de 21 anos, ainda mora com os pais. Não por vontade própria, mas ser o único detetive consultor do mundo não garante uma renda fixa para sair de casa. Por isso, Sherlock conta os dias (e as moedas) para conseguir sua independê...