Capítulo 5

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Eduarda | POV

- Jesus. - Eu disse, enquanto tentava colocar  o short de compressão. Finalmente encaixei a peça, logo vesti a calça de moletom, e me joguei na minha cama em seguida.

É como se fossem omeletes.

- DUDAAAAAA! - Ouvi um grito  atrás da minha porta. Lembrei-me de levantar e destrancar a  mesma, logo voltar, tendo Isabella atrás de mim. - Quanto tempo, viada. O que aconteceu com você?

- Nada. - Ganhei um pau.

- Vou acreditar.

- Onde está o viado favorito?

- Matheus saiu com a namorada.

- Fico fora por dois dias e já tá assim.

- Matheus é mais rodado que prato de microondas, ou pneu de caminhão, como preferir. - Ri baixo. - Por que ficou fora por dois dias? Digo, te vi no colégio, mas você estava apenas falando com a Bianca. Esquecendo de nós. Estão se pegando, ou algo do tipo?

- Não.

Me joguei na cadeira da minha mesa de estudos e logo fechei rapidamente as abas aberta no meu navegador. Eu estava fazendo pesquisas uma hora atrás, na verdade.

- Estava vendo pornografia? - Isabella sorriu maliciosa, me fazendo revirar os olhos.

- Nop. Algumas pesquisas particulares. Hm... como foi seu encontro com Gabriel? - Perguntei.

- Foi muito legal, ele é lindo e-

- Eu só perguntei por educação, Isa. - Isabella revirou os olhos e jogou uma almofada em mim, me fazendo rir.

- Dormiu com o bozo e acordou gozada, é?

- Cala a boca.

- Quem acordou gozada? - Minha mãe perguntou, enquanto brotava na porta. Corei violentamente, enquanto Isabella apenas gargalhava.

- Eduarda, tu anda fazendo indecências de baixo do meu teto, Eduarda? Olha, Eduarda, te situa, porque quem coloca crédito no teu celular pra tu ficar catando Pokémon sou eu, Eduarda. - Isabella deu um grito e eu apenas revirei os olhos.

- Não estava fazendo impurezas de baixo do seu teto, mãe.

- Acho bom, Eduarda. Tem roupa suja no seu banheiro? - Assenti e minha mãe sorriu. - Ótimo. No meu também tem, então aproveita pra lavar as suas e lava as minhas, agora vou sair pra fazer compras. Te gosto um pouco, criatura! - Ela disse, logo saiu e bateu a porta atrás de si.

- Você tem a melhor mãe. - Isabella exclamou. Sorri e concordei.

- E a melhor amiga também. - Isabella ficou em pé e caminhou até porta.

-  Não, Duda. Eu não vou lavar suas roupas. - E então saiu.

Gargalhei de seu drama e esperei ela voltar, o que de fato não aconteceu.

Oh não!

Desci as escadas correndo e parei na cozinha tentando falar com o ar me faltando.

- SE NÃO VAI LAVAR MINHA ROUPA, FICA LONGE DA MINHA COMIDA, RIDÍCULA! - Vi ela com meu pacote de doritos e Isabella começou a rir. - Eu vou te arranhar Isabella!  - Ela abriu o pacote e eu fiz bico. - Acabou amizade Prezotto.

Dei meia volta e fui para sala quase chorando.

Isabella logo apareceu com mais um monte de comida, então no fim acabamos agarrando, chorando por um documentário de baleias e comendo como se não houvesse amanhã. Definitivamente essa amizade nunca acabaria.


(...)


Dei um tapa na cara de Isabella acidentalmente, quando procurei meu celular pelo sofá. Ela resmungou, mas estava dormindo, então apenas continuou igual uma rocha.


Bianca:
Sarda

Eduarda:
?

Bianca:
Desculpa, foi o corretor.
Eduarda**

Eduarda:
Ah...sim?

Bianca:
Como está?

Eduarda:
Meu pau ou eu?

Bianca:
KKKKKK para de ser lerda. Só queria saber se sua autoestima estava em pé ainda.

Eduarda:
Minha autoestima está ótima e em pé. Apenas eu, que estou deitada e irritada por ter me acordado.

Bianca:
Tá, não me importo com isso. Eu queria saber também, se você já foi no tal restaurante... vai que eles sabem a solução.

Eduarda:
COMO EU NÃO PENSEI NISSO?
KDJSOSHSKSHSIDHSKSS
ACHO QUE ALGUÉM VAI GANHAR UMA PEPECA DE VOLTAAAAAAA
BRIGADA MÃEEEEEE
Quer ir comigo?

Bianca:
Se você quiser aproveitar e me dar comida, eu vou.

Eduarda:
Vou arrastar Isabella pra fora de casa e já passo aí

Bianca:
VOCÊ REALMENTE VAI ME DAR COMIDA? DEUS

Eduarda:
Oddbxibdbsksjk  vou sim
Tchau, Bibi


(N/A: Tive um deja vu nesta parte por causa de Garota das mensagens :( deu vontade de chorar gente.)


Joguei o celular nas costas de Isabella e a demônia me olhou.

- Vai embora! - Falei. Ela revirou os olhos e olhou algo no celular. - Eu vou na casa da Bianca. Isa! Só vai... - Gargalhei da sua cara ofendida e ela ficou em pé, grogue de sono.


(...)


- Você lembra quem te deu o biscoito? - Bianca perguntou enquanto entrávamos no restaurante. Olhei pra ela e neguei.

- Eu não sei diferenciar... - Bianca gargalhou, logo apontou para um garçom. Ele segurava uma bandeja de biscoitos da sorte, exatamente como quando me ofereceu. - Hey, você! - Chamei.

Umas cinco pessoas nos olhavam, enquanto o garçom decidiu que correr era a melhor opção.

AAAAAAH! NÃO COM EDUARDA MINAJ, JAPINHA!

Corri em sua direção, e logo parei na frente da porta da cozinha, impedindo a passagem do garçom.

- Sim, sinhola? - Perguntou. Um sorriso cínico em seus lábios.

- Olha só, querido. A cínica aqui sou eu, e para você, é sinholita, okay?! - Ouvi a risada de Bianca. - Eu não sei o que diabos vocês tem nessa coisa, pode ser maconha mas pode ser uma macumba pesada de madre Teresa. Eu apenas quero que desfaça essa coisa, nem que tenhamos que chamar Alex Russo da Turnê renascente dela para isso.

- Cuidado com seus pedidos! Eu avisei! - Ele apontou, arregalando os olhos. Eu queria rir, pois era uma situação realmente engraçada, mas não conseguia. Em compensação, Bianca ria atrás de mim. Quase gargalhava.

- Olha, Jackie Chan, eu não me importo, na verdade. Eu só quero desfazer meu pedido. - O homem soltou uma risadinha.

- Eu sei! Mas não posso fazê nada, sinholita. O pedido foi seu, aique com as consequências! - Respondeu. Bufei impacientemente e cruzei meus braços.

Seria uma longa noite...

Wishes | Duanca (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora