Capítulo 73

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Eduarda | POV

- Tem certeza? - Tio Fábio perguntou.  

Passando-se um mês após o famigerado pedido de casamento, cá estava eu, avisando o sogrão que eu queria morar com minha empadinha de frango - CARA NOSSA, sério, empadinha de frango é muito bom -, sozinha, no apartamento que eu e Fábio vimos há algum tempo. Estava tudo certo, só precisava que Vanessa aceitasse morar comigo.   

Ah, eu parei de vender colchões. Agora vendo travesseiros - isso mesmo. Uhum. Subi no cargo. Sou fodona sim. -.  

- Ué. Tenho. - Comentei, brincando com um chocalho do meu filho. Bianca dizia que eu usava aqueles brinquedos mais do que as crianças em si, mas isso era mentira. Eu só estava testando para não cair nenhuma peça e meus filhos engolirem.  - EITA QUE FAZ SOM DE CABRITA TAMBÉM! Que foda, mano do céu. - Meu sogro riu. Ahn... do que estávamos falando antes?!  

- Tudo bem. - Sorri. Só para ser simpática, eu queria que Fábio saísse logo para tentar um remix de animais da fazenda com o meu brinquedo. O brinquedo dos meus filhos, quero dizer. - Converse com ela, então. - Fábio levantou, indo até a mesa de seu escritório, onde estávamos, e pegando uma das cópias da chave do apartamento. Ele tinha a outra.  

- Tá bom. - Apertei o botão do gatinho. Era fofo.  

E ali fiquei, longos cinco minutos descobrindo se o brinquedo tinha segurança, até ouvir meu sogro me chamar.  

- Que?  

- Hm... você já pode ir. - Sorri, assentindo e batendo continência.  

E fui apertando nos sons até chegar na sala, onde Bianca estava jogada no sofá, e nossos filhos se arrastavam por cima dela.  

- Amor, fiz sweet dreams versão fazenda, quer ouvir?  

- Dudaaaaa...  

- Que? - Olhei para ela. Bianca estava rindo, o que era bem normal na nossa relação.  

- Eu tenho uma surpresa para você.  

- Tem?  

- Na verdade duas.  

- Hm... me conta, então.  

- Tá. - Pigarreei. 

- A verdade é que... eu estava testando isso aqui e é divertido. Para nossos filhos, quero dizer. Mas esse não é o foco da conversa.  

- Me conta qual é a primeira surpresa!  

- Tá. - Me ajeitei no sofá.  

Peguei o brinquedo e comecei a tocar sweet dreams - um hino desses, bicho. Não pode morrer -  para ela, que riu e cantarolou a música junto com a vaquinha.  

- Essa... era a primeira surpresa. - Sorri. Agora eu comecei uma versão hinária de ovelhas cantando Beyoncé. Minha namorada riu.  

- E a outra surpresa? Qual era?  

- Ah é, eu já estava esquecendo. Vamos dar uma voltinha. Sua mãe e sua irmã podem ficar um pouco com as crianças? - Bianca assentiu. Peguei Lucca e segurei ele um pouquinho longe dos meus cabelos, pois esse menino começou a ter tara por cabelo. Ele só me olhava com essa cara de quem caiu sentado e a bunda parou no rosto. No fim, eu ri, pois o engraçadinho dele era esse jeito todo sério. - Lindinho do pai. - O coloquei no carrinho triplo.  

- Onde vamos?  

- Surpresa, Cha-cha.  

- Que roupa devo usar?  

- Uma que possamos sujar.  

- Por quê?  

- Ai mais que saco, parece aquelas crianças irritantes que-  

Wishes | Duanca (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora