Capítulo 25

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Eduarda | POV

Adentrei minha casa correndo, e parti direto para o banheiro. Eu estava segurando isso não sei quanto tempo, mas era bastante. Deixei a mochila jogada no sofá, apenas na intenção de não demorar mais, e não tranquei a porta, já que eu deveria estar sozinha em casa de qualquer jeito... bom, eu deveria estar, mas descobri que não estava assim que minha mãe entrou no banheiro e já era tarde de mais para mim disfarçar. Eu simplesmente não tinha controle da minha bexiga.

- Eduar... - Parou de falar, ao que me viu em pé e de costas. Fechei meus olhos com força e rezei para ser um sonho, pois eu sinceramente não estava disposta a acreditar que minha mãe viu meu pau.

Daí a pergunta.

Por que ela não saiu do banheiro?

- Maria Eduarda, o que é isso? Por que tem uma rola na sua boceta? Por que você está mijando em pé? - Franzi o cenho e terminei meu xixi, enquanto puxava a calça para cima, junto com a cueca e o short de compressão. Minha mãe estava parada na porta, com minha mochila na mão. Fui até a pia e apenas deixei a água cair, em seguida lavando minhas mãos. - Tu tá metida com pau agora, é?! - Jogou minha mochila no chão, virou de costas e logo saiu. Fui atrás dela e suspirei. - Eu tô sonhando. Minha pequena fadinha lésbica que tinha boceta agora tem rola. Nossa, que sonho contraditório e esquisito. Até sonhar com a criatura estranha é estranho, cada coisa...

- Mãe, a senhora não está sonhando. - Assumi baixo. Minha mãe revirou e fitou meus olhos, antes de cair na gargalhada.

- Ai Eduarda! Vou mijar minhas calças... para com isso, sou velha e não tenho controle sobre minha pepeca. Não mais, Eduarda. - Ela desceu as escadas e continuei indo atrás dela.

- Ew! Mãe! Eu não estou mentindo! - De onde brota esses chinelos voadores? Bom, não sei, só sei que ela sempre acerta minha cara.

- Se tu não parar de me zoar até em um sonho,, abaixo tuas calças e corto esse negócio entre suas pernas. Não pode ser um pinto! Eu limpei tua raba quando você era criança e tinha uma pepequinha aí,, é um sonho bem estranho, mas sei que é.

- Mãe! Não é um sonho! No começo também pensei que fosse, mas acontece que não é! Não era pra senhora descobrir assim mas... é, eu tenho um pau agora. - Michelle me encarou com a cabeça levantada.

- Alguém já te mandou ir a merda hoje? Pois eu tô mandando.

- Você quer ver de novo?!

- Eu vejo menores desses de borracha todos os dias, o que tu acha?! - Gargalhei e ela levantou uma das sobrancelhas, enquanto eu caminhava até a pia e enchia um copo de água.

Caminhei de volta até ela, e joguei todo o conteúdo em seu rosto - menos o copo, é claro -. Minha mãe fez uma cara de morte e me preparei para correr.

- Maria Eduarda, o que tu pensa que- 

- Você está acordada, não é um sonho e... - Suspirei, a vendo arregalar os olhos. - Eu tenho um pênis.

(...)

Bianca gargalhou e abraçou minha cintura enquanto eu me distraia com lol no meu celular. Okay, não me julgue. Estávamos no meu quarto.

- Então ela desmaiou e ficou assim por umas duas horas. - Contei a Bianca riu mais e passei meu braço por seus ombros, em seguida voltando a mexer com as duas mãos no celular. - Mas como eu sou formada e graduada em medicina porque assisti Grey's Anatomy, soube que ela não estava morta, e apenas esperei, ela acordar contando tudo outra vez.

- E sua mãe aceitou tranquilamente o fato de você ter um pênis?! - Me encarou, logo larguei o celular na cômoda ao lado.

- Sim. Expliquei a situação, e por mais estranha e confusa que você, ela aceitou. - Bianca sorriu e acabei roubando um selinho, que logo se tornaram vários até ela puxar minha nuca. - Quer ir no cinema comigo? - Perguntei baixinho. Bianca assentiu e sorriu, puxando meu lábio inferior para ela em seguida.

- Claro, Duda. Quando?

- Poderíamos ir agora, já que não temos nada para fazer...

- Agora?! Mas aqui está tão bom... significa que estou com preguiça... - Ri baixinho e assenti.

- Então vamos amanhã. - Ela assentiu. Virei nossos corpos na cama e acabei ficando por cima dela. - Você quem manda! - Exclamei por fim. Bianca sorriu e selei nossos lábios, sendo respondida por imediato.

Uma das minhas mãos serviu como apoio para meu corpo, e a outra usei para acariciar a cintura de Bianca, enquanto ela levava as dela para abraçar meu pescoço. Mordi seu lábio inferior e puxei com vontade, ouvindo arfar e gemer baixinho em seguida. Movi minha língua por seu lábio inferior e Bianca abriu um pouco a boca, me permitindo invadi-la com a mesma. Respondeu o beijo com a mesma urgência, descendo as mãos por meu corpo e adentrando minha camisa. Desceu até a bunda e apertou.

- Sua bunda é tão grande... - Falou, enquanto soltava uma risada fofa sobre meus lábios. - Não que eu esteja reclamando... - Ri baixinho e separei nossos rostos.

- Obrigada. - Levei minha boca até seu pescoço e mordi.

- Eu amo seu corpo... mas você consegue ser boa em todos os aspectos... - Ela riu, arfando ao que minha língua subiu um pouco, logo parou com a minha boca, onde mordi novamente.

Deixei um beijo na sua bochecha e ouvi meu celular vibrar. Bianca sorriu e me abraçou enquanto eu trazia o celular para perto de mim. Me sentei sobre sua coxa e desbloqueei o aparelho.

- O que houve?

- Pokémon Go. - Bianca revirou os olhos e acabei gargalhando. 

- Hey, Bimbim! Tem um Pikachu no seu peito, posso pegar? - Dessa vez ela quem gargalhou. - Han, não disse o que.

- Pode pegar, Duda. - A encarei com sobrancelha levantada e Bianca sorria sapeca.

- NIVEL 23! - Exclamei feliz, jogando o celular ao nosso lado. Bianca bateu na própria testa e gargalhou, enquanto eu comemorava minha nova captura.

- Você é tão lerda!

- Nah, eu acabei de pegar um Pikachu, nem deu tempo de ele fugir.

- Não era o Pikachu que você deveria ter pego. - Falou, levantando a frente minha blusa. Sorri maliciosa deixei que suas mãos continuassem, como já haviam começado a fazer, a explorar a pele do meu abdômen, me arrepiando cada vez mais.

- Eu... estava pensando em... talvez possamos... digo... ir... mais adiante... sobre... Vamos falar de sexo. - Franzi o cenho e Bianca mordeu o lábio inferior. - Eu quero transar com você, e não só como fazíamos das outras vezes. Eu quero ir adiante, e eu quero superar a droga desse medo que eu tenho. - Arregalei meus olhos, e lentamente me inclinei.

- Você tem certeza?!

- Sim, eu confio em você, Duda.

- Olha... não precisa se obrigar fazer isso...

- Não estou me obrigando, estou apenas tentando. Não se preocupe, eu vou ficar bem. - Assenti lentamente e engoli em seco.

- Você quer fazer agora?!

- Eu não sei... eu queria deixar acontecer, e então quando realmente fosse para acontecer, voxê não precisaria parar... pois, eu quero. - Assenti, logo acariciei sua cintura. Bianca arfou baixinho e segurou minha nuca.  - Foda-se. Sim. Eu quero agora.

Wishes | Duanca (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora