Capítulo 39

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Eduarda | POV

Eu e Bianca havíamos recém voltado da escola, e por compensação, Kátia saía da minha casa no mesmo instante. Não posso negar. Depois de dois meses, a situação não era mais tão estranha. Sempre que eu via Fábio, era a mesma história, ele parecia não se preocupar com o envolvimento da esposa, e os dois continuavam agindo normalmente um com o outro, não escondendo nem poupando os "Eu te amo" quando Fábio saia para beber ou apenas trabalhar, isso ao que eu estava por perto e via a interação. 

Por acaso, nossas famílias se davam terrivelmente bem. Era estranho imaginar que ménages poderiam facilmente acontecer com a nossa ausência, o que eu não duvidava. 

Sim, meio nojento. 

- Duda..- Bianca chamou, enquanto eu jogava um jogo de corrida na TV da minha casa. As pernas dela estavam sobre meu colo, ao que ela estudava algo. 

- Oi meu amor. - Falei. Bianca soltou o livro no chão e se aproximou de mim, me abraçando até cairmos no sofá. Acabei gargalhando, enquanto pausava o jogo e prestava minha atenção inteiramente nela. 

- Eu fiz o teste de gravidez por exame... eu tive coragem. - Falou. Levantei minhas sobrancelhas e minha namorada sorriu, enquanto uma expressão curiosa dominava meu rosto. 

- E..?

- Aparentemente, os meus anticoncepcionais funcionaram. Falei com a minha mãe sobre isso, e ela disse que o que eu tomo é bom, e nas pacientes dela, maioria das vezes funciona. Outras não porque algumas mulheres esquecem de tomar um dia ou outro... então... a gente conseguiu! Minha mãe disse que não importava se fizéssemos sexo sem preservativo, ela só pediu para que nos cuidassemos dessas doenças e que eu não me perdesse para tomar os anticoncepcionais... Essas coisas. 

- Ah... é uma ótima notícia! - Falei. Bianca sorriu e assentiu. 

- Eu... ainda continuo com o mesmo medo mas... eu não sei, fico tranquila sabendo que isso pode dar certo. 

- Por mais que tenhamos feito isso uma vez só... eu não queria parar com os preservativos... acho que você é mais corajosa que eu...- Bianca sorriu. 

- A gente deixa acontecer e então vê o que faz. O que acha? 

- Eu acho que a gente deveria ter o suricato logo. - Ela riu, selando nossos lábios entre crises de risadas. - Eu não vou conseguir te beijar se você não parar de rir, meu amor. 

- Eu sei, eu não estou conseguindo ficar séria. - Então ela começou a rir mais. 

- Hey, eu tenho uma piada. 

- Aí não, Eduarda eu não vou conseguir mais parar de rir. 

- Onde o robô compra perfume? - Bianca começou a rir mais. 

- Porra... 

- Na Roboticário. - Ela gargalhou. - O que o Mickey diz quando se queima? - Bianca não conseguia mais parar de rir. - Mickeymei. 

- PARA! 

- O que a cadela disse para o cachorro na frente da farmácia? 

- MARIA EDUARDA! 

- Mete ou late. - Bianca ficava vermelha de tanto rir, e era divertido e engraçado vê-la daquela forma. Sem falar que ela tinha uma risada adorável. 

- A última... 

- Não, pelo amor de Deus! 

- Qual a diferença do poste,da mulher grávida e do bambu? - Minha namorada tinha dificuldades respiratórias, mas eu continuava firme e forte pela zoeira. Bianca ria tanto, que as lágrimas escorriam de seus olhos com facilidade. - O poste dá a luz em cima, a mulher grávida em baixo... 

- Bianca, querida, vamos enfiar o bambu na bunda dela. MARIA EDUARDA, PARA DE TENTAR MATAR SUA NAMORADA! - Minha mãe disse, enquanto brotava na sala e logo caminhava até nós, puxando minha orelha em seguida. 

- Ai mãe! Eu estou fazendo ela rir! 

- Chega, olha a coitada...- Michelle pediu. 

- Mãe, eu quero te contar uma piada. 

- Ai meu Deus. 

- Qual o elemento mais bem informado da tabela periódica? - Minha mãe fez cara de peixe morto e acabei rindo. - O bário, porque ele está em cima do rádio. - Bianca gritou, voltando a soltar gargalhadas altas em seguida. 

- Ela deve estar muito apaixonada por você pra ficar rindo das suas piadas, filha. 

- Não me chamou de Eduarda! 

- Cala a boca, Eduarda! 

- Outch. 

- Duda! Meu amor, chega, eu vou embora. - Bianca avisou, enquanto tentava levantar. Segurei a mão dela e a puxei de volta para mim, a envolvendo nos meus braços com força. - Okay, eu não vou, mas chega. - Assenti rapidamente, beijando a nuca dela. 

- Eduarda, me ajuda. - Minha mãe falou, enquanto sentava do nosso lado. Me entregou o próprio celular e franzi o cenho. 

- Coloca o... timer... tumer tinber... 

- Tinder? - Perguntei. 

- Isso. 

- Mãe, pra que a senhora quer um tinder? - Bianca riu. 

- Por que tu acha, criatura? - Revirei meus olhos e assenti, logo comecei procurar o aplicativo. 



(...)



- Okay, agora pede sua idade. 

- Coloca entre 25 e 60. - Bianca gargalhou. 

- Mãe, a senhora precisa ser mais específica. 

- Então entre 26 e 59. 

- Coloquei sua idade verdadeira. 

- Filha da-.. mulher mais maravilhosa do mundo. - Falou convencida. 

- Okay. Diga algumas características suas pra- 

- Vejamos. Sou linda, maravilhosa, rica, inteligente, sexy sem ser vulgar, adiciona que tenho uma filha muito boa só para se impressionarem. 

- Han melzinho, não negando, sua filha é mais que boa, ela é extra maravilhosa. - Falei. Minha namorada apenas ria. 

- Quer uma bola de natal? Daí você pega, aproveita, e baixa pra ver se para de ser tapada. 

- Han Michelle, tenho duas bolas e estou muito contente. - E o chinelo acertou o meio da minha cara.  

- Continua a droga do meu perfil, Eduarda. - Bianca gargalhou 

- Tá mãe... oh...- Comecei a digitar, e logo falar em voz alta o que eu escrevia no aplicativo. - Mãe gostosa e solteirona, em busca de alguém que lhe satisfaça e lhe proporcione muito prazer... 

- PARECE NOME DE VIDEO PORNÔ! - Bianca gritou, enquanto gargalhava. 

- Sua namorada está certa. Façamos assim: deixa o gostosa, e o que eu já tinha dito antes. Adiciona que sou loira dos olhos verdes e que- 

- É a melhor mãe do mundo! - Falei com uma voz aguda, não mentindo. 

- As vezes eu não sei se amo ela, ou se jogo o chinelo na cara. - Minha mãe falou para Bianca. 

Sentei de forma correta no sofá, e Bianca se ajeitou, deitando a cabeça na minha perna. Bati no outro lado vazio e logo minha mãe se aconchegou, passando os braços por meu ombro e vendo o que eu escrevia Acabou que fui fofa descrevendo ela, e como eu realmente a amava, minha mãe me abraçou e beijou todo meu rosto por fim, fazendo  a outra rainha deitada no meu colo rir, com tamanha demonstração. 

- Tá, agora vou sair se não daqui pouco estamos fazendo um ménage. - Minha mãe falou, fazendo eu e Bianxa rir mais alto do que nunca. 

- Você tem a mãe, pode por favor deixa a filha pra mim?! - Pedi, outra vez ouvindo a gargalhada gostosa da gostosa.

Wishes | Duanca (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora