Capítulo 14

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Eduarda | POV

Minhas mãos - que estavam firmes em sua cintura - desceram, e logo pararam abaixo da blusa que ela usava, enquanto ainda nos beijávamos, porém com mais pressa dessa vez. Em algum momento, havíamos invertido nossas posições, onde eu estava em baixo, e Bianca obviamente em cima. Nossos lábios estavam prensados com força, e se moviam com rapidez, não me fazendo querer parar. Eu arrastavas minhas unhas pela pele de sua cintura, onde ainda segurava, e apertava, consequentemente sentindo as arfadas de Bianca contra meus lábios quando o fazia.

Eu não seria a pessoa para quebrar esse beijo.

Subi minhas mãos por suas costas, e assim, a blusa que ela usava subiu junto, deixando a pele do locar exposta, assim como parte do abdômen. Ela pareceu hesitar no exato momento, então quando foi se afastar, puxei seu lábio inferior, mal conseguindo respirar ao que ela voltou a me beijar.

Eu sentia falta de oxigénio, mas seu beijo estava maravilhoso, me fazendo não querer parar. Aproveitei morder seu lábio outra vez, enquanto enchíamos nossos pulmões de ar. Minhas mãos foram descendo, até pararem na curva de sua bunda, na altura de suas ancas, então apertei minhas unhas na região.

Bianca quem avançou, dessa vez. Colou ao que eu tentava parar de ofegar, e me fez falhar miseravelmente no ato, quando senti muita vontade de responder seu beijo. Desci um pouco mais as minhas mãos, parando com ambas em sua bunda, e já apertando e sentindo o formato perfeito em minhas mãos.

Foi quando meu celular começou a tocar. Bianca se afastou, não deixando de encarar meus olhos, e eu juro que quis esconder minha cabeça num buraco - não disse qual cabeça, nem qual buraco - quando ela olhou para baixo e deu um sorriso. Revirei meus olhos e peguei o celular do bolso, percebendo ser minha mãe a ligar.

- O que tu quer?

- Fala direito que te segurei nove meses na minha barriga, ingrata. - Bufei e Bianca riu, logo se levantou. Fiz o mesmo. - Eu liguei pra perguntar se você queria alguma coisa, mas agora não vou mais comprar só por ter respondido assim.

- Mas-

- Tu já quebrou um pedaço do dente, não queira que eu quebre o resto.

- Okay mãe. Também te amo.

- Ah, vai a merda Maria Eduarda, não sou obrigada. - E então ela desligou.

Bianca estava rindo, suas bochechas coradas e seus passos lentos até a pipoca e os refrigerantes. Ela devia ter ouvido, pois Michelle não sabia que era desnecessário gritar durante uma ligação. Ela achava que quanto mais alta sua voz, melhor era o som para mim, penso eu.

Mães...

- Podemos assistir a droga do filme? - Bianca perguntou. Assenti e a ajudei, pegando a pipoca e deixando as latinhas de refrigerante.



(...)



O filme estava pela metade. Michelle demorava mais do que previsto e eu não parava de olhar para as coxas de Bianca, que estava parcialmente deitada no sofá, do outro lado da sala em relação ao meu lugar. As coxas, o abdômen, os peitos, o rosto... Santa Beyoncé. Porque eu sou tão tapada a ponto de não perceber o quanto ela era gostosa - e continua sendo - antes?

Eu não sabia o que diabos estava acontecendo naquela tela de tv, mas me senti obrigada a encará-la outra vez, assim que o olhar dela caiu sobre mim. Bianca ficou em pé e eu a fitei.

- Vou ir tomar água. - Assenti. - Depois dessa sua longa secada, haja água pra me hidratar outra vez, não é mesmo? - Perguntou, já saindo da sala.

Acabei gargalhando, e logo ouvi sua risada também.

A porta da frente foi aberta com brutalidade, me fazendo dar um pulo com tamanho susto, mas logo me acalmei ao perceber que era apenas Michelle.

- Vai ficar olhando, ridícula? Não vai me ajudar com as sacolas? - Perguntou. Caminhei até ela e a ajudei, segurando dois pacotes até a cozinha, onde Bianca estava. Minha mãe logo entrou no cômodo.

- Bianca!

- Oi, tia Michelle.

- Como vai, querida? - Minha mãe perguntou. Revirei meus olhos para sua gentileza, nunca ouvida diretamente para minha pessoa.

- Estou bem. E você?

- Ah, vida que anda, filha inútil... mas eu estou bem sim. - Bianca riu e outra vez revirei os olhos.

Começaram a conversar sobre algo que eu não me importava muito em seguida.

Logo que a minha mãe saiu da cozinha, obrigatoriamente, comecei guardar as compras.

Bianca ofereceu ajuda para o ato mas recusei, realmente não estou precisando. Seus lábios chocaram contra minha bochecha e me virei para fitar seu rosto.

- Eu preciso ir, está no meu horário... - Assenti rapidamente.

Fui com ela até a porta, e apenas trocamos um abraço, quando ela ficou perto o suficiente. Bom, seria frustrante para mim dizer que eu esperava outra coisa mais, até eu cruzar o corredor de minha casa, onde finalmente me dei de conta.

Que diabos eu estava fazendo com nossa amizade? Eu não queria mudar.


Wishes | Duanca (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora