Capítulo 15

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Eduarda | POV

Bati a cabeça contra o livro onde eu tentava fazer as atividades de filosofia, e ri ao que Matheus e Isa começavam uma breve discussão sobre o assunto que ambos estudavam em particular.

Estávamos no meu quarto, os dois estudando para uma prova que ocorreria no dia seguinte, vulgo sexta feira, e eu apenas fazendo algumas tarefas.

- Mas como pode terminar com raiz quadrada se não tem ao quadrado aqui em cima, criatura. - Ri da explicação de Matheus.

- Aí que tá. Você não tá vendo o dois aqui em cima? - Minha amiga retrucou.

- Isabella, você copiou errado. - Algum silêncio foi ouvido e quis gargalhar, mas não faria isso. Isabella ainda iria me bate. Não que eu tivesse medo, né.

- Oh. - Ela disse simplesmente. - Eduarda, fique na sua e vai fazer suas tarefas. - Olhei para trás e Matheus ria.

- O que?! Mas eu nem disse nada!

- Relaxa, Isa. É matemática, nem é tão difícil. - Meu melhor amigo avisou.

- Meu pau, Matheus. Eu não sirvo pra essa merda. - Isabella pegou uma lixa de unha e Matheus negou, enquanto sorria e voltava sua atenção para o caderno em seu colo.

Meu pau. Eu sou a garota que tem pau aqui.

Dei um pulo com o susto, não que eu teria levantado algum dos meus melhores amigos, mas sim com vibração de meu celular.

- Acho que chegou uma Bianca pra você. - Isabella retrucou. Peguei o celular enquanto revirava os olhos e ouvia Matheus rir.

- Você ainda não parou de falar com ela, desde que chegamos aqui. 

- Cala a boca.

Abri a mensagem e realmente era Bianca. Havia um vídeo de um gatinho tocando teclado, o que foi inevitável para rir. Que gatinho fofo.

- E você ainda fica puxando assunto. Essa menina não tem o que fazer? Nem alguém mais legal para ficar conversando? - Minha melhor amiga falou outra vez.

Respondi Bianca rapidamente e bloqueei o celular, logo ouvindo o mesmo vibrar com outra resposta sua, assim que o larguei sobre a mesa de notebook onde eu estava. Isabella revirou os olhos e girei meu corpo na cadeira giratória. Acontece que não parei de girar. Duh, adoro essas cadeiras.

- Ela fala comigo porque eu sou legal, Prezotto. Basta aceitar. - Isabella gargalhou e apenas vi Matheus sorrindo de relance. Eu ainda estava girando a cadeira.

- Aposto que você fica mandando nude, vagabunda do jeito que é... - Matheus gargalhou e Isabella apenas riu, me fazendo corar e revirar os olhos.

- Ou ela fica te mandando nudes, Eduarda? - Matheus quem falou dessa vez.

- Primeiro que não ficamos trocando nudes, segundo eu preciso terminar minhas tarefas e terceiro vocês não tinham que estudar? - Isabella revirou os olhos.

- Somos inteligentes, não precisamos disso. - Ela falou.

Gargalhei e logo uma almofada voou contra minha cabeça, me fazendo cair da cadeira onde eu girava com uma enorme empolgação anteriormente.

- Vagabunda.

- Tá, mas agora falando sério. - Matheus começou a bater o esmalte azul na palma da mão, e logo abriu, sem tirar os olhos de mim, que ainda estava caída no chão. - Eu estou cansado desse lugar, espero que as pessoas mudem... e contem a verdade para os melhores amigos. - Entregou o esmalte para Isabella e ela logo começou a pintar as unhas dele. - Duda, diz na cara, 80 ou 8-

- Na verdade, é 8 ou 80, Matheus! - Isabella exclamou. Matheus revirou os olhos.

- Mas isso não importa. Quero a verdade. - Isabella sorriu maliciosa e agora ambos me encaravam. - O que está acontecendo entre você e a Tatto?

- Sai daí, oh Pedro Bial. - Cai na gargalhada e Matheus revirou os olhos com o comentário de Isabella, que apenas riu. - Ah vocês sabem né... noite... vinho... tainha... muito sexo. - Isabella falou, ao que me parecia, imitando minha voz. Gargalhei mais ainda e acabei deitando no chão.

- Vocês são tão idiotas. - Falei, tentando me recompor e me levantando do chão.

- E você é men.ti.ro.sa. - Matheus concluiu, voltando a pintas as unhas, dessa vez por conta prórpia.

- Eu não minto para vocês. - Falei, pegando o caderno de Isabella e sentando na cama junto a eles. Era cada conta estranha.

- Aham. Tá. Senta lá Cláudia. - Isabella comentou, puxando o caderno da minha mão.

- Só não nos conta a verdade. Fizemos uma pergunta. Vai responder? - Mordi o lábio inferior e pensei por alguns segundos. Não que eu visse problema em contar sobre eu e Bianca, mas eu estava pensando em não contar apenas sobre isso.

Meu celular vibrou outra vez na mesinha, e por pura sorte, eu havia mudado a senha pois quem pegou foi Isabella.

- Vagabunda! Você mudou a senha! - Ela gemeu frustrada e tentou outra vez, enquanto eu apenas ria.

- Sou esperta, Prezotto. - Fui até ela e tentei pegar o celular, o que fora impossível. - Você vai bloquear a droga do aparelho! - Pulei para alcançar o negócio e a escrota master começou a rir.

- Tão esperta que vai ficar com o celular bloqueado. - Matheus falou, já fechando o esmalte que usava. Soprou as unhas e fiz bico, me jogando na cadeira giratória.

- Eu e a Bianca ficamos três vezes. - Falei por fim. Os dois me encararam ao mesmo tempo, e permaneceram como se estivessem vendo um fantasma. - Posso ter meu celular de volta? - Isabella abriu um sorriso e entregou o aparelho, logo deu um grito, que realmente me assustou.

- AH, MATHEUS, VOCÊ ME DEVE 50 PRATAS! - Exclamou enquanto comemorava. Meu amigo arregalou os olhos e começou a negar. Eles tinham apostado isso?! Vagabundos.

- HEY! Calma, Isa! - Pediu e logo seu olhar caiu sobre mim e então levantei minha sobrancelhas. - Vocês transaram?

- O que?! Não! - Exclamei, quase caindo da cadeira pela segunda vez. Matheus deu um pulo e Isabella emburrou a cara.

- AH! APOSTA DIMINUIDA PARA 25, ISABELLA PREZOTTO!

- Ela me masturbou.

- AH! ACHO QUE ALGUÉM ME DEVE AO MENOS 35 PRATAS SICILIA! ESPERA, O QUE EDUARDA? Tia Michelle sabe disso? - Girei a cadeira e peguei o lápis, voltando a atenção para o caderno.

- Sinais iguais leva ao positivo, e sinais diferentes ao negativo, Isabella. Tia Cristiane sabe disso? - Parei por alguns segundos e encarei minha melhor amiga, que tinha feição irritada. - Porque você não sabe.

Wishes | Duanca (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora