Capítulo 6

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Eduarda | POV

- Eduarda! - Bianca exclamou, enquanto ria da minha cara, ao mesmo tempo, sentava no sofá da sala da minha casa. Porque as pessoas gostam tanto de rir da minha cara? - Você não vai expor ninguém na internet,e não vai processar também. Aquiete esse fogo pois quem quis um pau foi você.

- Aquieta você esse fogo na Biancazinha. - Bianca gargalhou outra vez. Me sentei na ponta do sofá e suspirei, passando as mãos por meus cabelos. Esperei a louca retardada e ridículo parar de rir, e logo voltei a falar. - Eu preciso falar com seu pai... isso é tão estranho... droga, vai ser tão vergonhoso...

- Meu pai não iria rir de você, Duda. Eu não fiz isso...

- Você saiu correndo!

- Eu vi o seu pau, queria que eu ficasse olhando para sua cara como se fosse a coisa mais normal do mundo?

- Eu me sinto uma aberração... - Tampei meus olhos e suspirei, deixando meus ombros caírem.

- Eu não quis dizer isso, Duda. - Percebi seu corpo ao lado do meu e seus braços me envolverem. Não era a primeira vez que aquilo acontecia.

- Eu correria se visse qualquer pau. É normal para uma garota... quieta, talvez, como eu. Mas eu voltei, não voltei? Isso não te torna uma aberração... só te torna um pouco babaca por ter pedido justamente isso... - Ela riu baixo, o que me fez rir junto, afinal, Bianca estava certa. - Você poderia ter pedido para se tornar a pessoa mais rica do mundo, poderia pedir todas as garotas aos seus pés... você poderia pedir pedido a paz mundial, Duda. - Revirei meus olhos e fiz bico.

- Eu já joguei a bosta no ventilador, não precisa juntar e jogar na minha cara, Tatto. - Ela gargalhou, logo abracei sua cintura.

- Você poderia ter simplesmente pedido para não ter mais cólica, mas você pediu um pau de 25 centímetros. Eduarda, seja lá quem for a corajosa que vai usar isso por você, a garota já pode se dizer quebrada ao meio. - Ri alto. Era verdade.

- Eu não quero ficar com ninguém! Não tendo isso entre minhas pernas.

- Isso é vergonha ou covardia?

- Isso é minha mãe voando na sua cara se você não parar de esfregar na minha que de 100 coisas que eu faço, no final, 101 sempre irão dar errado por minha mania de ser uma babaca. - Ela gargalhou. - Jesus, eu nem tenho mais pepeca pra pegar fogo. - Ela gargalhou outra vez, dessa vez tão alto que acabei levada pela risada.

No fim, apenas paramos quando ela estava jogada no tapete da sala, e eu toda torta no sofá, ainda rindo dela e ela de mim.

- Eu não consigo não rir com você, Duda. - Ela falou, limpando as lágrimas dos olhos. Eu também tinha chorado de tanto rir.

- Eu sou escrotiane, né?

- Muito. - Ela voltou a sentar do meu lado.

- Okay. No fim, não chegamos a comer no restaurante. - Lembrei, a Bianca assentiu e riu.

- Você nos fez ser expulsa, logo que ameaçou o garçom com aquele vaso de planta. - Revirei meus olhos e outra vez ouvi sua risada.

- Quer pedir pizza?

- Duas.

- Ui, dragãozinho. - Brinquei.

Tirei meu celular do bolso e ri com a cara fechada de Bianca.

- Para que eu sou fofa, sou um ursinho lindo.

- Claro... Então eu sou a baby mamba. Afinal, agora tenho uma cobra mesmo, não é mesmo? - Outra vez, ouvi sua risada.


(...)


Subi as escadas correndo, quase cai, mas o chão é minha gravidade, então não foi um tombo. Entrei no quarto da minha mãe, e a vi fuçando em uma caixa.

- Mãe, empresta o carro para eu levar-

- Filha, olha que legal. - Ela ficou de frente para mim, com um brinquedo colorido na mão direita. Era um pau de borracha meio reclinado.

- Mãe! Para de trazer essas mercadorias da sua loja para cá! - Ela sorriu.

- Eu não te mostrei a melhor parte do brinquedo, calma aí. - Bati na minha própria testa ao que vi minha mãe tatear o pau de borracha, logo sorriu ao encontrar algo. - Achei sua cara. - O brinquedo foi ativado, e então começou a girar. Não era um simples giro, dentro do pau haviam luzes, que aumentavam e diminuíam velocidade ao que minha mãe apertava o botão do objeto.

Encarei profundamente os seus olhos, corando mais do que qualquer coisa, corando mais do que qualquer outra coisa. Michelle era impossível. Ela apertou o botão outra vez, e como em uma sirene policial, as luzes coloridas mudaram, dessa vez exibindo o que eu já imaginava ser as cores da bandeira gay. Michelle ficou um longo tempo equilibrando seu olhar cheio de expectativa entre mim e o pau, que não parava de girar.

Observei mais alguns segundos e o silêncio começou a se tornar mais constrangedor. Ela se aproximou de mim com o negócio na mão e o pau - que aparentava ter uns 20 cm - continuou girando, mais rápido dessa vez.

- Eu sei que tu não gosta da fruta, mas é com carinho... eu estou te dando de presente. - Ela ofereceu, me fazendo fazer cara de nojo.

- EW! NÃO! MICHELLE! - Gritei. Minha mãe riu e jogou o brinquedo em minha direção, me fazendo segurar para não deixar cair e estragar. Estendi de volta em sua direção, e ela negou, voltando para a caixa.

- Tenho alguns plugs anais se quiser.

- Eu só quero a chave do carro, pelo amor de Deus.

- Já está saindo para usar seu novo equipamento?! Nossa, que rápida. - Bati na minha própria testa.

- Eu vou levar Bianca para casa.

- Pega, mas cuidado. Esse negocio fica violento do nada, acho que deve ser algum sensor de gozo. - Segurou meus ombros e me girou, logo lançou para fora do quarto.

As chaves do carro pararam em minha mão, e quando eu achei que a situação não poderia ficar mais constrangedora, vi Bianca na porta das escadas.

Descobri algumas novas funções no brinquedo:

Seu botão fica em um lugar de fácil acesso, ele vibra com a potência máxima, assim como as luzes se agitam mais.

Ele toca o hino americano.

Wishes | Duanca (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora