Capítulo 28

706 38 9
                                    

Eduarda | POV

Bianca riu e continuei enchendo seu rosto de beijinhos, na expectativa de que a preguiçosa abrisse os olhos. Estávamos ainda na minha cama, e o ponto era que nem deixava para abrir os olhos a preguiça. Beijei a bochecha dela e depois a testa repetidas vezes até chegar no queixo.

- Bimbim... acorda... - Ela riu baixinho, agarrando mais meu corpo ao que eu roubava selinhos, na sua boca dessa vez.

- Eu estou acordada, Duda.

- Então abre os olhos... - Ela sorriu.

- Não posso.

- E por que não?

- O brilho da luz incomoda...

- Ah, quer que eu saia então? - Bianca gargalhou e acabei rindo junto, enquanto voltava a deixar beijos pelo rosto dela. 

- O brilho da luz na janela, Eduarda. Não o seu. - Assenti e desci os beijos, até parar no pescoço dela.

- Como você está?

- Eu estou bem. - Movi minha língua pela sua pele morena e ela riu baixinho, ao que levava a mão até minha nuca. Bianca começou acariciar a região, enquanto eu me concentrava no seu pescoço.

- Que bom que está... - Mordi lentamente e Bianca arfou.

- O que você está fazendo...? - Perguntou. Ri baixinho e me deitei em cima dela, fazendo Bianca rir. Ela passou as pernas ao redor da minha cintura, e decidi usar meus braços para segurar a mim mesma ali. Fui subindo os beijos até parar na boca dela, onde mordi fraco, e logo percebi seu sorriso. - Você está excitada? - Engoli em seco e neguei.

- Eu... hm... não. É xixi. - Bianca gargalhou, porém não abriu os olhos ainda.

- Eu percebi quando você levantou mais cedo e foi ao banheiro, sabia? - Corei e calei a boca dela, a beijando lentamente.

- Não importa, quero que você abra os olhos. - Ela gargalhou.

- Mudou de assunto. Ei, eu não me importo de te ajudar com isso. - Sorri e voltei a encaixar nossos lábios, movendo minha cabeça lentamente, enquanto Bianca sorria e respondia. Passei minha língua pelo lábio inferior dela e suguei o mesmo, logo Bianca deixou a boca entreaberta, permitindo que minha língua fosse de encontro com a sua.

Começamos uma breve batalha, que de forma alguma me ajudava lá em baixo. Bianca acabou ganhando, e ao invés de continuar me beijando, ela parou meio que de imediato, pela primeira vez abrindo os olhos naquela manhã.

- O que houve? - Perguntei, acariciando seu queixo lentamente. Ela pareceu pensar por alguns segundos e então negou.

- Nada... - Tentou voltar a me beijar, porém me afastei. - Não foi nada, Duda... eu só...

- Bianca, você sabe que eu me preocupo com você e-

- Eu estava pensando se deveríamos transar agora. Era isso. Mas eu não sei se quero... se... estou pronta...

- Oh... Eu... te machuquei ontem?

- Não... não foi por querer... - Arregalei meus olhos e ela sorriu. - Você só tem que entender que é grande de mais, e que... eu não estava acostumada.

- Oh meu Deus, me desculpa. - Ela gargalhou. - Mas eu gostei. De verdade.

- E sobre o que aconteceu depois. - Seu polegar foi até meu lábio inferior, fazendo o contorno do mesmo, ao que um simples sorriso surgia.

- Não vai mais repetir. Eu não pensei na hipótese... apenas achei legal comprar algumas besteiras para a gente comer assistindo alguma coisa hoje... - Ela assentiu e levantou a cabeça, me roubando um selinho.

- No fim acabamos com tudo pela madrugada.

- Mas te fez sentir melhor? - Bianca assentiu outra vez. - Então valeu a pena. - Ela sorriu e puxou minha nuca, selando nossos lábios outra vez, até eu me jogar para o lado e puxar a coberta. - AGORA ACOOOOOOOOOOORDA MARIA JOSÉ! - Ela gargalhou e agarrou meu corpo.

- Vagabunda! Você ligou o ar condicionado?! Está frio pra caralho, Maria Eduarda!

- Eu amo frio. Olha como você me agarrou! Para que se não eu gozo, que pegada hein?! - Bianca gargalhou e soltou meu corpo, logo sentou na cama.

- Você é tão boa em estragar o clima... literalmente.

- Duh... - A porta foi aberta com força e minha mãe entrou no quarto, indo até mim e me dando um tapa.

- Para de fazer barulho... - Deu outro tapa. - ...desgraça... - Gargalhei e acariciei meu braço, vendo Bianca gargalhar enquanto levantava da cama. - E bom dia para as duas, porque eu, com a filha que eu tenho, sossego e um dia bom é o que eu nunca vou ter.

- Bom dia, tia Michelle! - Bianca exclamou, caminhando até minha mãe e a abraçando.

- Maria Eduarda, tu podia ser tipo a Bianca né? Olha que menina amorosa. - Bianca riu. - Ela também é bonita. Deus me deu uma filha errada pra castigar as coisas que eu adoro vender, só pode.

- Puxando saco da sogra, baby? - Perguntei. Bianca arregalou os olhos e minha mãe a fitou, tendo um olhar incrédulo. Eu juro que quis gargalhar.

- Não, vou te largar e fugir com sua mãe, ela é mais legal. - Respondeu, me fazendo emburrar a cara.

- Viu, Eduarda?! Essa menina sim é esperta. Bianca, você está perdendo tempo com ela. - Minha mãe disse. Bianca gargalhou. - Mas vocês estão namorando?

- Sim. - Falei, sentindo minhas bochechas corarem.

- Oh. - Minha mãe fitou minha namorada, mesmo que ainda estivessem uma abraçada na outra, e então Bianca devolveu o olhar. - Tenho uns álbuns da Eduarda lá em baixo, então se quiser nudes é só pedir pra mim. Ela era um bebê bem flexível, e adorava ficar com a pepeca de fora. - Bianca gargalhou e senti minhas bochechas corarem.

- Okay, eu gostaria de ver isso. - Bianca afirmou e Michelle assentiu.

- Vou fazer almoço, e então podemos ver depois, enquanto minha amada filha lava meu carro. - Minha namorada riu e assentiu.

- Você vai fazer almoço?! Bianca, pelo amor de Deus, ajuda ela.

- Cala a boca, desgraçada. - Gargalhei e minha mãe revirou os olhos. Bianca a soltou e Michelle foi até a porta. - Agora falando sério, controlem seus hormônios perto de mim. Obrigada.

(...)

Cruzei meus braços e Bianca riu, ao que eu outra vez fazia birra. Minha mãe colocou a lasanha na mesa, e minha barriga roncou. Era assim, minha mãe fazia lasanha - meu ponto fraco - para me convencer de que ela sabia cozinhar. Acontece que aquele era o melhor prato de Michelle, e eu nunca resistia.

Mas como ela dizia, eu não iria dar a raba a comer.

Servi meu prato e logo sentei de volta.

- Para de ser mal educada e sirva sua mãe e sua namorada, escrota. - Michelle falou. Bianca estava apenas em risos ao meu lado.

Fiz o que minha mãe pediu e logo voltei para meu lugar, começando a comer. Quase tive um orgasmo como gosto daquilo, e percebi que minha mãe estava com o peito estufado, se achando já a bocetuda.

Eu não daria a raba a comer.

- Está sem sal. - Cruzei os braços e Bianca levantou a sobrancelha.

- Você gemeu quando comeu, Duda...

- Eduarda, a única coisa sem sal aqui é você, Eduarda. Então Eduarda, se está achando o gosto ruim, Eduarda, pega a droga do seu prato e joga a comida no lixo, Eduarda.

- Eu estava brincando olha isso tá maravilhoso. Tô comendo, mãe. Seus olhos são lindos. - Bianca gargalhou e me concentrei no garfo, enquanto Michelle sorria triunfante.

- Bocetuda não se discute, Eduarda. Sou eu e ponto.


N/A: GENTE KKKKKKKKK Juro eu amo a relação da Duda com a mãe dela nesta fic, cada cap que passa é melhor, vcs vão ver.

Wishes | Duanca (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora