Reincarnation {Malila}

Capítulo XVIII

— Cê quer agora? - Perguntou fazendo menção em colocar o garotinho em seus braços no chão, logo vendo a mulher negar.

— Quando você voltar, temos.
muitas coisas para conversar.- Dona Ruth avisou depositando um beijo na cabeça do neto e logo no da morena que o segurava.

Seguiu até sua filha e a abraçou forte, logo depositando um beijo nas bochechas fofinhas da loira que sorriu lhe abraçando.

Maraisa colocou o pequeno no chão e ele logo segurou sua mão, a puxando para um pouco mais perto da loira para que pudesse segurar a mão dela também.

— Divirtam-se.- Colocou um sorriso no rosto ao ver o menininho com um sorrisão no rosto.

Leozinho contava animado sobre os brinquedos do parque e seus amiguinhos que ele não via á algum tempo.

Falava sobre a escola e como queria que as aulas voltassem para que a loira pudesse conhecer seus amiguinhos de classe e suas professoras que segundo ele eram muito legais e bonitas.

— Mamãe vai ver esse povo todinho aí que cê tá falando.- Comentou vendo o mais novo lhe olhar, logo deixando a cabecinha cair para o lado.— O que foi filho?

— Por que você demorou muito? - Questionou vendo a loira lhe olhar confuso.— Tinha muito trabalho?

— A mamãe tava fazendo muitos shows Leozinho, por isso não conseguiu te levar antes.- Maraisa tomou a frente ao ver a loira sem saber o que falar e o menininho levou sua atenção a ela.— Como é trabalho, ela precisava cumprir. Ela preferia estar com você, mas ela não pôde.

— Você vai fazer mais shows mamãe? - Perguntou voltando a olhar para a mãe que negou com um pequeno sorriso no rosto.

— Agora a mamãe tá de férias.- Afirmou vendo-o colocar um sorrisão no rosto novamente, logo voltando ao assunto de antes.

Voltando ao passado, Marília se perguntava como era lidar com sua ausência. Tinha pura certeza que enquanto fazia seus shows, em meio a um intervalo e outro sempre fazia chamada de vídeo com o pequeno.

O que lhe diziam quando ele queria falar com ela? Ou quando ele queria fazer chamada de vídeo? Sua ausência o marcou, isso era claro ao quão grudado ele estava.

Mas ela amava isso.

Ela amava estar agarrada ao seu pequeno e aproveitaria ao máximo esse tempo com ele, apagar o momento perdido para que ele pudesse ter o máximo de memórias com ela.

Não tinha medo de morrer, de forma alguma. Talvez o pequeno ainda fosse muito novo para lembrar da mãe no futuro, mas ele teria muitas fotos, vídeos e sua mãe teria muitas histórias para contar.

Mas não queria morrer, queria acompanhar ali o crescimento de seu pequeno, estar ao ladinho de sua mãe como deveria ser, feliz ao lado de seus amigos.

Mas confiava nos planos de Deus, o que tivesse que ser, seria.

Ao chegarem, Léo tirou a sandália do homem aranha nas pressas e entregou a Maraisa que sorriu. O mais novo seguiu até o balanço acompanhado da mãe que  fez questão de balança-lo.

Maraisa sentou-se em um banco abaixo de uma árvore enorme, apoiou sua cabeça no tronco e suspirou fundo. Ar puro.

— O tempo é tão curto, sabia? - a voz de uma senhora que não lhe parecia desconhecida se fez presente o que acabou por assusta-la.

Levou a mão ao coração e olhou para a mesma ao seu lado, que tinha um pequeno sorriso no rosto olhando para a loira que brincava com o menino.

Era a senhora da fonte.