Capítulo XXVIII

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O caminho até a casa do tio da loira não foi tão demorado, o pequeno dormia na cadeirinha no banco de trás e ela quem dirigia.

Maraisa tinha a atenção na janela ao seu lado e parecia realmente pensativa, isso de certa forma lhe intrigava. A morena não era tão calada.

Estacionou o carro em frente a casa do tio e antes que a mais baixa pudesse abrir a porta do carro, a mão de Marília segurou a sua, roubando sua atenção.

— Tá tudo bem? - Questionou vendo a mesma colocar um pequeno sorriso no rosto e assentir.

Não, não estava e ela sabia.

Mas preferia deixar a conversa para outra hora, quando chegassem em casa. Não era o momento, nem o lugar apropriado para aquilo.

Desceu do carro e seguiu até a morena, puxando-a para um beijo, o que acabou por arrancar um sorriso da namorada. Abriu a porta de trás do carro e soltou o menininho da cadeirinha o pegando no braço.

O mais nova acabou por acordar e coçou os olhinhos, deixando um biquinho adorável. Marília sorriu com a cena e distribuiu alguns beijinhos por todo seu rosto.

Colocou o pequeno no chão, esse que sorriu ao perceber que haviam chegado e correu até a porta. Marília entrelaçou sua mão a de Maraisa e sorriu puxando para deixar um beijo na mão da morena.

O pequeno Léo, pulava tentando alcançar a campainha, Maraisa sorriu com a visão e ao se aproximar pegou o menino no braço, para que ele apertasse e assim o fez com um enorme sorriso.

— Obrigado, mamãe igual.- Agradeceu colocando um sorriso no rosto, esse que deixava todos os seus dentinhos a amostra, fazendo com que consequentemente seus olhinhos se fechassem.

Igualzinho a sua mãe.

— De nada, meu amor.- Maraisa acabou por deixar um enorme sorriso escapar, era estranho não ser a "titia igual", mas gostava de ter o pequeno lhe chamando daquele jeito. Aquilo de certa forma, havia melhorado em cheio seu dia.

Marília observava tudo com um enorme sorriso, estava tão feliz com o que vinha acontecendo, que suas memórias que tanto almejava, já não faziam mais tanta diferença.

Queria lembrar de quando conheceu as gêmeas, de quando teve o Leozinho, da sensação que foi senti-lo em sua barriga. Mas também, se não voltassem, não se importaria nem um pouco em fazer novas memórias.

A porta foi aberta por Nayara, viúva de seu tio. A mulher assustou-se ao ver a loira ali em pé, a olhou de cima a baixo, ainda assustada.

— Eu vi no noticiário, nas redes sociais, mas assim pessoalmente me assusta.- Concluiu com os olhos presos na loira que acabou por coçar a nuca com um sorrisinho.— Como isso é possível?

Era uma pergunta que não tinha uma resposta. Mas aquela resposta que caberia em qualquer situação, nada é impossível para Deus.

Tudo pode acontecer, das coisas que para ti parecem impossível para Deus, não são. E isso de certa forma era um dos motivos pelo qual, ela sempre acreditou e confiou nele. Porque ele sabe de tudo, ele pode tudo.

— Entra, pode entrar.- A mulher concluiu dando espaço para que entrassem e assim o fizeram.— Leozinho.

O menino lhe deu um sorriso, ao ser colocado no chão por Maraisa e acompanhou as adultas ali presente até a sala.

— Tia, cadê a Laurinha? - O pequeno perguntou ao ver que a prima não estava por ali e a mesma logo apontou para o quarto com um pequeno sorriso.

Ao verem o pequeno sair do cômodo, a mulher bateu no sofá para que as duas sentassem e assim o fizeram. As olhava curiosa, esperando uma resposta. Não como se fosse capaz de entender como aquilo era possível, por que seu marido não poderia voltar também?

Reincarnation {Malila}Onde histórias criam vida. Descubra agora