Capítulo V - 2°

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Experimentei escrever com pov pra ver como ficar. Eh sobre isso. Espero que gostem Kakakakakak depois me digam se preferem dessa forma ou em forma de narração 💜

E eu preciso dar um spoiler do prox Cap desde já, ele é muito 😰

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Marília

caminhei até o quarto com meu filho atrás de mim e antes que eu pudesse dizer algo, ele colocou a cabecinha para fora e olhou para os lados antes de voltar a me olhar.— Tinha uma mulher aqui, mamãe.

Passei minhas mãos pelo rosto, olhando para o meu pequeno que novamente olhou em volta do quarto. Pensei em como Perséfone costumava aparecer do nada nos lugares.— Como ela era?

— Ela era alta e tinha cabelo preto.- Ele parecia pensativo, como se tentasse lembrar de mais detalhes.

— Não consegui ver mamãe eu saí correndo.- Contou e apenas balancei a cabeça em afirmação.

- Mamãe vai dormir com você, tá bem? - Concluí recebendo um assentir dele que deitou deixando um espaço em sua cama para que eu fizesse o mesmo e assim o fiz, o puxando para um abraço.

Após enfim pegar no sono, levantei da cama e ao sair do quarto, tratei de ir até onde Maiara estava com Maraisa e a vi dormindo sozinha.

Segui até a escada e ao chegar no penúltimo degrau, pude ver Maraisa parada ali em pé de costas para mim. Ela estava com o celular próximo ao ouvido e parecia impaciente.

Havia punhos formados em suas mãos, parecia apertar o celular com certa força. Tirou o celular do ouvido, então aproveitei a oportunidade para me aproximar dela.— Amor, tá tudo bem?

— O Fernando não me atende.- Concluiu voltando a levar o celular ao ouvido, me aproximei dela a envolvendo em meus braços, logo ouvindo a voz sonolenta do homem se fazer presente do outro lado da linha.

Alô? Quem é?

Me dá um motivo pra não acabar com você.- Seu tom acabou saindo ameaçador, o que fez Fernando identificar imediatamente quem era.

Hum, Maraisa? - O tom sugestivo lhe arrancou uma risada sem humor.

Não banque o sonso.- A raiva que exalava deixava o ambiente em volta um pouco pesado.

Mas o que rolou? Eu tava dormindo.- O homem parecia impaciente aquela altura, ele parecia realmente não ter a mínima ideia do que estava acontecendo.

Mas que porra, ate quando você vai importunar a minha irmã? - Questionou irritada com o tom de voz alterado, eu sabia que ela não iria querer acordo, seu ódio por ele já vinha de muitos anos.

Do que cê tá falando? - Ele parecia realmente confuso e Maraisa percebeu isso, mas em momento algum lhe passou pela cabeça que ele poderia não ter feito nada.

- Hoje, na rua principal.- Levou a mão livre ao cabelo e coçou o mesmo fechando os olhos, ela estava exausta.

- Maraisa? Eu nunca nem fui nesse lugar, na verdade eu nem sabia que existia.- Concluiu confuso, recebendo uma risada sem humor da minha esposa que mordeu o lábio inferior e suspirou fundo.

- Cê espera que eu acredite nessa mentira?

- Não é mentira, eu passei o dia inteiro com a Valentina comemorando o lançamento da minha nova música.- Avisou, logo soltando um suspiro cansado.- a gente chegou do bar há algumas horas e ainda estamos juntos.

Algo vinha nos afetando desde a chegada de Perséfone, isso era claro. Não brigavamos tanto, não ficávamos tão exausta quanto estávamos.

- Não acredito que consiga ser tão cara de pau.- Entendia todo aquele ódio que Maraisa sentia naquele momento, não fazia sentido não ser ele. Por que Maiara chegaria daquele jeito se não fosse?

Poderia ser por causa da bebida? Ela bebeu e acabou vendo coisa onde não tem? Ou viu alguém e achou que era o Fernando?

Eu realmente me perguntava se de alguma forma a Maiara teria confundido por causa da bebida.

- Amor... amor.- Os sussurros do homem eram ouvidos um pouco distante da linha.- Tem uma louca no telefone, avisa ela onde estávamos.

— O que é Fernando!? - Perguntou a mulher impaciente e após alguns sussurros não audiveis, sua voz tomou conta da linha.— Não que seja da sua conta, mas passamos o dia inteiro festejando o lançamento da música, chegamos quase agora.

Eu não quero mais saber da sua irmã, de verdade. Eu não sei o que aconteceu, mas não me envolve mais nessas paradas não.- Após o dito, a ligação foi encerrada.

— Eu acho que realmente não foi o Fernando.- Concluí pensativa após alguns segundos de puro silêncio, logo tendo sua atenção.

Entrou no google em busca do local no qual ambas haviam ido e se assustou ao ver a data ali.— Amor, olha isso.

A data de abertura do local, havia sido em mil novecentos e seis e o mesmo havia sido fechado em mil novecentos e cinquenta após um incêndio que havia matado mais de cem pessoas.

O local até então, havia sido abandonado e assim permanecia até os dias atuais. Eu estava pensativa, em relação á tudo pois de alguma forma tudo o que vinha acontecendo parecia ter ligação á minha volta e a aparição de Perséfone.

Peguei o celular de sua mão, bloqueei a tela e o coloquei sob o sofá, logo segurando suas mãos.— Sabe do que cê precisa?

— De uma boa noite de sexo, ou eu vou surtar com tudo isso.- Concluiu com um suspiro cansado, arrancando de mim uma risada perversa.

Tranquei a porta da frente e lhe puxei pela mão, seguindo até o quarto de hóspedes, trancando a porta logo em seguida.

Capturei seus lábios em um beijo quente e necessitado. Minhas mãos escorregaram até sua bunda e eu a apertei, deixando leves chupões e mordidas por todo seu pescoço.

Minha perna entre as suas, fazendo certa pressão em sua intimidade ainda coberta por seu short de seda. Sua cabeça levemente jogada para trás, seus lábios entre abertos e suas maos segurando minha cintura.

Levei minhas mãos até sua nuca e a puxei para um beijo, nossas línguas agora brigavam pela dominação. Suas mãos se arrastaram por baixo da minha blusa, fazendo com que eu me arrepiasse pelo contato.

Uma batida na porta atrapalhou o momento, me fazendo resmungar irritada e ao me ajeitar, segui até a mesma. As batidas não paravam e quando abri, prestes a reclamar, minha expressão suavizou instantaneamente se tornando preocupada ao ver a minha pequena chorando.

— O que foi, meu amor? - Questionei pegando-a no braço e a mesma passou os bracinhos em volta de meu pescoço, deixando seus soluços ecoarem pelo quarto.

— Princesa, o que aconteceu? - Maraisa perguntou a pequena em meus braços, que até então só chorava com o rostinho escondido agora em entre meu pescoço e meu ombro.— Foi um pesadelo?

— Tinha um monstro no quarto.- Contou entre fungados ao se acalmar um pouco e esperamos que continuasse.

— Um monstro? - Perguntei suavemente recebendo um assentir de cabeça em resposta. Suspirei antes de seguir até o quarto dela junto a Maraisa e ao constar que realmente não havia nada ali, nos deitamos com ela e esperamos que pegasse no sono, acabando por adormecermos juntas.

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Cês preferem assim com pov ou narração??? Huuuum, enfim, espero que tenham gostado 🥺💜

Esse foi pequeno mais ainda hoje mais tarde sai o outro eeeemm 💛

O prox cap eh um grande spoiler do final que teremos da fic em breve 🤐

Até o próximo cap ❤️

Reincarnation {Malila}Onde histórias criam vida. Descubra agora