É Guerra que ele vai ter!

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Notas iniciais🥳🥳🥳

Esse capítulo fiz um pouco maior pra não precisar fazer diversos capítulos pequenos logo agora no final da fic! Obg outra vez por chegarem até aqui, amo vcs.❤️
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(Narradora)

(Casa de Ellie)

                  Ellie abre os olhos lentamente, entre lacrimejo, sua visão embaça antes que pudesse voltar ao raciocínio. Seus cílios parecem colar um pouco, a impedindo mais ainda de abri-los rapidamente. A menina sente um peso no coração como consequência de momentos anteriores. Sente seus músculos fracos e suas pernas trêmulas, talvez não consiga levantar da cama antes de comer algo ou apenas descansar um pouco.

—Pai? — Ellie sussurra ao observar o teto branco do quarto.

—Oi Filha, eu estou aqui. — Ela sente ele pegar em sua mão, a diferença de temperatura corporal é sentida ao toque de ambos.

—Ellie, só fiquei pra saber se ficaria bem após o seu desmaio. Mas antes de.... — Seu pai muda sua fala pra uma pergunta de repente. —Pode me contar o que aconteceu?

—Antes de que? — Mas Ellie sempre prestou bem atenção nos detalhes do que as pessoas falam, ela precisa saber do que se trata. Seus olhos curiosos finalmente são abertos por completo, e sua visão vai se ajustando a cada segundo com a imagem de seu pai ficando nítida aos poucos.

—Só me responde o que aconteceu com você e por qual motivo estava naquele estado, Ellie.

—Ele mandou o Clean me matar, mas... — Sua fala é interrompida pelo seu choro, seus lábios formam um bico involuntariamente ao tentar segurar as lágrimas.

—O QUE!? Aquele desgraçado do Rodrigues, ele não vai desistir. — Gonzalez levanta bruscamente da cama, soltando a mão de Ellie. Ele anda em círculos dentro do quarto, sua cabeça começa a latejar instantaneamente.

—MATARAM A AVANI! — Seu choro desta vez é altamente escutado, e por sua bochecha, lágrimas escorrem a cada piscada de seus olhos.

—Eu- eu sinto muito, filha! — Gonzalez se aproxima novamente da menina e se acomoda em seu lado, Ellie o abraça bem forte como um conforto gigante pra sua mente, ela sente como se conseguisse respirar tranquilamente enquanto o abraça. Todos temos nossa âncora de segurança e conforto, como se essa coisa ou pessoa acalmasse um mar revolto em dia de tempestade. Ellie encontrou a dela, o seu pai!

             Ali abraçado com sua filha em torno de um minuto ou dois, Gonzalez começa a sentir uma dor enorme em seu peito por precisar fazer o que mais temia, ele sabe que o sofrimento será grande, mas que pelo menos a garota estaria segura de uma vez por todas. Chegou a hora de agir e parar de fugir dessa guerra sem fim!

—Filha. — Ele se afasta de seu abraço, levantando da cama de uma vez, pois sabia que se pensasse demais acabaria desistindo.

—Preciso acabar de vez com essa guerra, ela não é sua e sim minha! Vou fazer com que você fique segura de uma vez por todas sem precisar mais fugir disso. — Ellie entende rapidamente o que ele queria dizer com "acabar de vez com isso".

—Não! Você não vai. — Seus olhos lagrimejam tanto que sua visão é distorcida. Ela não pode perder sua âncora, seu pai, é a única família que ela tem agora. Talvez nunca houvesse sentido um medo tão grande, isso se torna um peso gigantesco em seu peito por estar sentindo isso pela primeira vez.

—Eu PRECISO, Ellie. Eu já decidi! — A cada fala ele se afasta cada vez mais em direção a porta. Os olhos de Ellie são manchados por resquícios de tristeza e angústia, um oceano revolto surge em seu olhar, derramando suas águas por toda superfície de sua bochecha gélida e pálida.

365 dias na Ilha - Vinnie Hacker Onde histórias criam vida. Descubra agora