Capítulo 3

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Eliza andava às pressas entrando naquele arranha céu para conhecer o novo local de trabalho. O prédio era o Avenida Paulista, localizado na Avenida Paulista, uma das avenidas que concentra as maiores empresas de São Paulo. O clima naquele dia estava fechado, ameaçava chuva, o sol não apareceu o dia todo. A cidade impressionava Eliza pelo tamanho, em contrapartida ela estava odiando o ar poluído, ficou pensando na qualidade do seu pulmão se continuasse a morar nos próximos dez anos naquela cidade. Com aquela poluição, quem precisaria de cigarros?

A jovem se direcionou a recepção do prédio e se informou sobre a localização da Real Engenharia. A mulher na recepção, uma loura bonita respondeu que ficava no décimo andar. Eliza agradeceu e se direcionou rapidamente para disputar uma vaga no elevador com um grupo que ia entrando. Ficou na frente, a capacidade esgotará naquele cubículo espaço de aço.

O elevador abriu no terceiro andar e Eliza saiu encaminhando-se para a entrada da Real engenharia, chegou à recepção e informou que era funcionária nova, estava iniciando naquele dia. Uma recepcionista confirmou que a aguardava, e encaminhou-a até outro compartimento. A engenheira foi levada até uma outra sala.

— Espere aqui, ela já irá lhe atender. — Falou a recepcionista saindo.

Eliza aguardou ser chamada em uma mini recepção, optou por ficar em pé. A decoração do espaço era comum, porém bonita, um local agradável e refrigerado. Passados alguns minutos, um rapaz magro de óculos que andava apresado falou ao sair de uma sala:

— Senhorita Eliza? Pode entrar.

Eliza encaminhou-se até a porta e bateu abrindo:

— Com licença, bom dia, sou Eliza Mattos.

— Entre e sente-se minha jovem, é uma enorme satisfação finalmente poder conhece-la.

— Igualmente senhora, Adriana certo? Me sinto honrada por estar tendo essa oportunidade na Real Engenharia, é sem dúvida uma das mais conceituadas empresas do país.

— Seja bem vinda, desejo-lhe toda a sorte, você tem potencial pelo que andei investigando. Apesar de muito jovem, já possui um currículo e tanto. Conversei com seu ex-chefe, e só ouvi elogios. Pois bem, vou lhe explicar porque quis tanto seus serviços nessa empresa. Recebemos um projeto bem complexo, e você tem capacidade para trabalhar nele, vi seus trabalhos nos últimos três anos, especialmente no que se refere a prédios... — Adriana Martinez falava.

Adriana era uma mulher de 47 anos, alta, cabelo curto e de pele mestiça, diretora de operações da empresa.

Eliza adorou o primeiro dia de trabalho, sentia-se útil e agora entendia perfeitamente a frase que diz "O trabalho dignifica o homem". Ela sentia-se digna de estar contribuindo para a sociedade, estava bem e feliz.

Há medida que dias iam passando tudo encontrava-se no seu devido no lugar. Eliza, só precisava arrumar um local para morar, e de preferência próximo ao Edifício Avenida Paulista, porque morar longe do local de trabalho era insanidade naquela cidade.

Quando terminado o expediente, Eliza voltou para o apartamento de sua amiga Cláudia Aguiar, uma jovem de 29 anos, advogada criminalista que morava no bairro Consolação, centro. A residência de Cláudia era pequena, como a maioria dos apartamentos para jovens que vivem sozinhos, havia dois quartos, era um local com uma decoração moderna nas cores branco e tons de marrom, bonito e confortável.

Embora Cláudia fosse adorável, Eliza estava incomoda de estar em sua casa, já faziam dois meses, portanto, em uma tarde de sexta feira, enquanto as duas conversavam, ela tocou no assunto.

— Cláudia, Claudinha, eu preciso providenciar um apartamento o quanto antes, um mais perto do trabalho, você sabe, não aguento dez minutos de trânsito, me mata. — Reclamou Liza deitada com as pernas em cima do encosto do sofá e as costas sobre o assento, deixando os cabelos para baixo enquanto segurava uma vasilha cheia de pipoca.

Prenda-me Se For CapazOnde histórias criam vida. Descubra agora