Christian pegou na mão de Eliza e levantou-se do sofá fazendo-a ficar de pé também.
A cena aconteceu muito rápido, não permitindo que a jovem tivesse tempo de acompanhar cada detalhe em pensamento, só reagindo as investidas com o corpo.
O chefe de cozinha pôs de frente para Eliza, roçou os lábios dela com os dedos e levou os lábios até os da morena e mordeu rápido. Antes que a engenheira conseguisse fechar os olhos esperando um beijo longo e ardente, Christian já havia suspendido o vestido de Eliza puxando-lhe a calcinha para cima que a mulher sentiu arder a levemente a vagina. Não foi ruim, seu corpo todo fervia naquele momento, a pulsação aumentara consideravelmente.
A próxima cena seguiu-se com uma mão ágil do chefe enlaçando aquele pescoço bonito e delicado da bela engenheira, ao mesmo tempo que a outra mão a segurou violentamente por entre as pernas suspendendo-a no ar. Em dois segundos Christian a empurrou em direção a parede mais próxima deixando-a suspensa de modo que os pês se encontravam há um palmo do chão.
— Arr. — Ela suspirou.
Muito agilmente o homem introduziu o dedo anelar na vagina de Eliza, seguida o indicador e também o anelar. Ela continuava suspensa.
— Chris...pa..
Antes que ela finalizasse a frase, o jovem já permitira que seus pés tocassem o chão, no entanto, não permitiu tempo para qualquer reação, virou-a tão rápido de costas e segurou-a pelo pescoço com ela ainda de costas, pressionou-a contra a parede com o peso do seu corpo que os seios eram comprimidos no concreto duro. O jeans de Christian rocava em suas nádegas, a sensação era prazerosa, mas ela sentia uma mistura de violência intensa em tudo aquilo. Os dedos do chefe entraram novamente na vagina melada, não eram mais um, dois ou três dedos. Eram os cinco que forçavam entrada.
— O que você está fazend...
Mas a boca foi tampada pela mão que antes apertava seu pescoço.
Ela se debateu inutilmente, gritou abafado para ninguém a ouvi-la.
— Hummm, humrum. — Era o som quase inaudível que ressoava no ambiente.
Os dedos entravam mais, Eliza tentava a todo custo arrancar aquelas mãos de sua boca. Ficava mais desesperada à medida que os dedos entravam mais ainda em sua vagina. Aquilo era loucura, o homem havia enlouquecido, o que pretendia, enfiar a mão inteira?
— Relaxe, ou debata-se, você escolhe, eu aconselho ficar calminha.
Era impossível ficar calma com alguém forçando todos os dedos na sua vagina. Embora estivesse desesperada, ela precisou admitir, sentia prazer, um tesão como se estivesse sendo penetrada forte e próximo de um orgasmo. Sim, ela estava molhada de tesão, mas estava com medo. As duas sensações aumentavam sua libido. Resolveu ouvir o conselho daquele homem maluco e relaxar, entregou-se ao momento, ela ia gozar, faltava um segundo para acontecer, seu corpo estava mole, as pernas mal conseguiam ficarem fixadas no chão, mas Christian interrompeu no momento exato.
Ele a virou de frente, ela estava ofegante, gemendo baixinho com a boca entreaberta. O olhar era suplicante para que ele voltasse a continuar.
— Isso, eu também faço, mas não chega nem perto do que gosto de jogar, seria mais interessante suas mãos estarem amaradas, sua boca amordaçada e seus olhos vendados.
Ela sentiu um frio no estômago, era medo. Lembrou-se do desespero momento antes. Perguntava-se o que ele seria capaz de fazer com ela amarrada. Embora estivesse com medo, sentia-se tentada a querer algo a mais, mas, não se arriscou.
Quis pedir para que o chefe voltasse com a masturbação, mas em vez disso, disse apenas:
— Você é louco, o que pensa que estava fazendo, hum?
— Minha querida, você foi quem me pediu uma demonstração, isso é muito básico, você poderia já ter tido uma experiencia dessa antes. — Disse Christian sereno.
— Por acaso, você gostou de tudo isso? — Ela tentou mostrar indignação.
— Você não gostou?
— Eu perguntei primeiro.
— Ver o seu desespero, o medo, me deixa muito excitado, mas não apenas isso, sei que você também gostou, estou errado?
Eliza desviou o olhar e tentou esconder um sorriso no canto da boca. Ele teve a resposta, ela havia gostado, e poderia jurar que ela queria mais.
— Você ficou irritada, Liz?
— Me senti invadida, você agiu com certa...violência, eu pedi para parar, mas você continuou, quando uma mulher pede para parar, é para parar, do contrário, é desrespeito, invasão do corpo inclusive.
— Você pensa mesmo assim?
— É realidade.
— Estamos falando de sexo sado Liz. Há regras, assim como o momento de parar respeitando a parceira ou parceiro, não fiz nada demais, estou mostrando como funciona esse mundo. Você apenas tem um pensamento revolucionário feminista moderno, você precisa separar uma coisa da outra, entende? Vou dar o tempo que você precisar.
— Ok, eu acredito que você tem razão.
— É claro que eu tenho, querida, você precisa se doar totalmente, mas tudo no seu tempo, certo?
— Sim, vou começar a trabalhar esse pensamento melhor, talvez, podemos fazer isso agora...
— Não Liz.
— Não? Porque não?
— Hoje foi isso apenas, amanhã daremos mais um passo, se você quiser prosseguir com isso. Se você não quiser, eu me sentirei desapontado, mas aceitarei, seremos bons amigos. — Disse em uma voz calma e levemente lamentável, que Eliza sentiu-se mal.
Ela não queria ser apenas amiga, Christian era lindo, legal, gentil, cuidadoso e com certeza gostoso, ela poderia sentir que gostava um pouco dele. A última coisa que ela pretendia na vida, era deixar aquele homem triste, se ele gostava do sadomasoquismo, não faria mal esforçar-se para entender esse mundo, afinal, quem garantiria que também não fosse se deparar com uma melhora na vida sexual? Ninguém poderia prever o futuro, era melhor viver intensamente no presente e gozar de prazeres únicos, do que se arrepender de não ter experenciado no futuro.
— Tudo bem, então amanhã, não tem problema, eu quero sim, continuar.
— Perfeito, por hora, vamos comer algo?
— Sim, vamos sim.
Christian foi a cozinha e trouxe em prato, torta de chocolate cremosa, em uma outra tigela, trouxe um sorvete em dois sabores feito por ele mesmo. Continuaram a noite até duas horas da manhã. Christian foi o homem mais incrível, no final, levou Eliza até seu apartamento, embora ela insistisse que conseguia descer uma escada sozinha sem precisar de ajuda.
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Prenda-me Se For Capaz
RomanceEliza é uma jovem noiva de um engenheiro civil. Após seis meses desempregada, Eliza recebe uma proposta de emprego em São Paulo. Quando chega ao polo industrial do país, sua vida toma novos rumos. Ao se mudar para um condomínio residencial, Eliza co...