Depois que eu me desfaço de uma sub. Que imbecil, como se as mulheres fossem um objeto.
— Você se desfaz...como se elas fossem um objeto que você não quer mais...
— Não é nesse sentido, minha querida. Significa que rompo o laço, portanto, preciso me desfazer daquela relação. Trato muito bem todas as minhas submissas, elas são provas vivas disso.
— Já aconteceu de alguma não aceitar o fim do acordo? — Indagou Eliza.
— Teve uma, que ficou apaixonada, mas a ajudei com toda a situação, paguei psicólogo, a acompanhei em várias sessões, até lhe apresentei outras pessoas que também são sado. Ela se libertou completamente de mim e agora vive bem, em outra relação, provavelmente.
— Apresentou a outro...
— Existe um grupo de pessoas que são sado, é um grupo secreto, há encontros onde é possível discutir o assunto com outras pessoas, de modo que os praticantes não se sintam sozinhos nesse mundo. Há discussões sobre o assunto, abordando a teoria, dos autores que escreveram e escrevem sobre o assunto. É apresentado que, há tratamento, no qual os integrantes do grupo, caso optem, podem consultar psiquiatra e se livrar da situação. Claro, existe a parte erótica da questão, entende? Uma casa com jogos.
— Compreendo... o tratamento, é definitivo?
— Sim.
— Você...nunca...
— Não, nunca quis tratamento, eu amo o sadismo, me faz bem, não faço mal a ninguém, eu dou prazer.
— Entendo...entendo.
— Agora, podemos ir, já que você conhece o meu segredo.
— Quem mais sabe que você é praticante?
— Ninguém, apenas as minhas submissas. Eu não falo da minha vida sexual com ninguém, sou reservado, gosto de manter isso apenas para mim.
— Quando aconteceu, como você descobriu que gostava disso?
— Foi há alguns anos, eu tinha vinte e dois anos. Até então, não sentia prazer com a pratica do sexo normal, não me sentia satisfeito, era sempre frustrado, preferia nem fazer sexo. Tive algumas namoradas, mas não me sentia cem por cento preenchido, embora gostasse delas, eu queria mais. Minhas masturbações eram bem melhores que uma noite de sexo. Eu me imaginava pegando minha namorada e batendo com força, até ela implorar para que eu parasse, pensava enforca-la um pouco enquanto estivesse dentro dela, imaginava o bumbum marcado enquanto eu a castigava mais ainda com o meu cinto. Enquanto eu me masturbava, pensava todas essas cenas, era uma sensação de preenchimento total. Fiquei meses ensaiando mentalmente, até que um dia, enquanto transávamos, de repente eu comecei a imaginar minha mão envolvendo aquele pescoço fino, enquanto a outra mão castigava aquele rostinho delicado. Por um instante mentalizei virando-a brutalmente de costas, segurando-lhe as mãos atrás das costas e usando o meu cinto para desferir chicotadas fortes nas costas e nádegas. Eu conseguia até ouvir ela gritando desesperada implorando por favor, para que eu a libertasse. Quanto mais ela gritava e ficava desesperada, maior era meu tesão, finalmente eu gozei. Quando parei de pensar em tudo aquilo, após ter gozado, soltei-a, a olhei e ela chorava de medo e repulsa, prometendo que me denunciaria a Lei Maria da Penha, que eu estava louco e a havia espancado. Meu pensamento tinha sido real, ela estava machucada mesmo, no bumbum, nos braços e costas. Foi a melhor sensação, senti-me livre e completo.
— Ela lhe denunciou a Maria da Penha?
— Não, implorei para que não o fizesse. Expliquei que não era a intensão, que entrei em uma espécie de transe enquanto transávamos, usei todos meus argumentos para dissuadi-la da denúncia, ela por fim me ouviu, e disse que nunca mais queria ver meu rosto, que eu era um doente psicopata e precisava buscar tratamento. Terminamos naquele dia para sempre.
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Prenda-me Se For Capaz
RomanceEliza é uma jovem noiva de um engenheiro civil. Após seis meses desempregada, Eliza recebe uma proposta de emprego em São Paulo. Quando chega ao polo industrial do país, sua vida toma novos rumos. Ao se mudar para um condomínio residencial, Eliza co...