Capítulo 5

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Tyler desceu em uma segunda feira pela manhã para levar o lixo até a lixeira do prédio, encontrou Eliza prestes a descer as escadas, preparava-se para sair enquanto se ajeitava com uma pasta volumosa em baixo do braço. Ao se verem, imediatamente se cumprimentaram com uma alegria de quem haviam encontrado alguém muito querido.

— Ei Tyler, achei que você já estivesse no trabalho a essa hora.

— Oi Liza, que bom ver você, eu não irei essa semana, não estou disposto...

— Você está doente, o que você tem? — Preocupou-se Eliza.

— Não é nada sério, apenas uma febre, um resfriado talvez, ou...talvez seja alguma infecção, ou sei lá o que, estou bem.

— Você tem certeza que está bem? — Ela insistiu pensativa.

— Sim, não é nada, eu falei com o chefe, ele me deu uns dois dias para me recuperar.

A conversa entre eles foi bastante descontraída, parecia que se conheciam há uma eternidade, ambos se sentiam divertidos quando conversavam. Tyler era sereno, gentil, educado e carinhoso. Com Eliza era o homem mais atencioso do mundo toda vez que a encontrava.

— Bem, eu tenho que ir, até mais, Tyler, já estou quase atrasada. — Esticou-se beijando-o no rosto e abraçando-o.

— Tudo bem, também estou descendo, vamos. — Ele disse encaminhando-se para as escadas sorrindo.

Sua tonta, Eliza pensou enrubescendo-se por ter dado o beijo, sendo que, ele estava descendo com ela. Como se não bastasse, ele não fez questão de esconder o sorriso que claramente mostrava que ele havia gostado do fato de Eliza ter de esticado para beija-lo no rosto, fazendo-a parecer interessada, coisa que ela não estava e não queria causar tal impressão.

Na saída da portaria do condomínio, Tyler envolveu a mão pela cintura de Eliza que estava ao seu lado direito e puxou-a para próximo de si, dando-lhe um rápido beijo na cabeça. O perfume que rescendeu daqueles cabelos cheirosos era excitante, fazendo-o sentir um choque percorrer seu corpo, indo concentra-se em um tesão entre as suas pernas, fazendo o membro pulsar rápido. Sacudiu a cabeça negativamente tentando afastar aquela sensação. Viu a engenheira entrar em um Uber e sumir.

Que mulher incrível, devo conquista-la, convenceu-se Tyler.

Tyler voltou para o apartamento e resolveu deitar, estava cansado, algo fora do padrão para ele. A àquela hora da manhã o rapaz não ficaria deitado nunca, estaria fazendo qualquer outra coisa da vida, menos deitado e indisposto num sono que o puxava para o fundo da cama.

Embora fosse americano, Tyler não possuía qualquer sotaque, falava tão bem o português que ninguém diria que ele era estrangeiro. Havia uma explicação para isso, sua mãe era uma brasileira Porto Alegrense que, fora morar no nos Estados Unidos ao conseguir uma proposta de emprego quando ainda tinha seus vinte e poucos anos de idade. Lá ela conheceu um americano e casou-se com ele. Tyler frequentava o Brasil desde criança, chegou a morar dois anos em Porto Alegre com os avós quando tinha quinze anos de idade, aos dezessete voltou para a América e terminou os estudos, formando-se em direito.

O rapaz embora visitasse o Brasil constantemente, só o residiu definitivamente quando conseguiu um emprego em São Paulo. Embora não pretendesse morar naquela cidade, não reclamou muito, pois era melhor se contentar ou continuar nos Estados Unidos, coisa que ele não queria naquele momento da vida. Amava o país de sua mãe, era encantado pela diversidade cultural, cada cidade que visitava sentia-se mais admirado.

O Brasil é único por carregar um pouquinho da cultura de cada povo do planeta, o que o faz atrativo aos olhos do restante do mundo, a culinária que o diga, Tyler costumava dizer. Por outro lado, ele ficava intrigado com a falta de pontualidade do brasileiro, oh situação desnecessária, falava. A primeira vez que deu uma festa em sua casa, marcou às vinte horas e, os convidados chegaram depois das vinte e trinta, quando ele achava que ninguém mais vinha além de Christian, este logo consolou o amigo: calma, por aqui a pontualidade funciona diferente.

Prenda-me Se For CapazOnde histórias criam vida. Descubra agora