Capítulo 12

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A bolonhesa fervia a todo furor, o cheiro embriagaria a todo naquela cozinha, se cada pessoa ali não estivesse ocupada demais com uma dezena de pedidos chegando a cada segundo.

— Risoto pronto. — Jonathan chamou esperando para retirarem o prato.

— Hoje está movimentado até demais, cada dia chega mais gente, isso aqui está bombando, — Diana, a garçonete que pegou o risoto comentou. — o chefe terá que abrir a parte de cima durante o dia e aumentar o número de funcionário, será que serei promovida? É justo! — Disse sorrindo e revirando os olhos para cima, ao mesmo tempo que entortava a boca. Piscou para Jonathan e levou o prato.

— Depois que Alice veio aqui, o número de clientes aumentou quase duas vezes. — Anne, a auxiliar de cozinha comentou.

A conversa não cessava, de vez em quando alguém gritava e xingava, ou sozinho ou para o colega que atrasava com uma tarefa por um segundo. Todos buscavam dar o seu melhor, Christian era extremamente carismático com os funcionários, mas na hora do trabalho, ele exigia a perfeição, estressava-se e gritava com o pessoal da cozinha. Assim como todos ali, Christian estava sob pressão, a diferença é que sobre ele, tudo estava em maior quantidade, desde a administração a agradar cem por cento os clientes. Enquanto todos conversavam, ele apenas estava concentrado fazendo seu trabalho, alheio a toda a discussão a sua volta, não ouvia uma sequer palavra, quando alguém se dirigia a ele, normalmente era necessário chama-lo até três vezes nos últimos dias. Ninguém perguntava nada, apenas se entreolhavam conversando por expressões corporais.

— Chefe, um pedido, Fettuccine al limone com frango, e pediu ainda qualquer coisa com camarão, não disse o que seria exatamente, apenas disse: deixo que o chefe decida, como se fosse um prato, entendeu? — É muita comida para alguém daquele tamanho, minha nossa, essas garotas comem demais, eu não como metade dessa comida, Jesus.

Christian pensava: Foi melhor assim, nem sempre se tem tudo o que quer, não é mesmo? E eu nem gostava dela também, com toda certeza era apenas uma atração sexual, bastaria umas horas de sexo e umas chicotadas naquele traseiro branco que eu já estaria satisfeito, ela pode ser encantadora de um certo modo, mas existem milhares iguais. Depois que voltar, estará casada e provavelmente irá mudar de apartamento, podemos continuarmos amigos, gosto dela, como amiga é claro. Será que ela sentiu algo por mim alguma vez? Eu poderia jurar que sim! Pelo menos não se mostrou uma cafajeste, não ficou com ninguém aqui, com certeza será uma excelente esposa, espero que seja feliz. Independente, de qualquer coisa, não quero saber mais de Eliza, não voltarei a vê-la, irei manter distanciamento, tenho coisas demais a fazer, se houvesse qualquer envolvimento entre eu e essa mulher, seria exclusivamente sexual. Eu juro, depois que houve com minha ex, nunca mais me relaciono com mulher nenhuma, basta desse negócio de amor e toda essa coisa, tudo será baseado em sexo, foi uma promessa que fiz, e irei cumpri-la.

— Então chefe, você decide, você me ouviu?

— Chris? — Jonathan chamou.

O que você quer jantar hoje minha querida, peça qualquer coisa que eu faço, não exagere no pedido, ok?

Ele sorriu feliz por ter aquela mulher em seu apartamento enquanto tentava impressiona-la com seus dotes culinários. Ela o olhou cruzando os braços enquanto franzia o senho com uma expressão séria pensando olhando para o teto enquanto buscava no cérebro o que pediria ao mesmo tempo em que falava: Eu vou querer..., humm, deixe-me pensar..., já sei, quero um: deixo que o chefe decida. Com certeza terei uma ótima surpresa, Eliza respondeu. Christian continuou: Deixo que o chefe decida. Esse, definitivamente não consta no menu, mas pensarei em algo, e mais uma vez ele sorriu divertidamente envolvendo a mão em sua cintura e levando-a em direção a cozinha.

Prenda-me Se For CapazOnde histórias criam vida. Descubra agora