A decoração do quarto de Christian era bonita, entre detalhes de vermelho, preto e branco, onde o branco e o preto se destacavam. Ela gostou de todo o conjunto, era dotado de bom gosto. Por um segundo, pensou em quantas mulheres ele já havia levado ali. Sentiu nojo, mas logo mudou seus pensamentos para melhores.
Será que ele vai transar comigo aqui, nessa cama enorme? Sorriu olhando a cama e passando a mão para sentir a maciez.
— Eu tenho um presente para você, Liz, algo diferente, do meu universo sado. — Disse ele entregando-lhe uma caixa que havia retirado do guarda roupa, mas que Eliza não havia visto, pois estava explorando o ambiente e pensando indecência.
— Oh. — Suspirou surpresa.
— Faz parte do mundo em que você está se envolvendo, eu espero que goste.
Eliza abre a caixa e engole em seco, a garganta exigiu um gole de água, mas tudo que estava a disposição era saliva que também recusava-se a sair.
— Chris...
— É lindo, quando vi, achei que ficaria perfeito no seu corpo.
— O que diabos você acha que sou, alguma vadia?
— Liz, não é para você se ofender, eu disse que era um presente desse mundo.
— Está certo, está certo, você me ver como uma vagabunda...
— Não mesmo, você nem de longe chega perto de uma mulher vulgar, essa roupa é apenas um dos objetos do meu mundo de BDSM.
— Tudo bem, mente aberta, mente aberta, eu achei muito bonito.
— Achou mesmo ou só diz isso para me agradar?
— Eu juro, é muito linda, já posso me imaginar usando essa bota enorme. — Disse ela retirando da caixa uma bota que chegava até sua coxa.
— Eu também. — Christian suspirou contente e aliviado por ela não ter ficado chateada.
Seria um trabalho a mais para ele, ter que amansar Eliza se ela fosse do tipo que se sentisse ofendida com aquela nova realidade. Mas, por sua sorte, ela era se adaptava rápido.
O presente de Christian era uma bota de vinil, saia curta de couro vinil, blusa curta decotada com amarração nos seios, também em couro vinil, coleira de couro preta com correntes. Uma linda coleira, por sinal, ela havia observado, ficaria excelente no pescoço de um cachorro.
Ele quer fazer de mim uma vadia cadela, isso sim.
Ela não pôde deixar de admitir, achou a roupa linda, tudo aqui remetia a ousadia e sexo.
— Quando eu devo usar isso?
— Quando eu mandar.
— Era isso a minha surpresa, esperava algo mais diferente.
— Essa é a parte do que vou lhe mostrar, mas, com a sua reação, talvez você devesse dar uma lida no contrato. — Falou ele pegando em uma gaveta uma pasta.
Abriu a pasta e entregou a Eliza o contrato impresso, haviam várias páginas por onde a jovem correu os olhos e algo imediatamente lhe chamou a atenção.
Uma parte do contrato dizia o seguinte:
A submissa só usará as roupas que o seu senhor permitir. Isto vale apenas para peças intimas, objetos e acessórios do BDSM, ou nas ocasiões de encontros íntimos. Se ele não ordenar que ela vista roupa, a submissa deverá continuar nua, usando apenas a roupa normal para esconder a nudez do corpo. A submissa tem o direito de conversar com o seu senhor se quiser usar algo diferente, se ele aprovar, ela usará, do contrário ela aceitara de bom grado. Caso descumpra esse estabelecido, ela sofrerá punições escolhidas pelo seu senhor.
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Prenda-me Se For Capaz
RomanceEliza é uma jovem noiva de um engenheiro civil. Após seis meses desempregada, Eliza recebe uma proposta de emprego em São Paulo. Quando chega ao polo industrial do país, sua vida toma novos rumos. Ao se mudar para um condomínio residencial, Eliza co...