Eliza não esperava por uma tapa tão violenta, jamais poderia imaginar que ele fosse reagir esquentando lhe a face daquele modo. O tom da voz pareceu de irritabilidade, porém, ela não sabia dizer se ele estava de fato irritado, ou se tudo fazia parte do jogo que ela se atreveu a iniciar esquecendo-se da Cláusula 34 que ganhava um destaque exclusivo ao afirmar que apenas ele, Christian Bonatti poderia iniciar uma sessão sadomasoquista.
Diante daquela atitude, Eliza pensava rapidamente no que dizer, se é que ela deveria dizer algo, já que, o contrato deixa claro que em uma sessão, ela não poderia falar até que ele permitisse. Estava de certa maneira apavorada, o coração palpitava freneticamente. Em toda sua vida, nunca havia sido esbofeteada, os homens sempre a tratara com delicadeza e carinho.
Embora o constrangimento, resolveu arriscar-se:
— Me des..me perdoe, isso nunca mais se repetirá...
Não concluiu a frase, uma vez que, permanecia em dúvida se deveria chama-lo por um dos pronomes de tratamento estabelecidos no contrato ou esperar a atitude do seu Dom.
Se apenas ele poderia iniciar uma sessão, então a jovem concluiu que não estavam em uma sessão, mas ainda assim, o medo de levar uma outra tapa a fez continuar na posição de submissão. Ela já havia se reerguido do chão, agora estava de joelhos com a cabeça baixa e as mãos voltaram para trás das costas esperando pela próxima cena.
Christian permaneceu calado por alguns segundos enquanto a observava, não pôde conter um sorriso malicioso, ela era dele, totalmente dele. Vê-la desesperada lhe proporcionava uma sensação de excitação, prazer e vontade de humilha-la ainda mais. Quanto mais via sua submissa em posição de submissão, mais sua mente gozava de divertimento e seu pênis pulsava enlouquecido.
— A partir do momento em que você assinou o contrato, passou a ser minha propriedade, o contrato está valendo de fato, você quebrou um dos termos mais importantes, nenhuma outra submissa ousou tanto. Eu disse que os exames eram importantes, então é porque são! É pensado na sua segurança e na minha, são regras Liz. Mas, já que insistes em ser desobediente, parece que quer muito receber o primeiro castigo, não é?
Eliza balançou a cabeça negativamente.
Christian voltou a falar:
— Pois bem, já que insistes. Eu não pretendia iniciar com castigos ou punições, mas tem pessoas que precisam aprender onde é seu lugar, e você, é uma dessas putinhas atrevidas que precisa ser amansada para entender qual sua posição e entender quem manda.
"Como se a bofetada não fosse o suficiente, o que mais pretende?", sentiu-se tentada a perguntar, mas continuou calada ouvindo o monologo de seu dom.
Os joelhos doíam, ela moveu-se tentando aliviar o desconforto que a lajota dura causava na sua pele delicada.
— Tá desconfortável, querida? — debochou Christian — Eu posso ajuda-la com isso.
Ele colocou as mãos nos ombros de Eliza e forçou para baixo, fazendo seus joelhos doerem um pouquinho mais. Ela não reclamou, permaneceu muda como uma parede.
— Eu poderia coloca-la no cantinho do castigo, ajoelhada em cima do milho, depois de bater-lhe nas mãos com uma palmatória, — comentou ele. — mas não estou em meu apartamento. Vamos lá, o que posso fazer com você aqui, hum? Já sei...
Christian soltou o ombro de Eliza e ela sentiu-se agradecida. Ele foi até a cozinha, abriu uma gaveta do armário revirou-a fazendo barulho. Não demorou e achou o que queria. Voltou para a sala e a morena indomável estava como ele a havia deixado.
— Levante-se. — Ele ordenou. — Você pode falar agora.
"Ufa, que filho da puta maluco, pelo menos não recebi outra tapa", pensou aliviada.
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Prenda-me Se For Capaz
RomanceEliza é uma jovem noiva de um engenheiro civil. Após seis meses desempregada, Eliza recebe uma proposta de emprego em São Paulo. Quando chega ao polo industrial do país, sua vida toma novos rumos. Ao se mudar para um condomínio residencial, Eliza co...