Capítulo 22

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Eliza não esperava por uma tapa tão violenta, jamais poderia imaginar que ele fosse reagir esquentando lhe a face daquele modo. O tom da voz pareceu de irritabilidade, porém, ela não sabia dizer se ele estava de fato irritado, ou se tudo fazia parte do jogo que ela se atreveu a iniciar esquecendo-se da Cláusula 34 que ganhava um destaque exclusivo ao afirmar que apenas ele, Christian Bonatti poderia iniciar uma sessão sadomasoquista.

Diante daquela atitude, Eliza pensava rapidamente no que dizer, se é que ela deveria dizer algo, já que, o contrato deixa claro que em uma sessão, ela não poderia falar até que ele permitisse. Estava de certa maneira apavorada, o coração palpitava freneticamente. Em toda sua vida, nunca havia sido esbofeteada, os homens sempre a tratara com delicadeza e carinho.

Embora o constrangimento, resolveu arriscar-se:

— Me des..me perdoe, isso nunca mais se repetirá...

Não concluiu a frase, uma vez que, permanecia em dúvida se deveria chama-lo por um dos pronomes de tratamento estabelecidos no contrato ou esperar a atitude do seu Dom.

Se apenas ele poderia iniciar uma sessão, então a jovem concluiu que não estavam em uma sessão, mas ainda assim, o medo de levar uma outra tapa a fez continuar na posição de submissão. Ela já havia se reerguido do chão, agora estava de joelhos com a cabeça baixa e as mãos voltaram para trás das costas esperando pela próxima cena.

Christian permaneceu calado por alguns segundos enquanto a observava, não pôde conter um sorriso malicioso, ela era dele, totalmente dele. Vê-la desesperada lhe proporcionava uma sensação de excitação, prazer e vontade de humilha-la ainda mais. Quanto mais via sua submissa em posição de submissão, mais sua mente gozava de divertimento e seu pênis pulsava enlouquecido.

— A partir do momento em que você assinou o contrato, passou a ser minha propriedade, o contrato está valendo de fato, você quebrou um dos termos mais importantes, nenhuma outra submissa ousou tanto. Eu disse que os exames eram importantes, então é porque são! É pensado na sua segurança e na minha, são regras Liz. Mas, já que insistes em ser desobediente, parece que quer muito receber o primeiro castigo, não é?

Eliza balançou a cabeça negativamente.

Christian voltou a falar:

— Pois bem, já que insistes. Eu não pretendia iniciar com castigos ou punições, mas tem pessoas que precisam aprender onde é seu lugar, e você, é uma dessas putinhas atrevidas que precisa ser amansada para entender qual sua posição e entender quem manda.

"Como se a bofetada não fosse o suficiente, o que mais pretende?", sentiu-se tentada a perguntar, mas continuou calada ouvindo o monologo de seu dom.

Os joelhos doíam, ela moveu-se tentando aliviar o desconforto que a lajota dura causava na sua pele delicada.

— Tá desconfortável, querida? — debochou Christian — Eu posso ajuda-la com isso.

Ele colocou as mãos nos ombros de Eliza e forçou para baixo, fazendo seus joelhos doerem um pouquinho mais. Ela não reclamou, permaneceu muda como uma parede.

— Eu poderia coloca-la no cantinho do castigo, ajoelhada em cima do milho, depois de bater-lhe nas mãos com uma palmatória, — comentou ele. — mas não estou em meu apartamento. Vamos lá, o que posso fazer com você aqui, hum? Já sei...

Christian soltou o ombro de Eliza e ela sentiu-se agradecida. Ele foi até a cozinha, abriu uma gaveta do armário revirou-a fazendo barulho. Não demorou e achou o que queria. Voltou para a sala e a morena indomável estava como ele a havia deixado.

— Levante-se. — Ele ordenou. — Você pode falar agora.

"Ufa, que filho da puta maluco, pelo menos não recebi outra tapa", pensou aliviada.

Prenda-me Se For CapazOnde histórias criam vida. Descubra agora