𝚀𝚞𝚎𝚛𝚒𝚍𝚊 𝙰𝚍𝚍𝚒𝚜𝚘𝚗... - 𝐌𝐞𝐝𝐝𝐢𝐬𝐨𝐧

Part 18: Alexandra Grey

Addison POV

Você sabe qual é o pior sentimento do mundo? Odiar o que mais se quer. Muitas pessoas acreditam em saudade, perda, magoa. Mas não tem sentimento que machuque mais do que o amor, é destrutivo, não é feito de rosas. Ele deixa uma ferida gigante aberta e não, não cura com o tempo. O pior sentimento do mundo? O ódio por amor. Minha vida passava diante de meus olhos sem qualquer entusiamos, já havia semanas que eu não trocava uma palavra com Meredith Grey, e isso me deixava louca, vê-la em minhas aulas, era uma tortura sem tamanho, mas ela tinha sido bem clara quando me mandou sair de sua vida e eu precisava respeitar isso. PRECISO.

Eu estava exausta, passei o dia resolvendo coisas do casamento, ele estava tão próximo, e eu temia por isso, mas eu temia ainda mais pela vida de minha irmã, e precisava ajuda-la, ela vem recebendo ameaças constantes, e o Derek apenas subia nas pesquisas politicas me trazendo um conforto em relação ao dinheiro. Já se passava de 4:00 horas da manhã, eu fiquei corrigindo provas até tarde, e eu não queria ir para cama, ao olhar para trás, Derek estava nela, e só de imaginar dividir a cama com ele me tirava o sono, não consigo dormir a días, para ser mais exata desde o dia que ele passou a morar novamente nessa casa. Porém, eu precisava dormir.

Deitei ao seu lado, mas fiz de tudo para não toca-lo e nem tão pouco acorda-lo, olhei o celular e passei pelo numero de Meredith diversas vezes, a vontade de ligar era imensa, mas eu precisava aceitar o fato de que "nós" não existia mais. Bloqueei a tela e guardei o celular no criado mudo, segundos depois, ouvi vibrar e um número conhecido me assustou por estar me ligando aquela hora.

-Addison? Addison?

-Oi, Cristina? Estou ouvindo. O que houve?

-A Meredith - Cristina soluçava ao telefone e isso me deixava apreensiva - É a Meredith.

-O que houve com a Meredith, Cristina?

-Ela levou um tiro. Ela levou um tiro, Addison - exclamou ela

A palavra "tiro" ecoou em minha cabeça, não pode ser. Eu não posso perde-la, eu não posso!

-Fica calma, Cristina - tentei acalma-la, escondendo o meu nervosismo - onde ela está?

Cristina me deu as coordenadas do hospital que ela estava, anotei em um papel, e vesti a primeira roupa que vi

-Onde você vai a essa hora? - Derek acordava e dizia as palavras sonolento

-Eu preciso resolver um assunto.

-Que assunto? Essa hora?

-Sim, Derek. A essa hora.

-O que aconteceu?

-Uma aluna levou um tiro.

-Aluna? Você esta preocupada com uma aluna.

-Eu sou humana, diferente de você.

-É bem aquela chatinha da Meredith. Acertei?

-Por que você não vai para o inferno.

-Eu já estou nele, meu amor!

Deixei Derek falando sozinho no quarto e dirigi desesperada até o hospital que ela se encontrava, procurei por seu nome na recepção ao chegar no corredor, avistei Amélia, suja de sangue, sentada no banco e com a cabeça baixa. Eu estava com raiva por ela ter metido a Meredith nisso, eu estava com os nervos a flor da pele.

-Qual é o seu problema? - Cheguei gritando a assustando.

-Ficou maluca?

-Você colocou a Meredith nessa. Eu avisei para ficar longe dela, sua idiota!