Part 32: Ela Tem a Mim!

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Eu estava sentada em um banco de hospital, com a cabeça baixa, e pensando no que mais a vida ainda iria preparar para mim? E principalmente me perguntando de quantas formas diferente ela ainda ia me foder. Eu esta apreensiva, confusa, afinal eu vi a Amélia, sem consciência, no chão da cozinha, talvez se eu não tivesse parado para escutar noticias sobre Addison, eu tinha ido para casa mais cedo, e talvez impedindo que algo de ruim acontecesse. Senti as mãos de Alex sobre meu ombros, me confortando, me ajeitei na cadeira e a vi me dando um sorriso acolhedor.

-Ela vai ficar bem - dizia

-Se eu tivesse ido para casa mais cedo - abaixei minha cabeça novamente e apertei meus olhos

-Você não teve culpa, Mer! Só vamos torcer agora para ela ficar bem.

-Eu errei com ela, Alexandra. O que ela tem comigo é uma mentira. Ela precisa de alguém que a ame de verdade.

-Meredith, eu sei que você deu seu máximo. E ela sabe disso, depois de toda a confusão que houve, ela sabe... e estava com você porque gostava de você e estava disposta a lhe dar o tempo que for para algo surgir ai dentro.

-Eu sou um monstro, Alex!

-Você não é!

-Eu sou, eu deveria estar no lugar dela. Eu deveria morrer...

-Não fale besteira, Meredith!

-Meredith Grey - A medica de meia idade chamava meu nome assim que dobrou o corredor

-Sou eu! - levantei rapidamente ficando em sua frente.

-Você é parente da paciente?

-Sou noiva, doutora.

-Ela não tem parente além de você?

-Tem, mas...

-Ela tem a mim!

Meu coração palpitou ao ouvir aquela voz novamente, Addison surgia atrás de mim, e eu apenas estava imóvel esperando ela se aproximar, eu não a via a quase dois anos e ouvir sua voz me levou a uma nostalgia sem tamanho.

-Olá, Meredith! - Ela disse roubando todas as minhas forças, as que restavam Addison era sempre bem vestida, com um vestido estilo tubinho azul, os cabelos ruivos lisos e soltos, e seu batom vermelho me arrasava. Eu mal podia acreditar que Addison Montgomery estava em minha frente novamente, e era incrível que mesmo depois de tudo, ela ainda provocava as mesmas sensações em mim.

-O caso da Amélia é bem complicado e serio, o seu desmaio foi provocado pelo estreitamento das artérias coronárias, que levam sangue rico em oxigênio para o coração - a medica dizia com um tom serio me deixando mais preocupada e sem esperanças - chamado de cardiopatia isquêmica, essa doença é bem silenciosa e eu acho muito difícil que a paciente não sabia que portava essa doença, ela se manisfesta com dores fortes no peito, apneia e entre outros sintomas, pelo quadro que Amélia chegou nesse hospital, os sintomas já haviam se manisfestado, mas por algum motivo a paciente não comunicou...

-E o que você pode fazer para salva-la? - perguntei preocupada.

-Vamos precisar fazer uma cirurgia de revascularização. É uma cirurgia complicada, que requer muito esforço dos médicos, então a unica coisa nesse momento que ela precisa é que orem por ela. Vá para casa, volte amanhã, hoje ela vai passar por muitos exames, ela não vai estar em condições de falar com ninguém.

A medica se foi me deixando a sós com Addison, eu não voltei a encara-la, apenas caminhei para o lado da Alex, que me aguarda no banco ao lado, sentei, e abaixei a cabeça novamente.

-Ela vai ficar bem- disse Alex novamente.

-Eu sinto muito, Meredith - Addison se aproximava e dizia palavras de conforto

-Não preciso que você me conforte - disse grossa me reerguendo na cadeira

-Amélia é minha irmã, então, você querendo ou não eu vou permanecer aqui.

-Eu quero que você se foda!

Levantei-me da cadeira brutalmente e sai, caminhei até a lanchonete do hospital e pedi um café. Eu estava um caco, eu queria ter esperanças em relação a Amélia, mas nem eu própria tinha esperança em mim. Como Addison ainda podia ter tanto efeito sobre mim? Era fascinante como ela ainda continuava a mulher linda e sedutora de sempre.

-Acho que você já encontrou a Addison - disse Cristina chegando e puxando uma cadeira para se juntar a mim.

-Sim, a encontrei.

-Eu sinto muito, Mer. Eu odeio a Amélia, mas eu não desejo o mal a ela.

-Eu sei, eu só quero que ela fique bem.

-Todos nós queremos.

Voltei para casa, eu estava exausta, eu precisava de um bom banho, e de uma bebida forte. Por um momento eu pude sentir a falta de Amélia, a casa era tão mais alegre com ela, limpei a mancha de vinho que estava no chão da cozinha, e eu não consegui conter as lagrimas, sentei-me no chão perto de onde a encontrei, e servi-me de uma bebida forte, e a senti descer quente em minha garganta. Minha vida estava de cabeça para baixo novamente, e por mais que eu não amasse Rachel, foi com ela que comecei a construir um futuro, fiz planos, e agora eu não acreditava que eu iria realizar tudo sozinha. Ouvi a campainha tocar, mas eu preferi que ela tocasse, não queria atender, eu não queria a companhia de ninguém, eu apenas queria ficar sozinha, mas me irritei com a insistência, e levantei-me furiosa para atender.

-Será que eu não posso ficar em pa...

Minha fala foi interrompida quando eu vi Addison em minha porta, com os cabelos em forma de rabo de cavalo e seu perfume que me invadia, novamente vi meu coração acelerar, mas que droga de feitiço essa mulher tinha?




𝚀𝚞𝚎𝚛𝚒𝚍𝚊 𝙰𝚍𝚍𝚒𝚜𝚘𝚗... - 𝐌𝐞𝐝𝐝𝐢𝐬𝐨𝐧Onde histórias criam vida. Descubra agora