Capítulo 17

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Dois meses depois

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Dois meses depois...

Vou confessar que esperei esse tempo todo alguma notícia do Lucas, mas não o vi mais.

Aurora falou que também não o viu mais, hoje cedo eu ganhei uma viagem do meu pai para fora do país, e eu estou arrumando minhas malas.

Eu estou tranquila, converso com as meninas quase todos os dias e minha afilhada está muito fofinha.

Faz pouco tempo que perdi minha mãe pelo câncer, graças a Deus, a gente conseguiu se perdoar, e graças a tudo o que houve no passado eu estou tendo momentos extraordinários com o meu pai.

Ele vai comigo para a Espanha, vamos conhecer o lugar juntos e fazer um passeio turístico.

E o trabalho, está tudo indo bem, eu cresci muito nas minhas redes sociais, com a moda, agora eu estou uma ótima influencer, jamais pensei que gravaria o meu dia a dia para seguidores.

- Acho que é isso.- Fecho a mala que quase está explodindo de tão cheia.

Meu celular toca em chamada de vídeo, são as meninas.

- Oi.- Atendo assim que para o segundo toque.

- Oi ruiva, como tá as coisas por aí?- Ema pede enquanto vira para o lado para chamar a atenção do filho que tá fazendo manha.

- Está tudo bem, acabei de fechar minha mala.- Comento tirando uma mexa do cabelo do rosto.

- Quando vocês vão?- Aurora indaga amamento a filha.

- Final de semana.- Solto o coque do cabelo e encaro as duas que estão me olhando com os olhos arregalados.- O quê foi?

- Final de semana é amanhã ruiva.- Diz Ema como se fosse o óbvio.

- Quanto tempo vão ficar?- Aurora pergunta.

- Acho que umas duas a três semanas.- Coço a testa.

- E quem vai vir me socorrer quando eu precisar?- A loira me olha séria.

- Seu marido.- Dou de ombros.

- E quem eu vou visitar quando for pra aí?- Ema faz beicinho.

- Menos suas dramáticas, eu preciso me distrair.- Suspiro alto.- Vocês sabem que mesmo todos esse tempo longe dele, eu não o esqueci.

- Você está certa Ella, vai lá e aproveita a sua viagem, sabemos o quanto você está sofrendo ainda e estamos felizes que finalmente você vai fazer algo diferente sem ser ficar chorando pelos cantos.- Ema comenta com um sorriso pequeno.

- Isso é verdade.- Aurora concorda.- Até mais ruiva, vai nos mantendo informadas.

- Tá bom, pode deixar.- Desligo o telefone antes que inicie uma briga.

Olho para o relógio e são quatros horas da tarde, escolho uma muda de roupas para ir ao parque dar uma volta, me despedir, pra ser mais exata.

Visto um vestido vermelho, uma jaqueta e um tênis branco, no cabelo coloco uma tiara e nas orelhas um par de brincos verde pra combinar com o meu cabelo.

Aliso meu vestido dando mais uma olhada no espelho, estou com a barriga um pouco inchada, deve ser retenção de líquido.

Pego a bolsa tiracolo, coloco o celular dentro da mesma e desço para o andar de baixo, já tem um táxi me aguardando, agradeço aos céus por isso.

Entro no carro e passo o endereço para a senhora do volante, ela concorda com um sorriso pequeno pegando a direção.

- Você parece estar com uma tristeza no olhar.- Comenta me olhando pelo retrovisor.

- É só impressão sua, eu estou feliz, viajo amanhã.- Disfarço.

- Quanto tempo que vocês terminaram?

Olho para fora da janela enquanto penso se devo comentar sobre eu e o Lucas com essa estranha ou não.

Ah foda-se.

- Faz uns meses, eu não o vi mais desde então.

- Por que romperam?- Pede curiosa.

- Ele tem alguns traumas e achou que teria que enfrentar eles primeiro pra depois a gente tentar algo, mas até agora não o vi mais.- Mexo meus dedos enquanto converso.- Acho que nunca mais vamos tentar algo.

- Eu acho que você não deveria pensar assim, o amor quando é puro e verdadeiro sempre dá um jeito de acontecer.- Ela sorri para mim através do espelho.

A mulher estica a mão para o porta luvas e o abre pegando algo de dentro, ela me alcança e vejo que é uma fotografia, nela tem um casal com dois filhos pequenos no colo, são gêmeos.

- Quem são?- Peço curiosa.

- Eu, meu marido e meus filhos, nossa história foi complicada, nossas famílias se odiavam ao extremo por conta dos nossos ancestrais.

- Como assim?

- Meu avô matou o avô do homem pelo qual me apaixonei por causa de terras, nossas famílias eram vizinhas na época mas nunca se entendiam e no final teve como consequência, uma vida tirada.- Ela suspira enquanto conta esperando a sinaleira abrir para seguir o trageto.- Mas para eu e meu marido o passado deles não nos dizia à respeito.

- Mas o que vocês fizeram pra dar certo?

- Fugimos em uma noite, enfrentamos muitas dificuldades, aí vieram nossos bebês gêmeos, eles nos deram forças para lutar contra tudo e todos.

- Uau.- Lhe entrego a foto de volta.- E como vocês estão hoje?

- Meu marido morreu faz dois anos, e desde então eu trabalho de motorista para me ocupar e não pensar na dor, eu acho que se você fazer o mesmo por um tempo e esperar o destino agir, tudo irá dar certo, só basta acreditar.- A mulher fala ao estacionar no lugar onde eu pedi para me deixar.

- Obrigada.- Agradeço alcançando o dinheiro.- Até mais.

- Até jovem.

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Quem nunca conversou sobre algo com alguém que sequer viu na vida não é mesmo? E esse alguém já lhe ajudou com conselhos sábios até de mais e lhe ajudou a ver como a vida bela. Hehehe.

Até mais!!!



Depois da escuridão- Livro 3 Da Trilogia Aprendendo a amarOnde histórias criam vida. Descubra agora