Ella Bronova, meiga, doce, carismática, sincera e com um sorriso encantador se vê apaixonada por Lucas, porém existem barreiras que devem ser quebradas para que tudo dê certo.
Lucas Lewis parece uma pessoa centrada e calma, mas poucos sabem do seu...
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Dia seguinte...
A noite de ontem foi legal, tio Philip fez uma comida espanhola muito boa, pena que eu coloquei tudo pra fora alguns minutos depois.
Conheci a governanta da casa, uma moça simpática e amável, ela se chama Ester, ela se ofereceu para me levar ao centro.
Papai mudou de ideia quanto a ir para as outras cidades da Espanha assim como a ideia de me levar pra passear.
Parece que ele tá matando de verdade a saudade do irmão de criação dele. Não quero estragar essa alegria.
- Está pronta senhorita Ella?- Ester aparece sem graça na porta do meu quarto.
- Sim.- Concordo pegando minha câmera fotografica e pondo a mesma pendurada em meu pescoço.
- Vamos ao centro.- Diz empolgada com um enorme sorriso no rosto.
- Ok.- Sigo a jovem garota loira que aparenta ter seus 23 anos de idade.
Tão jovem, e trabalhadora, deve precisar mesmo de dinheiro.
- Pablo vai nos levar.- Diz assim que encontramos o rapaz já nos aguardando.
Pablo é um rapaz bonito, não posso negar, tem a pele bronzeada e dentes bem brancos, cheira a loção pós barba o que o torna ainda mais belo, porém nada se compara a Lucas.
Solto um suspiro olhando para a janela.
- Tá tudo bem Ella?- Ester pede me observando.
- Está, eu só estava lembrando de uma pessoa.- Sorrio amarelo.
- Então...- Ela inicia.- Essa pessoa é o seu namorado?
- Ex namorado.- Corrijo.- A gente terminou faz um tempo.
- Mas você o ama, posso ver nos seus olhos.- Observa e pega minha mão acariciando.
- Sim, é verdade.- Baixo o olhar para o meu colo quando meu celular vibra e recebo uma mensagem.- É minha amiga Rory.
Começo a ler as mensagens ela me pede como está a viajem e eu lhe digo os mínimos detalhes até o fato de eu estar extremamente enjoada esses últimos dias.
- Tem uma sacola?- Peço a Ester que me olha confusa antes de alcançar o plástico.
Abro a sacola e vômito.
- Nossa, você tá bem enjoada e com frequência.- Observa-me.
- Deve ser por conta do tempo, clima, comida diferente, não sei.
- Acho que você está grávida.- Ester diz sem rodeios.
- Não, eu menstruei na semana passada ainda.- Dou de ombros.
- Minha mãe menstruou normal até ter meu irmão.- Ela sorri sem graça.
- Acho que não posso estar grávida, como vou cuidar de um bebê?- Pergunto pra mim mesma.
- Mãe sempre dá jeito.- Me consola.- Agora vamos tirar nossa dúvida?
- Ok.- Concordo.
- Pablo pare no consultório da doutora Carmela.- Ester ordena ao jovem motorista que sorri.
- Você gosta dele?- Sussurro pra Ester.
- Não, eu não curto homem, eu gosto de mulher.- Sorri travessa.
- Uau.- Fico sem graça.
- Chegamos moças.- Pablo avisa parando na frente de um prédio enorme.
Descemos e eu observo a estrutura do lugar, parece aqueles prédios que a gente só vê em novela, ele é um tanto quanto rústico.
- É bem diferente do prédio que eu estava pensando.- Comento pra mim mesma.
- Ah verdade, aqui na Europa é um pouco diferente.- Ester sorri contente e aparenta ter muito orgulho da sua cidade.- Agora vamos entrando ou Carmela vai nos matar.
- Tudo bem.- Concordo indo atrás de Ester que sobe os degraus e para no topo da escada me esperando.- Já tô chegando.
- Eu tô vendo.- Ela gargalha alto.
- Para de rir de mim.- Finjo fechar a cara e fazer beicinho.
Quando chego no topo, Ester bate na porta que é aberta por uma moça que veste um jaleco branco, ela está com os cabelos negros presos em um coque, sua pele é perfeitamente bronzeada e seus olhos castanhos só fazem jus ainda mais a sua beleza.
- Então Ester me disse que você queria fazer um teste de gravidez.- Carmela diz com um sorriso pequeno.
- Sim.- Afirmo.
- Então vamos lá.- Ela sorri simpática me mostrando a pequena sala pra tirar sangue.- Eu vou tirar o seu sangue e vou ver qual vai ser o resultado.
- Ok.- Afirmo nervosa.
Eu odeio tirar sangue, primeiro que as minhas veias parecem sumir quando vejo uma seringa.
- Fica calma é só uma picadinha.- Me tranquiliza.
- Eu quase desmaiei da última vez que tirei sangue.- Resmungo com meus lábios tremendo.
- Você só tem que relaxar, que assim o sangue vem mais fácil e eu consigo achar a sua veia.- Carmela sorri tranquila.
De alguma forma isso me ajuda um pouco e pra facilitar ainda mais eu fecho os olhos e imagino que estou em uma praia aproveitando o sol.
